sexta-feira, 5 de abril de 2013

Servidores públicos de Santos rejeitam propostas da Prefeitura

Eles querem 16% de reajuste de salário e mais alguns benefícios. Servidores organizam manifestação neste sábado (6). Os servidores municipais de Santos rejeitaram, na noite desta quinta-feira (4), a proposta de reajuste salarial da Prefeitura. A categoria se reuniu em assembleia para tomar a decisão. Os servidores públicos querem 16% de reajuste de salário e mais alguns benefícios. A assembleia durou cerca de 2 horas. Os sindicalistas apresentaram para os servidores públicos as propostas da Prefeitura de Santos. O Governo ofereceu de imediato 8% de abono, um dinheiro a mais que não entra no cálculo de férias e fundo de garantia, por exemplo. Depois, a partir de dezembro, este valor entraria como reajuste salarial. O município também aceitou pagar cesta básica para 3.500 funcionários com nível universitário e 0,25%¨para a Caixa de Pecúlio dos Servidores Públicos. As propostas foram avaliadas por sindicalistas e por 12 servidores. Após a avaliação, o Sindicato votou as propostas encaminhadas pela Prefeitura de Santos. A maioria dos servidores não aceitaram o abono de 8%. A categoria já marcou uma nova assembleia para a próxima quarta-feira (10). Durante a assembleia, os servidores decidiram que vão fazer uma manifestação no próximo sábado (6) durante o Congresso de Municípios que acontece em Santos. O Sindicato afirma que vai manter o pedido de reajuste salarial de 16%. "O abono é um dinheiro completamente solto que se perde quando a gente avalia aquilo que efetivamente o servidor tem no seu holerite. Esse dinheiro simplesmente desaparece", afirma Flávio Saraiva, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Santos. A Prefeitura de Santos informou que não pode dar o reajuste solicitado. A justificativa é que o aumento superaria o limite de gastos com funcionários previsto na lei de responsabilidade fiscal. FONTE:http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/

sexta-feira, 29 de março de 2013

Crack, desinformação e sensacionalismo

Escassez de dados sobre consumo de crack no território nacional coloca em xeque estratégias de enfrentamento do problema. Por André Antunes do Rio de Janeiro (RJ) “Nós temos que dar para esse problema do crack um tratamento de surto epidêmico. Todo agravo à saúde que apresenta uma variação no número de casos que supera a série histórica, que muda o seu perfil regional, de localização dessa ocorrência e que ultrapassa grupos tradicionais e começa a acometer outros grupos é [considerado uma] epidemia. E esse é conceito que o Ministério da Saúde, o conjunto do governo e a sociedade assumem”. A frase foi dita pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em uma coletiva de imprensa no final de 2011, durante o lançamento do programa ‘Crack: é possível vencer’, do governo federal. A ideia de que o Brasil vive uma epidemia de crack serviu de alicerce para a implantação do programa, para o qual foram destinados R$ 4 bilhões, e que trouxe algumas medidas polêmicas para frear o avanço do consumo desta droga pelo país, como a internação compulsória e o apoio às chamadas comunidades terapêuticas (a revista Poli n° 22, de março e abril de 2012, dedicou uma matéria ao programa e seus pontos polêmicos). Mas não são apenas nas palavras de Padilha que a preocupação com a dita ‘epidemia de crack’ se expressa. Basta, por exemplo, abrir o jornal, de onde brotam manchetes como: ‘Consumo médio de crack é de 1 tonelada por dia e sistema de saúde atende 250 mil usuários por mês’; ‘Epidemia de crack no Brasil lembra os EUA em 1980’; ‘Consumo de crack avança na capital federal’; ‘Usuários de crack na cidade podem chegar a 6 mil’; ‘Crack já chega ao interior do estado’; ‘Avanço do crack: pontos de consumo aumentam’; ‘Brasil é o maior consumidor mundial de crack’; ‘Rascunhos do futuro: epidemia de crack já provoca evasão escolar e até morte de alunos’; ‘Crack ajuda a elevar estatísticas de homicídios no país’; ‘Consumo de crack cresce sem controle no Brasil’. Vale lembrar que todas as matérias foram publicadas nos últimos seis meses. Mas quanto disso tem embasamento em dados concretos e pesquisas confiáveis e quanto pode ser considerado alarmismo e sensacionalismo, frutos do desconhecimento a respeito da droga? Quem e quantos são realmente os usuários de crack hoje no país? Pesquisadores da área ouvidos pela Poli alertam para o fato de que os dados com abrangência nacional são esparsos e mesmo os que existem são muitas vezes negligenciados na hora de planejar políticas efetivas para dar conta do problema. Além disso, especialistas veem no pânico social causado pela enxurrada de notícias e informações desencontradas sobre o crack uma maneira de garantir apoio para medidas que ferem princípios constitucionais e de direitos humanos. Epidemia? Sergio Alarcon, psiquiatra e doutor em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/Fiocruz), explica que pesquisas de abrangência nacional acerca do consumo de crack existem, mas ressalta: “o problema não é exatamente a inexistência de pesquisas, mas que as pesquisas sobre drogas são antigas ou parciais – como, por exemplo, as baseadas em inquéritos domiciliares – ou então têm metodologias discutíveis – como as que avaliam o crescimento da circulação de uma droga a partir do número de apreensões realizadas pelos aparelhos repressivos”, complementando em seguida: “Falar que estamos vivendo uma epidemia do crack baseado nesses dados é no mínimo leviano – para não dizer absurdo – do ponto de vista científico”. Além disso, como aponta Marco Aurélio Soares Jorge, professor pesquisador da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), o emprego do termo ‘epidemia’ para falar do abuso de crack no país – além de referendar uma imprecisão estatística – traz para o debate público um preconceito a respeito dos usuários. “A palavra epidemia é péssima, perigosa inclusive, porque dá a ideia de uma coisa contagiosa. Vamos imaginar que eu seja usuário de crack e estou junto de você. Você vai se contagiar e começar a fumar crack? Óbvio que não, mas epidemia é assim. Acredito que falar em epidemia de crack serve até para colocar uma questão que é social como uma doença. E aí os usuários de crack passam a ser vistos como perigosos, pessoas que podem contaminar a sociedade”, critica. Expansão do crack Ainda que os levantamentos já realizados sejam parciais e antigos, como apontou Alarcon, a análise de alguns dados presentes neles mostra que, de fato, o consumo de crack vem se expandindo pelo território nacional. Circunscrito inicialmente a São Paulo, onde já no início da década de 1990 foram identificadas cenas de consumo da droga, o crack espalhou-se pelo Brasil, e hoje já é possível encontrá-lo em todo o país. É o que aponta o II Levantamento Domiciliar sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil, de 2005, pesquisa do Centro Brasileiro de Informações Sobre Drogas Psicotrópicas da Universidade Federal de São Paulo (Cebrid/Unifesp). Com base em cerca de 8 mil entrevistas realizadas nas 108 cidades do país com mais de 200 mil habitantes, o levantamento levou em conta tanto as drogas lícitas, como o álcool e o tabaco, quanto as ilícitas, como o crack, a maconha e a cocaína, apresentando uma estimativa do número de pessoas que já haviam feito uso na vida e as que eram dependentes de cada uma destas substâncias, como também um perfil parcial dessas pessoas. Além disso, o levantamento também traz alguns dados sobre a percepção das pessoas a respeito da facilidade de se obterem drogas e de sua periculosidade. O estudo apontou que 0,7% dos entrevistados – o que corresponde a uma população estimada de 381 mil pessoas – já havia feito uso de crack na vida. Os maiores índices foram observados entre homens na faixa etária de 25 a 34 anos (3,2%) e de 18 a 24 anos (1,1%). No primeiro levantamento do tipo realizado pelo Cebrid, em 2001, o índice de entrevistados que havia feito uso de crack foi 0,4% – uma população estimada de 189 mil pessoas. A maior prevalência também era encontrada entre os homens adultos, mas o índice era menor do que o encontrado em 2005: 1,2% na faixa etária de 25 a 34 anos e 0,9% na faixa de 18 a 24 anos. De acordo com o levantamento de 2005, a região Sul foi a que teve a maior porcentagem de entrevistados que afirmaram ter consumido crack na vida, 1,1%, seguida pela região Sudeste, com 0,9%, pelo Nordeste, com 0,7% e pelo Centro-Oeste, com 0,3%. Embora não tenha sido identificado consumo de crack na região Norte, o estudo apontou 0,8% de entrevistados que relataram ter feito uso da merla, que, assim como o crack, é derivada da pasta de cocaína, consumida em pedras que são fumadas. O consumo de merla também foi identificado no Centro-Oeste (0,3% dos entrevistados relataram ter feito uso), no Nordeste (0,2%), no Sul (0,2%) e no Sudeste (0,1%). Para efeito de comparação, a pesquisa de 2005 apontou que a prevalência do consumo na vida de álcool foi de 74,6% dos entrevistados e a de tabaco foi de 44%. O estudo também apontou que 12,3% dos entrevistados eram dependentes de álcool, e, 10,1%, do tabaco. Com exceção do álcool e do tabaco, as drogas lícitas mais consumidas foram os solventes, que tiveram índice de uso na vida de 6,1% e de 0,3% de dependentes; seguidos pelos ansiolíticos, com 5,6% de uso e 0,5% de dependentes, e as drogas estimulantes do apetite, com 4,1% de uso. Entre as drogas ilícitas, a primeira em termos de consumo foi a maconha: 8,8% dos entrevistados afirmaram já ter consumido durante a vida e o índice de dependentes foi de 1,2%. Já a cocaína foi consumida por 2,9% dos entrevistados. Com base nos dados disponíveis, o professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Tarcísio Andrade, questiona o excesso de atenção que o crack vem recebendo do poder público e da grande mídia em detrimento de outras drogas. “O uso de cocaína cheirada ainda é superior ao uso do crack, e maconha então é bastante superior. Mas nós temos falado de crack como se ele fosse prevalente sobre todas as outras drogas”, critica. Em sua opinião, a droga vem sendo usada politicamente como forma de as prefeituras garantirem recursos do programa federal de combate ao crack apoiadas na escassez de dados sobre seu consumo. “Quando o governo anunciou R$ 4 bilhões para o crack, logo em seguida saiu uma pesquisa dizendo que a grande maioria dos municípios tinha problema com seu uso. Da maneira como a nossa política funciona, se a pessoa sabe que tem recurso disponível e você chega à cidade e pergunta se tem problema com o crack, é claro que ele vai dizer que tem”, aponta Tarcisio, fazendo referência a uma pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) que apontava que o crack era um problema em 98% dos 3.950 municípios ouvidos pela pesquisa. O levantamento foi feito com base em um questionário em que os gestores municipais tinham que responder se a cidade enfrentava ou não problemas relacionados ao consumo de drogas e, em caso de resposta afirmativa, tinham que dizer com qual droga; as únicas alternativas possíveis eram ‘crack’, e ‘outras drogas’. Tarcisio arremata: “Temos um problema com o uso de crack? Temos, mas ele não tem a dimensão que está posta. Por consequência dessa amplificação, desse pânico social, acaba-se fazendo um diagnóstico errado e tomam-se medidas supostamente terapêuticas também equivocadas”. (Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio/Fiocruz) FONTE: http://www.brasildefato.com.br/node/12491

quarta-feira, 13 de março de 2013

Igreja Católica Romana escolhe o novo Papa!

Depois de cinco votações chega ao fim o Conclave, a confirmação foi levada ao mundo através da esperada fumaça branca que brotou da chaminé instalada na Capela Sistina no Vaticano. Os Cardeais elegeram o novo Chefe da Igreja Católica Romana. O escolhido foi o Cardeal Argentino Jorge Mario Bergoglio que escolheu ser chamado de Papa Francisco I.

segunda-feira, 11 de março de 2013

São Vicente-SP: Polícia Militar, Polícia Federal e Guarda Civil Municipal (GCM) realizam reintegração de posse no Bairro Jóquei Clube.

Uma grande Operação da Polícia Militar com o apoio da Polícia Federal e da Guarda Civil Municipal (GCM) de São Vicente realizaram na tarde de hoje, a reintegração de posse dos conjuntos habitacionais Primavera e Penedo no Bairro Jóquei Clube em São Vicente. A operação começou às 07h da manhã, quando um elevado número de viaturas da Polícia Militar e representantes da Polícia Federal já estava apostos em frente aos conjuntos habitacionais. Segundo informações da prefeitura de São Vicente o local tinha sido ocupado de forma irregular por cerca de 700 famílias há pouco mais de um mês atrás. Por volta das 10h da manhã já se encontrava no local cerca de trinta viaturas da PM, além de viaturas da Polícia Federal e da Guarda Civil Municipal (GCM). Na operação a PM contou ainda com o apoio de cerca de dez homens do Pelotão de Cavalaria. Durante todo o período da manhã, os policiais bloquearam a entrada dos conjuntos, impedindo a entrada das famílias que ocuparam os imóveis. Foi permitida apenas a entrada monitorada para a retirada dos móveis e pertences dos ocupantes. Caminhões, carros e carroceiros carregavam os pertencem dos moradores durante toda a manhã. Isso só foi possível, porque a Juíza Federal que concedeu a reintegração de posse a pedido da Caixa Econômica Federal(dona dos imóveis), determinou que fosse feita uma negociação com as famílias ocupantes dos imóveis para que saíssem pacificamente, caso houvesse alguma resistência, a partir das 11h da manhã a polícia faria uso da força para retirar as famílias. Os conjuntos que pertencem a Caixa Econômica Federal possuem 500 apartamentos, foram construídos para atender as famílias que moram em palafitas no Bairro do México 70. Na execução da obra já foram gastos 12 milhões, porém, está abandonada desde 2005 quando a construtora alegou falência. O engraçado é a forma como a mídia burguesa leva essa informação à população da cidade e região. Segundo a mídia, todas as famílias foram retiradas do local de forma pacífica, “não houve nenhuma resistência”. Fica a pergunta! Diante desse gigante aparato repressivo que envolveu: Polícia Militar, Polícia Federal, GCM, entre outros órgãos de repressão do Estado, “qual a possibilidade de uma reação não pacífica” que essas famílias tinham??? FONTE: http://brasilumpaisemconstrucao.blogspot.com.br/

terça-feira, 5 de março de 2013

Morre aos 58 anos o presidente da Venezuela Hugo Chávez

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, morreu na tarde desta terça-feira, aos 58 anos, em Caracas. Ele lutava contra um câncer desde junho de 2011 e, após realizar um tratamento em Cuba contra a doença, havia voltado ao país natal em fevereiro deste ano. Desde que foi reeleito mais uma vez, em outubro de 2012, o líder venezuelano apareceu em público poucas vezes, a maioria delas para liderar conselhos de ministros no Palácio de Miraflores. Chávez também deixou de utilizar frequentemente sua conta na rede social Twitter. A falta de informações e detalhes sobre a doença e a presença menos frequente de Chávez em eventos desde que anunciou a luta contra o câncer alimentaram os rumores de que seu estado de saúde poderia ser mais grave do que o governo queria divulgar. Em 30 de junho de 2011, o presidente confirmou que havia sido operado em razão de um câncer. Chávez voltou à Venezuela dias depois e voltaria a Cuba nos meses seguintes para sessões de quimioterapia. Em pronunciamento, o vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu que o povo venezuelano enfrente este momento "com o amor que Chávez ensinou". O vice-presidente encerrou a fala com a frase: "Viva Hugo Chávez! Viva para Sempre". Por causa da morte do presidente da Venezuela, a presidente Dilma Rousseff cancelou a viagem que faria à Argentina na próxima quinta-feira. Ela iria a El Calafate para reuniões bilaterais com a presidenta argentina, Cristina Kirchner. O governo da Argentina também confirma o cancelamento das reuniões. Dilma e Cristina devem comparecer ao velório de Chávez. Cristina Kirchner também suspendeu toda a programação oficial desta terça-feira, após o anúncio da morte de Chávez. A presidenta argentina tinha planejado anunciar investimentos na educação, que foi cancelado de última hora. História Hugo Chávez assumiu a Presidência da República pela primeira vez em 1999 e foi duas vezes reeleito para o cargo – a última delas em outubro do ano passado, quando derrotou Henrique Capriles. Como paraquedista militar, Chávez sempre se orgulhou da disposição física. Era praticante de beisebol e fazia caminhadas diárias. No ano passado, admitiu estar com câncer. Chávez foi internado em Havana, Cuba, para três cirurgias de urgência. Em uma delas, o presidente informou ter retirado um tumor da região pélvica. Dias depois confirmou que estava com câncer. Informações atribuídas a assessores indicaram duas suspeitas para o tumor de Chávez: no cólon ou na próstata. Em dezembro de 2012, Chávez retornou a Cuba para mais uma cirurgia. Antes de deixar a Venezuela, pediu à população para que, na eventualidade da sua ausência, apoiasse o vice-presidente, Nicolás Maduro. A reação de Chávez surpreendeu e foi interpretada como a antecipação da transmissão do cargo de presidente. Imediatamente à partida de Chávez, foi aberta uma disputa política interna no país entre governistas e oposicionistas. Chávez ficou mais de dois meses em Cuba. Depois, retornou à Venezuela. No comando do governo durante 12 anos, a palavra de ordem de Chávez foi a Revolução Bolivariana em defesa da unidade latino-americana e da melhoria da condição de vida dos mais pobres. Definindo-se como socialista, o presidente era um crítico do neoliberalismo, da globalização e da política norte-americana. Também se dizia defensor do nacionalismo adotando medidas estatizantes e causando temores em investidores externos, segundo especialistas. Desde 2000, Chávez promoveu a nacionalização de vários setores da economia do país. Inicialmente, estatizou a siderúrgica Sidor – responsável por 85% da produção de aço no país – no mesmo período, ele começou o processo de nacionalização da empresa Petróleos de Venezuela (PDVSA), ação concluída em 2007. No ano passado, o presidente da Venezuela anunciou a nacionalização de 11 plataformas de petróleo norte-americanas vinculadas à empresa Helmerich & Payne. Anteriormente, foi anunciada a estatização de fábricas do México, da França e da Suíça. Na sua gestão, o venezuelano adotou como base as ações que se destinam à política assistencial envolvendo campanhas de alfabetização, de combate à desnutrição e à pobreza. Ao mesmo tempo, ele instaurou um regime militar rigoroso no país, modificou a Constituição – permitindo a reeleição sucessivas vezes – e alterou o sistema de funcionalismo público. O estilo Chávez de conduzir a política interna e se manifestar sobre as questões externas dividia opiniões. Amigo de Fidel Castro, ex-presidente de Cuba, Muammar Khadafi, então líder da Líbia, e Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã, entre outras autoridades, o venezuelano não se esquivava de defender as pessoas próximas a ele. Em 2005 e 2006, ele foi incluído entre as 100 pessoas mais influentes do mundo, segundo a revista britânica The Time. (...). FONTE: http://www.atribuna.com.br/

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Papa Bento XVI vai renunciar ao pontificado em 28 de fevereiro

Pontífice afirmou que vai deixar o cargo por conta da ´idade avançada´ O Papa Bento XVI vai renunciar a seu pontificado em 28 de fevereiro, segundo informações do Jornal Hoje. Bento XVI anunciou a renúncia pessoalmente, falando em latim, durante o consistório para a canonização dos mártires de Otranto. Pontífice afirmou que vai deixar o cargo por conta da ´idade avançada´ O Vaticano confirmou a notícia e afirmou que o papado vai ficar vago até que o sucessor seja escolhido. Em comunicado, Bento XVI afirmou que vai deixar o cargo devido à idade avançada, por "não ter mais forças" para exercer o cargo. O pontífice afirmou que está "totalmente consciente" da gravidade de seu gesto. O alemão Joseph Ratzinger, 85 anos, assumiu o comando da Igreja Católica em 19 de abril de 2005, após a morte de João Paulo II. Aos 78 anos, Ratzinger foi um dos cardeais mais idosos a ser eleito papa. Ele assumiu o posto em meio a um dos maiores escândalos enfrentados pela Igreja Católica em décadas - a denúncia de abuso sexual de crianças por clérigos. Leia, abaixo, a íntegra do discurso em que Bento XVI anuncia, em um encontro com altas autoridades eclesiásticas, que deixa o pontificado: “Caríssimos irmãos, Convoquei-vos para este consistório não só por causa das três canonizações, mas também para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idôneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado. Por isso, bem consciente da gravidade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de bispo de Roma, sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos cardeais em 19 de abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de fevereiro de 2013, às 20h, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice. Caríssimos irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bondade materna, os padres cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice. Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus. Vaticano, 10 de Fevereiro de 2013. BENEDICTUS PP XVI” FONTE: http://www.atribuna.com.br/

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

PARABÉNS SÃO VICENTE-SP 481 ANOS !!!!!

São vicente a primeira cidade do Brasil completa hoje em 22 de janeiro de 2013 481 anos de fundação! Este Blog manifesta todo carinho e respeito por essa terra linda e acolhedora! Parabéns São Vicente!!!! Vida longa à essa terra querida! Muita prosperidade à todos os vicentinos!!!

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Bertioga-SP: após chuva, caranguejos fogem do mangue e morrem em praia do litoral

Guarda Ambiental estima que 1 milhão de caranguejos estejam na praia. Segundo a bióloga, o fenômeno aconteceu por conta das chuvas de Bertioga.
Um mar de caranguejos. Esse é o cenário encontrado nesta terça-feira (8) na Praia de Itaguaré, em Bertioga, no litoral de São Paulo. Milhares de criaturas do manguezal amanheceram na beira do mar e despertaram a curiosidade de moradores e turistas que passavam pela região. De acordo com alguns moradores, o fenômeno começou a acontecer no último sábado (5). Segundo a Guarda Ambiental, cerca de 1 milhão de animais podem ter ido para a praia. Nos dias seguintes, a cena se repetiu. A bióloga Mylene Lyra, chefe do setor de fauna e flora de Bertioga, foi até o local para analisar a situação. Segundo ela, os animais são machos, fêmeas e filhotes da espécie uçá. Ela explica que a chuva intensa que atingiu a região há três dias trouxe muita água doce para os manguezais. Como os caranguejos vivem em água salobra, eles procuraram o mar. “Baixou a salinidade nos manguezais. Esse fenômeno acontece algumas vezes no litoral por causa das chuvas intensas. Os caranguejos saem das tocas, por conta da baixa salinidade e procuram a água salgada do mar”, explica a bióloga. Ela conta que eles são, consequentemente, trazidos para a praia. Grande parte morreu na areia porque não resiste ao forte calor presente na região. Nos manguezais, eles são protegidos pelas árvores. Ainda de acordo com Mylene, esse tipo de caranguejo é de grande porte e boa parte deles veio do manguezal localizado as margens do rio Itaguaré. Uma equipe de operações ambientais da Secretaria de Meio Ambiente de Bertioga começou a fazer o resgate dos animais. Desde domingo, os guardas ambientais recolhem os caranguejos vivos. As fêmeas, principalmente aquelas que estão com ovos e prestes a dar à luz a novos filhotes, tem prioridade. “Pegamos primeiro as fêmeas para elas estarem se desenvolvendo, reproduzindo”, explica a bióloga.
Os animais são colocados em caixas, que tem a capacidade de receber de 200 a 300 caranguejos. Até a tarde desta terça-feira, quase quinze caixas saíram cheias de animais. Por isso, o guarda ambiental Renato Soares Cordeiro, responsável pela área, estima que cerca de 1 milhão de exemplares apareceram nos cerca de 2km de extensão da praia de Itaguaré. “Estamos fazendo um trabalho de formiguinha. Precisaríamos de um mutirão”, diz o guarda ambiental. Ele e a bióloga estão a procura de voluntários para ajudar no resgate e limpeza da praia, que deve terminar apenas no final de semana. Os caranguejos vivos são levados para o manguezal nas margens do Rio Guaratuba, a 14 km da praia onde apareceram.
O fenômeno ambiental atraiu uma série de moradores e turistas da região que ficaram impressionados com a quantidade de caranguejos na praia. O advogado mineiro Marco Antonio Mendonça, de 53 anos, disse que nunca tinha visto uma cena parecida. “Se eu tivesse vindo de bicicleta não conseguiria passar pela faixa de areia. Está até fedendo de tanto caranguejo. Mas a natureza dá um jeito nisso né”, falou. Já Alberto Orsini, que tem casa em Bertioga há 19 anos, encontrou a praia tomada de caranguejos quando foi pescar na tarde desta segunda-feira. “A gente vem sempre aqui e nunca vimos isso”, disse sua esposa, a professora Stela Fernandes. O comerciante Anselmo Bugatti Junior, que veio de São Paulo com a família passar uns dias em Bertioga, trouxe até uma máquina fotográfica para registrar o momento. “Vim cedo e me impressionei com isso. Agora voltei. É curioso. Vai ser mais uma cena para a história”, disse ele. FONTE:http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/

sábado, 5 de janeiro de 2013

O Bolsa Família e a revolução feminista no sertão

A antropóloga Walquiria Domingues Leão Rêgo testemunhou, nos últimos cinco anos, a uma mudança de comportamento nas áreas mais pobres e, talvez, machistas do Brasil. O dinheiro do Bolsa Família trouxe poder de escolha às mulheres. Elas agora decidem desde a lista do supermercado até o pedido de divórcio
Uma revolução está em curso. Silencioso e lento - 52 anos depois da criação da pílula anticoncepcional - o feminismo começa a tomar forma nos rincões mais pobres e, possivelmente, mais machistas do Brasil. O interior do Piauí, o litoral de Alagoas, o Vale do Jequitinhonha, em Minas, o interior do Maranhão e a periferia de São Luís são o cenário desse movimento. Quem o descreve é a antropóloga Walquiria Domingues Leão Rêgo, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Nos últimos cinco anos, Walquiria acompanhou, ano a ano, as mudanças na vida de mais de cem mulheres, todas beneficiárias do Bolsa Família. Foi às áreas mais isoladas, contando apenas com os próprios recursos, para fazer um exercício raro: ouvir da boca dessas mulheres como a vida delas havia (ou não) mudado depois da criação do programa. Adiantamos parte das conclusões de Walquiria. A pesquisa completa será contada em um livro, a ser lançado ainda este ano. MULHERES SEM DIREITOS As áreas visitadas por Walquiria são aquelas onde, às vezes, as famílias não conseguem obter renda alguma ao longo de um mês inteiro. Acabam por viver de trocas. O mercado de trabalho é exíguo para os homens. O que esperar, então, de vagas para mulheres. Há pouco acesso à educação e saúde. Filhos costumam ser muitos. A estrutura é patriarcal e religiosa. A mulher está sempre sob o jugo do pai, do marido ou do padre/pastor. “Muitas dessas mulheres passaram pela experiência humilhante de ser obrigada a, literalmente, ‘caçar a comida’”, afirma Walquiria. “É gente que vive aos beliscões, sem direito a ter direitos”. Walquiria queria saber se, para essas pessoas, o Bolsa Família havia se transformado numa bengala assistencialista ou resgatara algum senso de cidadania. “Há mais liberdade no dinheiro”, resume Edineide, uma das entrevistadas de Walquiria, residente em Pasmadinho, no Vale do Jequitinhonha. As mulheres são mais de 90% das titulares do Bolsa Família: são elas que, mês a mês, sacam o dinheiro na boca do caixa. Edineide traduz o significado dessa opção do governo por dar o cartão do benefício para a mulher: “Quando o marido vai comprar, ele compra o que ele quer. E se eu for, eu compro o que eu quero.” Elas passaram a comprar Danone para as crianças. E, a ter direito à vaidade. Walquiria testemunhou mulheres comprarem batons para si mesmas pela primeira vez na vida. Finalmente, tiveram o poder de escolha. E isso muda muitas coisas. O DINHEIRO LEVA AO DIVÓRCIO E À DIMINUIÇÃO DO NÚMERO DE FILHOS? “Boa parte delas têm uma renda fixa pela primeira vez. E várias passaram a ter mais dinheiro do que os maridos”, diz Walquiria. Mais do que escolher entre comprar macarrão ou arroz, o Bolsa-Família permitiu a elas decidir também se querem ou não continuar com o marido. Nessas regiões, ainda é raro que a mulher tome a iniciativa da separação. Mas isso começa a acontecer, como relata Walquiria: “Na primeira entrevista feita, em abril de 2006, com Quitéria Ferreira da Silva, de 34 anos, casada e mãe de três filhos pequenos,em Inhapi, perguntei-lhe sobre as questões dos maus tratos. Ela chorou e me disse que não queria falar sobre isso. No ano seguinte, quando retornei, encontrei-a separada do marido, ostentando uma aparência muito mais tranqüila.” A despeito do assédio dos maridos, nenhuma das mulheres ouvidas por Walquiria admitiu ceder aos apelos deles e dar na mão dos homens o dinheiro do Bolsa. “Este dinheiro é meu, o Lula deu pra mim (sic) cuidar dos meus filhos e netos. Pra que eu vou dar pra marido agora? Dou não!”, disse Maria das Mercês Pinheiro Dias, de 60 anos, mãe de seis filhos, moradora de São Luís, em entrevista em 2009. Walquiria relata ainda que aumentou o número de mulheres que procuram por métodos anticoncepcionais. Elas passaram a se sentir mais à vontade para tomar decisões sobre o próprio corpo, sobre a sua vida. É claro que as mudanças ainda são tênues. Ninguém que visite essas áreas vai encontrar mulheres queimando sutiãs e citando Betty Friedan. Mas elas estão começando a romper com uma dinâmica perversa, descrita pela primeira vez em 1911, pelo filósofo inglês John Stuart Mill. De acordo com Mill, as mulheres são treinadas desde crianças não apenas para servir aos homens, maridos e pais, mas para desejar servi-los. Aparentemente, as mulheres mais pobres do Brasil estão descobrindo que podem desejar mais do que isso. FONTE:http://revistamarieclaire.globo.com/