sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Ato em apoio aos moradores do Pinheirinho leva 5 mil pessoas às ruas de São José dos Campos-SP nesta quinta-feira 02/02/2012


Cerca de 5.000 pessoas participaram ontem, dia 02/02/12, do Ato Nacional em solidariedade às famílias do Pinheirinho, em São José dos Campos.

Foi uma das maiores manifestações populares que a cidade já viu. Entre os manifestantes, delegações vindas de várias partes do país, com representantes de Sindicatos e movimentos populares, entre elas o MST e o MTST. Partidos políticos (PT, PSTU, PSOL e PCB) e centrais sindicais (CSP-Conlutas, Intersindical, CUT e CTB) também marcaram presença e apoiaram o movimento.

Representantes do MST, trouxeram, além de apoio e solidariedade, 4 caminhões cheios de alimentos para o povo do Pinheirinho.

A manifestação, nomeada "Somos Todos Pinheirinho", começou por volta das 9h, quando começaram a chegar os primeiros manifestantes na Praça Afonso Pena. Por volta das 11h, os manifestantes saíram em passeata, tomando as ruas da região central da cidade.

Com muita animação, os manifestantes empunhavam bandeiras e faixas, com frases de protesto. Um grupo homenageou o exército de Brancaleone do Pinheirinho, empunhando escudos improvisados.

Por onde passava, a passeata ia ganhando apoiadores, tanto de comerciantes, quanto da população que acenava do alto dos prédios.

O ato terminou por volta das 14h30, em frente ao prédio da Prefeitura de São José dos Campos.

Em todos os discursos, uma coisa em comum: palavras de apoio à luta do povo do Pinheirinho e críticas contra a tentativa da prefeitura de criminalizar o movimento.

“Para o prefeito, aglomeração de pobres é igual a aglomeração de bandidos. Aqui não tem bandido não. Aqui estão trabalhadores, a parcela mais explorada da sociedade”, disse o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos Luiz Carlos Prates, o Mancha, que foi muito aplaudido.

“É emocionante ver toda essa mobilização. E o que eu posso dizer a vocês é que nós vamos manter essa guerra em pé, até que os moradores do Pinheirinho tenham suas casas de volta”, disse o presidente nacional do PSTU, José Maria de Almeida.

O deputado federal Ivan Valente (PSOL) disse, durante o ato, que o governo federal tem o dever de desapropriar a área do Pinheirinho. “É isso que vamos exigir”, finalizou.

Fonte do texto ACIMA: http://solidariedadepinheirinho.blogspot.com/


A seguir...vejam as fotos ABAIXO feitas por esse Blogueiro que também participou dessa Manifestação.




















Fonte das fotos: http://brasilumpaisemconstrucao.blogspot.com/

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

CRESS-SP se posiciona em defesa dos direitos dos moradores do Pinheirinho



Do Conselho Regional de Serviço Social – São Paulo - Aos moradores do Pinheirinhos

O direito à cidade é um direito coletivo. O direito de viver dignamente construído coletivamente.

A afirmação do direito à cidade está relacionada à defesa da função social da propriedade e da cidade, tendo em vista o acesso de todos e todas a terra urbanizada e bem localizada e o uso socialmente justo e equilibrado do espaço urbano, princípios fundamentais da reforma urbana.

Como desdobramento destes princípios, tem-se a responsabilidade e compromisso coletivos para uma gestão democrática das cidades. Implica na distribuição da renda urbana, na democratização do acesso a terra e aos serviços públicos para todas e todos.

AS ações de despejos perpetuam privilégios nas cidades brasileiras. São ações que atendem a lógica da especulação imobiliária na organização espacial do solo urbano sob as regras do mercado, assim vemos os direitos sociais, econômicos, políticos, que foram conquistados através de lutas históricas dos movimentos sociais serem perdidos.

Trabalhadores e trabalhadoras são expulsos de seus locais de moradia, perdem seus empregos, não tem acesso a transporte, saneamento básico, saúde, educação.

Para fazer enfrentamentos a estas perdas dos trabalhadores brasileiros, dos quais a população moradora do assentamento Pinheirinhos é um exemplo histórico, de defesa do direito à cidade, a partir da participação política nos conflitos sociais de seus moradores na defesa de uma sociedade igualitária e sem exploração de classes.

O Conselho Estadual de Serviço Social de São Paulo vem a público se posicionar e orientar os profissionais e população quanto a forma de enfrenta essas situações de desalojamento compulsório de famílias.

Nós assistente sociais sempre estivemos presente para operar as políticas sociais com uma postura critica, comprometida com os setores populares e com a defesa dos direitos humanos, solidário às lutas sociais para aprofundamento da democracia e em favor da equidade, da justiça social e da universalização de acesso a bens e serviços.

Logo, a comunidade que será atingida deve ter tempo e condições de participar de todo o processo de discussão.

Os profissionais de Serviço Social envolvidos na tarefa de informar e mobilizar a população para essa participação deve exigir o acesso ao processo de planejamento das ações e ao conjunto de informações e instrumentos necessários para viabilizar a efetiva comunicação á população moradora. O não acesso deve ser denunciado ao Ministério Público Estadual e Federal e Defensoria Pública.

Todos têm o direito de saber por que terão que sair, para onde e quando vão e como será a mudança. Todas estas informações têm que estar facilmente acessíveis com bastante antecedência. A remoção não pode resultar em pessoas ou comunidades desabrigadas!

Os assistentes sociais deverão reforçar os processos de cobrança ao poder público da disponibilização dessas informações e das alternativas habitacionais adequadas.

Fonte: http://www.cress-sp.org.br/