sábado, 8 de maio de 2010

Maria, a mãe suprema


O vaticínio do texto bíblico ilustra a escolha da jovem Maria, ainda virgem, para gestar o homem que dividiu a história da humanidade em duas partes. Ao longo de todos estes anos, a trajetória de fé desta mulher inspirou a produção de ínumeras estátuas, à sua imagem e semelhança. Em todos os cantos do mundo, são incontáveis padroeiras que simbolizam Maria. São imagens, expressões, louvores, orações e histórias distintas, que se misturam em torno de uma mesma devoção. Seja orando ou segurando o Menino Jesus, Nossa Senhora revela a peculiaridade de um povo, tribo ou nação.

Para resgatar a história de Maria, a Igreja de Nossa Senhora Aparecida sedia um exposição com réplicas de 41 padroeiras, que surgiram em 25 regiões do mundo. Quem acompanhar a mostra poderá conferir algumas raridades, como a Nossa Senhora do Desterro, Nossa Senhora do Ó, Nossa Senhora de Rosa Mística, Nossa Senhora da Guia e Nossa Senhora Mercês, entre outras. "O mais importante de tudo é que, através de Maria, a mensagem de Cristo chegou para milhões de pessoas em todo o planeta. A imagem pode ser diferente, mas a devoção à Mãe de Deus é a mesma. Ela conserva o que é essencial para o católico, que é a palavra de Cristo", diz o padre Carlos Miranda.

Histórias excepcionais

O surgimento de cada padroeira é marcado por grandes acontecimentos, milagres e situações excepcionais. Um exemplo disso é o conto de Nossa Senhora da Rosa Mística, que despontou no norte da Itália, no final da década de 1940. Conforme a tradição católica, a Virgem Maria apareceu para uma uma enfermeira, com uma túnica vermelha e véu branco. Em seus peito, havia três espadas e ela disse três palavras: Oração, penitência e expiação. Nas outras aparições, as espadas foram trocadas por três rosas (branca, cor- de-rosa e dourada), e a santa fez um discurso para chamar atenção sobre a vocação religiosa e o papel do cristão na evangelização do mundo. "A comunidade teve o desafio de conhecer os títulos de Maria para representá-la da melhor maneira possível. Eles também prepararam um altar para cada padroeira. Foi um exercício de criatividade, fé e devoção”.

Outra fato curioso é a imagem de Nossa Senhora do Monte Serrat, que é reverenciada tanto na Espanha como Brasil. Só que a santa possui duas imagens distintas. A padroeira espanhola é negra, veste roupas douradas, tem olhar firme, está sentada em trono de majestade e segura no colo o menino Jesus. Já a padroeira de Santos possui traços europeus, que foi uma influência dos colonizadores portugueses.

Segundo a tradição, um pastor encontrou na Catalunha, numa área deserta, a imagem da Virgem Maria dentro de uma caverna. A região tem um relevo estranho que, de longe, lembra os dentes de uma gigantesca serra de cortar. Daí o nome de Monte Serrat. O pico mais alto mede 1.235 metros e chama-se São Jerônimo. Curiosa coincidência com a história do Monte Serrat de Santos, cujo primeiro nome era morro de São Jerônimo.

Encantamento
Os visitantes da exposição ficaram emocionados com o trabalho desenvolvido na igreja. "Estou encantada com esse trabalho. Isso é importante para os fiéis conhecerem a importância de Maria para o cristianismo", diz Maria Ângela Soares de Novaes.

"A gente se identifica com a história de cada padroeira. Eu fico emocionada quando vejo a história de Maria sendo contada de diversas formas", acrescenta Maria Alice dos Santos Alves.

FONTE: http://www.jornaldaorla.com.br

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