quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Presidente do Sindicato dos Camelôs morre baleado em SP


Amigos e familiares acompanham o velório do sindicalista assassinado na quarta-feira

A polícia investiga a morte do presidente do Sindicato dos Camelôs Independentes de São Paulo, assassinado no final da tarde de quarta-feira na sede do sindicato, na capital paulista. Afonso José da Silva, 41 anos, foi atingido por pelo menos três tiros e chegou a ser levado ao hospital, mas não resistiu. A única pessoa que viu o crime foi a cozinheira do sindicato. As informações são do Bom Dia São Paulo.

Depois de atingir o sindicalista, o suspeito fugiu sem levar nada. Afonso morava no local e tinha acabado de se reunir com camelôs. Onze anos antes, ele havia sofrido um atentado, após denunciar um esquema de corrupção de fiscais no centro de São Paulo. Amigos dissseram que ele recebia ameaças de morte. A polícia investiga se alguém esperava do lado de fora de fora do prédio para facilitar a fuga do suspeito.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Desigualdade social no Brasil

Por Frei Betto

Relatório da ONU (Pnud), divulgado em julho, aponta o Brasil como o terceiro pior índice de desigualdade no mundo. Quanto à distância entre pobres e ricos, nosso país empata com o Equador e só fica atrás de Bolívia, Haiti, Madagáscar, Camarões, Tailândia e África do Sul.


"O Brasil é um país rico, mas não é justo"

Aqui temos uma das piores distribuições de renda do planeta. Entre os 15 países com maior diferença entre ricos e pobres, 10 se encontram na América Latina e Caribe. Mulheres (que recebem salários menores que os homens), negros e indígenas são os mais afetados pela desigualdade social. No Brasil, apenas 5,1% dos brancos sobrevivem com o equivalente a 30 dólares por mês (cerca de R$ 54) O percentual sobe para 10,6% em relação a índios e negros.

Na América Latina, há menos desigualdade na Costa Rica, Argentina, Venezuela e Uruguai. A ONU aponta como principais causas da disparidade social a falta de acesso à educação, a política fiscal injusta, os baixos salários e a dificuldade de dispor de serviços básicos, como saúde, saneamento e transporte.

É verdade que nos últimos dez anos o governo brasileiro investiu na redução da miséria. Nem por isso se conseguiu evitar que a desigualdade se propague entre as futuras gerações. Segundo a ONU, 58% da população brasileira mantém o mesmo perfil social de pobreza entre duas gerações. No Canadá e países escandinavos este índice é de 19%.

O que permite a redução da desigualdade é, em especial, o acesso à educação de qualidade. No Brasil, em cada grupo de 100 habitantes, apenas 9 possuem diploma universitário. Basta dizer que, a cada ano, 130 mil jovens, em todo o Brasil, ingressam nos cursos de engenharia. Sobram 50 mil vagas… E apenas 30 mil chegam a se formar. Os demais desistem por falta de capacidade para prosseguir os estudos, de recursos para pagar a mensalidade ou necessidade de abandonar o curso para garantir um lugar no mercado de trabalho.

Nas eleições deste ano votarão 135 milhões de brasileiros. Dos quais, 53% não terminaram o ensino fundamental. Que futuro terá este país se a sangria da desescolaridade não for estancada?

Há, sim, melhoras em nosso país. Entre 2001 e 2008, a renda dos 10% mais pobres cresceu seis vezes mais rapidamente que a dos 10% mais ricos. A dos ricos cresceu 11,2%; a dos pobres, 72%. No entanto, há 25 anos, de acordo com dados do IPEA, este índice não muda: metade da renda total do Brasil está em mãos dos 10% mais ricos do país. E os 50% mais pobres dividem entre si apenas 10% da riqueza nacional.

Para operar uma drástica redução na desigualdade imperante em nosso país é urgente promover a reforma agrária e multiplicar os mecanismos de transferência de renda, como a Previdência Social. Hoje, 81,2 milhões de brasileiros são beneficiados pelo sistema previdenciário, que promove de fato distribuição de renda.

Mais da metade da população do Brasil detém menos de 3% das propriedades rurais. E apenas 46 mil proprietários são donos de metade das terras. Nossa estrutura fundiária é a mesma desde o Brasil império! E quem dá emprego no campo não é o latifúndio nem o agronegócio, é a agricultura familiar, que ocupa apenas 24% das terras mas emprega 75% dos trabalhadores rurais.



Hoje, os programas de transferência de renda do governo – incluindo assistência social, Bolsa Família e aposentadorias – representam 20% do total da renda das famílias brasileiras. Em 2008, 18,7 milhões de pessoas viviam com menos de π do salário mínimo. Se não fossem as políticas de transferência, seriam 40,5 milhões. Isso significa que, nesses últimos anos, o governo Lula tirou da miséria 21,8 milhões de pessoas. Em 1978, apenas 8,3% das famílias brasileiras recebiam transferência de renda. Em 2008 eram 58,3%.

É uma falácia dizer que, ao promover transferência de renda, o governo está “sustentando vagabundos”. O governo sustenta vagabundos quando não pune os corruptos, o nepotismo, as licitações fajutas, a malversação de dinheiro público. Transferir renda aos mais pobres é dever, em especial num país em que o governo irriga o mercado financeiro engordando a fortuna dos especuladores que nada produzem. A questão reside em ensinar a pescar, em vez de dar o peixe. Entenda-se: encontrar a porta de saída do Bolsa Família.

Todas as pesquisas comprovam que os mais pobres, ao obterem um pouco mais de renda, investem em qualidade de vida, como saúde, educação e moradia.
O Brasil é rico, mas não é justo.

Frei Betto é escritor e assessor de movimentos sociais e autor de Cartas da Prisão (Agir), entre outros livros. www.freibetto.org -Twitter:@freibetto

Fonte: http://correiodobrasil.com.br/

Adolescente negro corre 2,6 vezes mais risco de ser assassinado no Brasil


Estudo produzido pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SPDCA/SEDH), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Observatório de Favelas (OF) e o Laboratório de Análise da Violência –(LAV/UERJ), no entanto, desmonta a tese dos neo-rascistas de de que a população negra não precisa de políticas afirmativas.

Negros no Brasil não sofrem apenas discriminação na hora de entrar numa faculdade. Eles também são mais suscetíveis a ser assassinados na adolescência. Um negro(a) corre 2,6 vezes mais risco de morrer nesta faixa etária do que um branco ou amarelo.

O estudo foi feito com base em dados de 267 municípios e leva em consideração o grupo de 12 a 18 anos. Só foram estudados os municípios com mais de 100 mil habitantes. A média nacional é de 2,6 vezes maior, mais em algumas cidades o índice é dantesco. Em Rio Verde, Goiás, jovens negros correm aproximadamente 40 vezes mais risco de morte do que os brancos.

O estudo traz também um levantamento das cidades mais violentas do país para esse grupo da população. Quem lidera é Foz do Iguaçu, no Paraná, com IHA de 9,7. IHA significa Índice de Violência na Adolescência.

A capital mais violenta para jovens é Maceió (IHA 6,0). Ele está em 9º lugar entre as cidades avaliadas. Além da capital alagoana, só Recife, em 10º, é capital e está entre as 20 mais violentas do país com base neste índice. Seu IHA é igual o de Maceió, 6,0.

O estudo traz esse dado revelador, entre as cidades com mais de 100 mil habitantes, as capitais não são as mais violentas, como se imagina no senso-comum.

O Rio de Janeiro é a terceira colocada entre as capitais, com IHA de 4,9. E está em 21º lugar entre os 267 municípios estudados. São Paulo, por incrível que pareça, é uma das capitais mais seguras do país para este segmento da população, com IHA de 1,4. Só é mais violenta que Palmas, Aracaju e Rio Branco.

O valor médio do IHA no Brasil para os 267 municípios considerados é de 2,03 adolescentes mortos por homicídio antes de completar os 19 anos, para cada grupo de 1.000 adolescentes de 12 anos. É um índice elevado. Uma sociedade não violenta deveria apresentar valores próximos de 0.

Fonte: infanciaurgente.blogspot.com/

Natal sem teto: TJ confirma liminar e reintegração acontecerá em Plataforma na sexta-feira (17/12)

por Comunicação MSTB


O Tribunal de Justiça da Bahia confirmou a liminar de reintegração de posse concedida à FAGIP contra a ocupação Guerreira Ninha, em Plataforma (Salvador), e a reintegração ocorrerá na sexta-feira (17/12/2010). As 70 famílias da ocupação não querem passar o Natal na rua! Divulgue e apóie!



Mesmo dispondo de todos os elementos para derrubar a liminar de reintegração de posse concedida pelo juiz da 13ª Vara Cível à FAGIP, o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia manteve a liminar, mantendo a situação de tensão em que se encontram as setenta famílias da ocupação Guerreira Ninha, em Plataforma (Salvador).

O Tribunal de Justiça foi informado de que o Ministério Público deveria ter sido ouvido antes da concessão da liminar — mas não foi ouvido. Sem isso, a liminar é nula.

O Tribunal de Justiça foi informado de que a FAGIP não comprovou a posse do imóvel, apenas apresentou um documento de compra e venda. Isto não prova a posse a FAGIP sobre o terreno, só uma “propriedade” não registrada em cartório de imóveis. Mesmo o Código Civil diz que alegar a propriedade de um imóvel não é razão para conceder reintegração ou manutenção de posse (artigo 1.210, parágrafo 2º).

O Tribunal de Justiça sabe, por dever de ofício, que o que está em jogo não é apenas a garantia ao direito de propriedade que a FAGIP diz ter, mas sim um conflito entre esta garantia e o direito à moradia de setenta famílias. É um sério conflito de direitos, que deveria resolver com mais parcimônia e justiça.

Mesmo assim, o Tribunal manteve a liminar. Passa a ser responsável, junto com o juiz Antonio Serravalle Reis (13ª Vara Cível), por fazer com que setenta famílias passem o Natal na rua.

A oficial de justiça prometeu retornar à ocupação Guerreira Ninha na sexta-feira, 17 de dezembro, com reforço policial. Segundo ela, já se chegará ao local derrubando os barracos.

Divulgue! Apóie a ocupação!

Local: Subúrbio Ferroviário de Salvador, bairro Plataforma, entre as ruas 24 de Outubro, Cabeceira do Tanque e Tecelões de Baixo, a um ponto do final de linha.

Contatos:
Elaine – (71) 8859-0715
Pedro – (71) 8808-6718

Fonte: http://uniaocampocidadeefloresta.wordpress.com

POLÍTICA: Senado aprova salário de R$ 26,7 mil para parlamentares


Em uma votação relâmpago, o Senado aprovou nesta quarta-feira, 15, o projeto que concede aumento de 61,83% no salário dos próprios senadores e dos deputados federais, de 133,96% no valor do vencimento do presidente da República e de 148,63% no salário do vice e dos ministros de Estado. A proposta foi aprovada no inicio da tarde pelos deputados e não aguardou nem uma hora para ser votada pelos senadores.

O projeto iguala os salários de deputados e senadores, do presidente da República, do vice e dos ministros. Todos eles passarão a receber R$ 26.723,13 por mês, mesmo valor do salário do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e que serve como teto do funcionalismo público. O novo salário entrará em vigor em 1º de fevereiro de 2001.

Apenas a senadora Marina Silva (PV-AC) e o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) se manifestaram contra a proposta. Marina acha injusto os parlamentares receberem reajustes muitas vezes superiores aos dos demais servidores públicos do País. Já o tucano defendeu que o reajuste deveria implicar na extinção da perda da verba indenizatória de R$ 15 mil que cada um deles recebe mensalmente para custear gastos no exercício do mandato nos Estados.

Fonte: http://www.atarde.com.br/

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

CFESS manifesta apoio à permanência de Márcia Lopes no MDS

Pela assistência social como Política de Estado e direito de cidadania!

O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), que congrega 25 Conselhos Regionais (CRESS) e duas Seccionais de Base Estadual, e conta, aproximadamente, com 73.000 assistentes sociais inscritos/as em todo o Brasil, vem a público manifestar seu apoio à permanência da ministra Márcia Lopes à frente do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).

Como secretária executiva e agora ministra do MDS, Márcia Lopes sempre trabalhou na defesa dos direitos e da seguridade social pública. Sua presença no governo federal vem sendo marcada pelo compromisso com a implementação das diretrizes constitucionais que reconhecem a assistência social como política pública de seguridade social, direito do cidadão e dever do Estado. Em sua gestão, consolidou o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) em todo o país, ampliou significativamente o número de Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) nos municípios brasileiros e sempre esteve aberta ao diálogo democrático com a sociedade civil. Sua permanência na pasta é a garantia de que a assistência social continuará a ser implementada como política de Estado e direito de cidadania.

Fonte: http://www.cfess.org.br

Da favela à Esplanada


Marivaldo de Castro Pereira, 31, cresceu em um barraco de madeira numa favela de São Paulo, catou resto de comida no fim da feira, trabalhou desde os nove anos de idade, conseguiu entrar na Faculdade de Direito da USP após estudar apenas em escolas públicas, fez mestrado também na USP e, desde o dia 2 de setembro deste ano, é o secretário nacional da Reforma do Judiciário.

(…) Depoimento a
UIRÁ MACHADO
DE SÃO PAULO

Às vezes, voltando da escola com os colegas, eu encontrava meu pai caído no caminho de casa, bêbado. Isso dava muita vergonha.

Meu pai tinha problema com álcool, batia na minha mãe. Ele torrava tudo com bebida e não deixava minha mãe trabalhar. Às vezes a gente tinha que pegar resto de comida no fim da feira.

Tudo isso aconteceu já em São Paulo, mas eu nasci em Brasília. Meus pais são de uma cidade chamada Correntina, no interior da Bahia.
Eles vieram para Brasília em 1977 em busca de emprego, e eu nasci dois anos depois. Meu pai começou a trabalhar como pedreiro. Quando tiveram o quarto filho, a vida ficou difícil, então eles decidiram tentar São Paulo. Eu tinha quatro anos.
Meu pai conseguiu um barraco num terreno em Pirituba [periferia de São Paulo]. Era um barraco mesmo, de madeira, precário. Eu só fui morar numa casa de alvenaria depois que meus pais se separaram e me mudei com a minha mãe para o Jaraguá [também na periferia de SP].

Eu tinha oito anos. Minha mãe começou a trabalhar de diarista para sustentar os quatro filhos. Ela sempre foi trabalhadora e colocava a gente em primeiro lugar.

Trabalho

Comecei a trabalhar com nove anos, na feira. Foi um período bacana, porque eu tinha autonomia para comprar alguma coisinha.

Eu trabalhava e estudava. Minha mãe nunca admitiu que a gente não estudasse. Todos os meus irmãos conseguiram concluir o ensino superior. Minha mãe é bem orgulhosa -ela só completou ensino básico e médio quando eu já estava na faculdade.
Como eu estudava em escola pública, não tinha perspectiva de entrar em uma universidade. Tinha professor que dizia: “Vai tentar a USP? Esquece, compra um jeans que é mais vantajoso”.

Antes da faculdade, trabalhei numa fábrica de acendedor de fogão, depois como ajudante de pedreiro, como contínuo em uma farmácia, como “boy” interno numa concessionária de veículos.

Foi na concessionária que ouvi falar do Cursinho da Poli [pré-vestibular voltado para alunos carentes]. Trabalhava das 8h à 18h e depois ia para o cursinho. No segundo semestre de 1997, comecei a trabalhar das 6h às 15h. Chegava mais cedo na aula e cochilava um pouco.

Quando veio o vestibular, tomei uma porrada. Não passei, fiquei muito mal. O que me ajudou foi o rap, sobretudo os Racionais MC’s. A música que mais me marcou foi “Negro limitado”.

Para levantar a cabeça, ouvi rap e prometi não dormir mais antes da aula. Eu acordava às 5h30, trabalhava das 6h às 15h, estudava e chegava em casa depois da meia-noite. Foi assim o ano inteiro, mas valeu a pena.

Universidade

Entrar na USP mudou minha vida. Ninguém imagina o que é entrar na universidade pública quando você vem da periferia. É um outro mundo, muitas portas se abrem.
A escolha pelo direito eu fiz no cursinho. Estava em dúvida, porque gostava muito de engenharia mecânica, mas a militância política direcionou minha opção. Busquei o direito porque achava que poderia ajudar a transformar a sociedade.

Na faculdade, eu me sentia um estranho no ninho, eu tinha preconceito e também sofria preconceito, mas aos poucos fui me enturmando.

A minha turma quis se dar um nome. A gente formou o “100% Favela”, com camiseta e tudo. Não eram todos da favela, só alguns, mas aquilo era legal, era uma provocação para a galera mais esnobe da faculdade. Minha ideia era politizar todo mundo.

Na vida acadêmica, me envolvi com política estudantil e trabalhei assessorando movimento de moradia. Trabalhei com José Eduardo Cardozo, que era vereador [pelo PT] naquela época [agora escolhido para ser ministro da Justiça no governo Dilma].
Ao sair da faculdade, tentei advogar, mas foi um desastre. Eu só advogava para gente pobre e acabava pagando para trabalhar.

Em 2005, voltei para Brasília, onde tudo começou. Quem me chamou foi o Pierpaolo [Bottini], quando virou secretário da Reforma do Judiciário. A gente se conheceu na faculdade, atuando no movimento de moradia.

Assumi o Departamento de Política Judiciária, depois a sub-chefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil e, agora, a Secretaria Nacional da Reforma o Judiciário.
O grande objetivo é aproveitar a experiência que eu tive na Casa Civil e aproximar a política de acesso à Justiça das demais políticas sociais.

A minha história me permite entender o sofrimento das pessoas com pouco dinheiro e compreender que toda política pública precisa levar os mais pobres em consideração. A vida de quem está na pobreza é muito difícil. Quem nasceu com dinheiro nem imagina quanto é difícil.

Fonte: http://contextolivre.blogspot.com/

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

QUE BOM QUE EXISTE O "MAS"

É engraçado, muitas pessoas me perguntam, ei cara por que ta nessa, esta tua luta não te traz nada, nem financeiramente falando nem politicamente. todo mundo te critica, fala de voce,ninguem te ajuda, nenhuma empresa esta a teu lado, nenhum jornal divulga o que pensa.

O mais engraçado é que é verdade, minha unica resposta é essa, "voce tem razão, MAS".

Como diria Freud, é sempre facil colocar um capuz na cabeça de uma pessoa, amordaça-la e conseguir fazer com que não ouçam suas palavras, MAS sempre existe o MAS, por exemplo, se um medico argentino tivesse medo das situações que poderiam se seguir, se ele se deixasse levar pelo comodismo, seria facil ficar em um belo consultório atendendo madames, cobrando alto por uma consulta, MAS ele deixou que a indignação, a injustiça lhe mostrassem o que fazer, Mas o doutor guevara não deixou, e acabou deixando uma mensagem que o mundo todo pode aproveitar, uma ideia que mesmo apos sua morte, continua sendo divulgada, é claro que como toda situação tem dois lados ha sim um lado bom e um ruin. Mas ele fez a diferença.

Onde nos nossos mais loucos sonhos imaginariamos um país(ilha), de pequenos plantadores de arroz, que corriam pela floresta, de sandalis e com armas obsoletas, subjulgariam uma mega-potencia como os Estados Unidos da America, MAS, eles acreditaram, e acreditaram a ponto de entregar suas vidas pelo que acreditavam, e venceram os bombardeiros, caças, helicopteros e todos os soldados que lutaram contra eles, apostaram suas vidas nisso, e venceram, MAS, eles acreditavam que era o certo, e isso lhes deu a força que eles precisavam.

A anos, um medico me disse que era esteril, que não poderia realizar meu maior sonho, ser pai, ironicamente, casei com uma mulher maravilhosa, Helena, que por acaso tem ou tinha as trompas ligadas, e um medico disse que ela jamais teria um filho de novo, ou seja, as chances de ser pai foram para o brejo de vez, MAS o MAS estava la de novo, quando dizemos ou nos dizem que é impossivel temos que nos lembrar sempre, Mas por que é impossivel, para Deus nada é impossivel, e agora, cá estamos nós, gravodos de seis maravilhosos meses.

Minha história de vida tambem é cheia de MAS, um cara na flor de uma juventude,perdido em sonhos e devaneios que poderiam leva-lo a qualquer lugar, trafeco, roubo, furto, assassinato ou outra coisa que pode e é considerada chance no mundo de alguem que mora na rua, MAS, ao inves disso lutei, cai ao todo 68 vezes, e me levantei, segundo meus pais adotivos, e minha irmã adotiva não seria nada, MAS, segui o conselho de pessoas que cruzaram meu caminho e me ensinaram coisas que trago comigo, e que tento passar, minha madrinha Zoraide, que sempre me falava da regra dos dois ces, coisa do tipo, onde as drogas poderiam me levar, os ces significavam cemitério e cadeia, meu tio José Batalha, que pra quem não conhece, diz, poxa ele se deu bem, MAS, não sabe como é ser sindicalista em um mundo todo capitalista. Passaria a noite toda dizendo coisas sobre pessoas que me ensinaram a ser o que sou hoje, quem sabe as nomeie no livro sobre minha nada interessante vida, MAS, que me ensinou, que não basta ter idéias, não basta pensar, se não tivermos a coragem de enfrentar os medos e as dificuldades. Hoje apenas deus e algumas pessoas, poderiam dizer o que passei, quantas noites dormi no chão de uma rodoviaria, quantas noites dividi com drogados e bebados uma confortavel marquise, ou quantas vezes me enfiei em uma lata de lixo ou em uma fonte em busca de comida.

MAS, este texto não é pra falar de mim, e se quiserem me chamem que conto minha vida toda, é pra falar que assim comom lutamos contra a discriminação racial, sexual e outras. Assim como nosso povo foi capaz de se lançar em uma luta por diretas, ou por um impeachement, ou comom nos humanizamos em prol de pessoas que estão sofrendo com alguma catastrofe natural, nos unamos contra a pedofilia, e é preciso que nos unamos agora, para que as vitimas de hoje, não sejam, os pedófilos de amanhã.

Ouviremos ou pensaremos, MAS, temos um senador lutando contra isso, ou, MAS o Datena esta lutando contra isso, não é possivel lutarmos sem entrarmos em luta, eles não podem defender milhões de crianças, vemos isso pelo que é noticiado, milhares de crianças são vitimas no mundo todos os meses, não deixem que eles lutem sós, aliense a eles, por que podem calar uma voz, mas não todas as nossas vozes juntas.


MAS o que dizer, apens obrigado por ler estas palavras de um utópico pensador, que se condicionou a lutar contra o que é injusto.

Fonte: http://avidacontraapedofilia.blogspot.com/

Lula no CE. Na despedida, presidente visita Transnordestina

Da agenda oficial constam ida a trecho concluído da ferrovia, passeio de locomotiva e assinatura de ordem de serviço para etapas futuras. Ao custo de R$ 5,4 bilhões, uma das maiores obras do PAC deve ficar pronta em 2013



Em sua última passagem pelo Ceará como presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva vai concentrar as atenções em uma das maiores obras inseridas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC): a construção da ferrovia Transnordestina.

No município de Missão Velha, onde aporta hoje, Lula encontrará um trecho no Ceará cujas obras dependem da superação de alguns obstáculos. As últimas chuvas em Missão Velha, por exemplo, diminuiu o ritmo das obras, que podem continuar prejudicadas caso as chuvas não cessem. Além disso, as desapropriações de terra ao longo do percurso até Fortaleza também seguem a passos lentos.

De todo o trajeto desde o marco zero, em Missão Velha, até o Porto do Pecém, em Fortaleza, estão previstos 526,5 quilômetros da ferrovia. Segundo informações do Governo do Estado do Ceará, apenas 192 quilômetros já estão desapropriados, o que custou R$ 4,4 milhões. O trecho corresponde a 36,4% do total do trajeto até o Porto do Pecém. Além do Ceará, a ferrovia passará também pelos estados de Pernambuco e Piauí. Nesses dois estados, as desapropriações estão em 95% e 75%, respectivamente. O investimento total do projeto é R$ 5,4 bilhões.

Na manhã de ontem, domingo, O POVO percorreu trecho das obras em Missão Velha. A única equipe de operários encontrada pela reportagem estava parada em função das chuvas. Nessa que será sua segunda passagem por Missão Velha, Lula assinará o contrato para a construção de mais um trecho da Transnordestina entre Missão Velha e Fortaleza. O trecho menor, entre Salgueiro (PE) e Missão Velha já está pronto para ser inaugurado.

No Ceará, hoje, Lula fará uma curta viajem sobre os trilhos recém colocados da Transnordestina. Será o primeiro passeio pela ferrovia que – seguidos os prazos oficiais – deve ficar inteiramente concluída somente em 2013.

O quê

ENTENDA A NOTÍCIA
A visita que o presidente da República faz hoje ao Estado, além do marco histórico de ser a última dele ainda no cargo, tem a marca da tentativa de desenvolvimento econômico do Nordeste, dada a importância da obra visitada

Pedro Alves
pedroalves@opovo.com.br

Fonte: http://www.opovo.com.br