terça-feira, 6 de novembro de 2012

Guarda municipal de Santos agride morador de rua

As forças de “segurança” que temos: profissionais que são pagos para tratar pobre com ameaça, truculência, tortura e agressão. Por Márcio G. Os vídeos deixam claro o abuso da Guarda Municipal de Santos (cidade do litoral do estado de São Paulo), e por conhecer a vítima me sinto ainda mais seguro em relatar o que aconteceu. As informações relatadas a seguir foram obtidas dos próprios comentários do responsável pelo vídeo e de pessoas da vizinhança do bairro, onde meus pais moram. O homem agredido, André, é morador de rua e amigo meu há pelo menos uns 15 anos. No dia 1º de novembro, guardas municipais foram ao local onde ele e outros moradores de rua costumam dormir, no bairro do Macuco, e retiraram os cobertores e travesseiros de lá, para jogar fora. André foi até eles perguntar o que estava acontecendo, por que eles estavam fazendo aquilo, possivelmente indignado com a situação, quando foi jogado ao chão pelos guardas e imobilizado.
A partir daí, as imagens dos vídeos são claras. Ele só fala “Eu não fiz nada! Eu não fiz nada!”, e as pessoas em volta, muitas que o conhecem e viram o que aconteceu desde o início (ali do lado há uma padaria, frequentada por estudantes de uma universidade próxima), gritavam para que os guardas parassem com aquela abordagem. Um dos guardas, como podemos ver, quase quebra o braço de André, que suplica para não ser levado, já que de fato não cometeu nenhum crime. Em um momento, outro vai atrás do homem que está gravando toda a ação e tenta intimidá-lo. O drama prossegue com os guardas o pegando e o colocando no camburão [carro prisional]. Com muito custo levam o morador de rua, possivelmente até uma delegacia [esquadra] e, segundo relatos de vizinhos, André voltou duas horas depois, cheio de marcas de agressão. Ainda quero conversar com ele para saber mais detalhes do que aconteceu, mas só os vídeos já mostram o caráter das forças de “segurança” que temos: profissionais que são pagos para tratar pobre com ameaça, truculência, tortura e agressão. O que me deixa ainda menos esperançoso com o futuro é que essas ações violentas e autoritárias são vistas com bons olhos pela nossa “classe média”, até mesmo por trabalhadores, que preferem confiar na ação da “autoridade” a arriscar dizer que a vítima não era bandido. Acho que esse é um dos principais desafios para uma efetiva transformação da sociedade. FONTE: http://passapalavra.info/?p=66948

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Guarujá-SP: Maria Antonieta de Brito (PMDB) é reeleita à Prefeitura e continuará no comando do executivo da cidade por mais 4 anos

Guarujá é a terceira maior cidade da Baixada Santista, com uma população de 290.752 habitantes segundo dados do Censo populacional de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Antonieta disputou o 2º Turno com o adversário Farid Madi (PDT). A atual Prefeita foi reeleita com 64,25% dos votos válidos, já Farid Madi ficou com 35,75% dos votos. A Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS), é composta por nove municípios, sendo que o Guarujá foi o único município da Baixada que houve 2º Turno. Vejamos a seguir todos os Prefeitos eleitos ou reeleitos das nove cidades da Baixada Santista: BERTIOGA - José Mauro Dedemo Orlandini (DEM) reeleito. CUBATÃO - Márcia Rosa (PT) reeleita. GUARUJÁ - Maria Antonieta de Brito(PMDB) reeleita. ITANHAÉM - Marco Aurélio (PSDB) eleito. MONGAGUÁ - Paulo Wiazowski Filho "Paulinho" (DEM) reeleito. PRAIA GRANDE - Alberto Mourão (PSDB)eleito. PERUÍBE - Ana Preto (PTB) eleita. SANTOS - Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) eleito. SÃO VICENTE - Bili (PP) eleito.

domingo, 28 de outubro de 2012

Santos-SP: santistas aproveitam o domingo de tempo bom nas praias da cidade

O belo domingo de sol atraiu boa parte dos santistas para as praias da cidade. Alguns termômetros chegaram a marcar 34º graus por volta das 13 horas.
A previsão do tempo para o início desta semana ainda é de sol, com temperaturas em torno de 30º graus, porém, há possibilidade de pancadas de chuva no fim do dia. FONTE: http://www.atribuna.com.br/

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Professora que fez desabafo na internet é a vereadora mais votada em Natal (RN)

Amanda Gurgel(PSTU) ficou conhecida por fazer um desabafo sobre a situação da educação no Brasil. Ela foi a vereadora mais bem votada da história de Natal, com 32.819 votos. FONTE: http://noticias.r7.com/

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Oficial! São Paulo paga cerca de R$ 24 milhões ao Santos e contrata PH Ganso

Após longa novela, meia assina por cinco temporadas e vai receber R$ 350 mil por mês. Peixe ficará com 5% em uma possível venda do atleta nos próximos dois anos. Depois de mais de um mês de negociações, enfim, Paulo Henrique Ganso é do São Paulo. Clube do Morumbi, Santos e DIS entraram em acordo e acertaram a transferência do jogador por R$ 23,9 milhões. O meia, que vestirá a camisa 8 no Tricolor, assinou contrato por cinco temporadas, com salários de R$ 350 mil. Antes da oficialização, realizada na madrugada desta sexta-feira, a novela ainda se arrastou no aguardo da rescisão contratual de Ganso com o Santos. Diversos jornalistas fizeram plantão na porta da Vila Belmiro desde o início da noite de quinta aguardando o jogador. A notícia do desfecho da novela só foi confirmada por volta da 1h desta sexta, quando o advogado da DIS foi ao encontro do meia e retornou à Vila com a rescisão na mão. Imediatamente, a fotografia e a ficha técnica do meia foram retiradas do site oficial do Peixe. O São Paulo realizará o depósito da parte da multa rescisória do jogador que o Alvinegro tem direito, referente a 45% do valor, à vista. Além disso, o clube da Vila Belmiro ficará com 5% do lucro em uma possível transação nos próximos dois anos. O Sampa vai pagar cerca de R$ 16,5 milhões e a DIS, que já tem 55% dos direitos econômicos, arcará com o restante. Os direitos econômicos de Ganso ficarão divididos da seguinte forma: 68% para a DIS e 32% para o São Paulo. Com o acerto, a diretoria tricolor já corre contra o tempo para acertar a inscrição do reforço no Brasileirão, na CBF. Para que possa atuar na competição nacional pelo São Paulo, o nome do jogador terá de aparecer no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF até às 19h desta sexta-feira. FONTE: http://www.lancenet.com.br/

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Valdemiro Santiago o apóstolo milionário.

Domingo Espetacular - Saiba com exclusividade como o dirigente evangélico Valdemiro Santiago desvia dinheiro doado pelos fiéis para enriquecimento pessoal. Documentos obtidos pelo Domingo Espetacular, da Rede Record, comprovam que o apóstolo comprou várias fazendas no Pantanal (MT) com dinheiro da igreja. São terras de perder de vista e milhares de cabeças de gado, pista de pouso e mansão com piscina.
São fazendas riquíssimas encravadas no coração do Pantanal. Elas foram compradas com dinheiro dos fiéis da Igreja Mundial do Poder de Deus. O dono delas é o homem que se intitula apóstolo e presidente da igreja. Segundo a Justiça, a Igreja Mundial tem dezenas de templos ameaçados de fechar por ordens de despejo. Ao mesmo tempo, o apóstolo Santiago fica cada vez mais rico. Foi no município de Santo Antônio de Leverger, em Mato Grosso, que o apóstolo Valdemiro virou dono de várias fazendas, uma ao lado da outra. Juntas, elas formam uma imensa propriedade, de dar inveja aos homens mais ricos do país. São mais de 26 mil hectares, o equivalente a 13,4 mil estádios do Maracanã. Somando tudo, gado, terras e benfeitorias, o investimento total de Valdemiro chega a R$ 50 milhões em dinheiro vivo, mais do que a maioria dos prêmios da Mega-Sena acumulada. O valor é suficiente para comprar 20 Ferraris 0 km, o carro mais caro do Brasil, ou dez coberturas em Nova York (EUA), a cidade mais cara do mundo. FONTE: http://camaraempauta.com.br/

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Sítio do Quinto-BA: MST ocupa prédio da prefeitura para cobrar promessas de campanha de 2008.

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) ocuparam, na manhã desta segunda-feira (3), a prefeitura de Sítio do Quinto, no nordeste baiano. De acordo com os líderes do MST local, que integram 15 acampamentos que formam as “Brigadas do Velho Chico", o grupo só desocupará o prédio quando conseguir conversar com o prefeito Cleigivaldo Santa Rosa (PDT). Os manifestantes, cerca de 100 pessoas, pretendem ainda montar acampamento em frente ao prédio público até a reivindicação ser atendida. Segundo informações obtidas pelo site Carlino Souza, os camponeses cobram promessas feitas pelo gestor durante a campanha eleitoral de 2008, mas que até o momento não teria sido cumprida. Os sem-terra solicitaram água de qualidade, melhoria na saúde, energia e “condições dignas” para se viver. “Só vamos sair quando o prefeito chegar e dar alguma satisfação aos trabalhadores. Vivemos há anos em uma situação precária e até hoje nenhuma negociação foi avançada. Queremos uma resposta imediata para termos direito a uma moradia digna”, cobrou o coordenador do movimento, Maike Dórea, ao garantir que a ocupação é "independentemente de política". O atual prefeito disputa a reeleição em Sítio do Quinto com Carlos Reis (PSD) e Laudigelson Santos (PTN). FONTE:http://www.bahianoticias.com.br/principal/noticia/

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Assange afirma que “algo de mal acontecerá” a quem discordar da vontade dos EUA.

O fundador do WikiLeaks concedeu, nesta quinta-feira (30), a primeira entrevista desde que fugiu de sua prisão domiciliar e pediu asilo político à Embaixada do Equador 31/08/2012 Jônatas Campos, de Caracas, na Venezuela. O jornalista e fundador do Wikileaks, Julian Assange, concedeu a primeira entrevista desde que fugiu de sua prisão domiciliar e pediu asilo político à Embaixada do Equador em Londres. Na conversa com o jornalista Jorge Gestoso, transmitida na noite desta quinta-feira (30) pelo Canal Multiestatal TeleSur e pela equatoriana Gama TV, Assange qualificou a decisão do Equador de conceder-lhe asilo como “correta”, porque é uma pessoa “perseguida política pelos Estados Unidos e seus aliados”. O jornalista australiano afirmou que se uma pessoa fizer algo que “vai de encontro à vontade dos Estados Unidos, algo de mal vai acontecer com ela”. A entrevista aconteceu nas dependências da embaixada do Equador no Reino Unido, onde Assange está alojado desde 19 de junho, data na qual deixou a prisão domiciliar e pediu ao governo de Rafael Correa a concessão de um asilo político. A resposta positiva para o pedido veio no dia 16 de agosto, momentos após o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, alegar que o governo britânico pretendia invadir a representação diplomática para prender o jornalista. O governo britânico nega-se a conceder um salvo-conduto para o jornalista deslocar-se até o aeroporto e seguir para Quito. “Eles (EUA) já disseram em documentos oficiais que não se trata somente de acusar Julian Assange por espionagem, mas de parar as atividades do Wikileaks”, relatou Assange. Em um dos momentos da entrevista, o ativista australiano afirmou que está em marcha uma espécie de “totalitarismo transnacional”, a partir da espionagem deliberada de todos os dados pessoais disponíveis na internet, assim como todas as ligações telefônicas. “Agora podem interceptar tudo, não é necessário preocupar-se com algum suspeito. Simplesmente interceptam-se todos e armazena-se tudo”, disse. Ele afirmou que empresas de espionagem já possuem tecnologia para armazenar todos os dados pessoais e fornecer pesquisas cruzando informações. “O jogo novo é a interceptação, registra-se tudo, é mais barato registrar tudo desde os EUA e armazenar. Dentro de alguns anos, se te transformas em uma pessoa interessante para as agências dos EUA e seus amigos, dizem: revisemos o que estava fazendo o senhor Assange nestes últimos anos, quem são seus amigos, com quem ele se comunicou”, explicou o jornalista, denominado o tal “totalitarismo transnacional”, porque, para ele, não só os EUA estão praticando esse monitoramento, mas também Alemanha e outras importantes economias mundiais. “Quando fazemos uma pesquisa no Google, ele registra tudo. O Google trabalha desde os EUA e te conhece melhor do que você mesmo. Se você não recorda o que buscava há dois dias, há três horas, o Google recorda. Conhece-te melhor que tua mãe. Essas informações são armazenadas pelo Google, mas também são interceptadas pelo Conselho Nacional de Segurança dos Estados Unidos”, contou. No início do mês de agosto, o WikiLeaks publicou uma lista de 170 companhias de espionagem que atualmente já prestam estes serviços para diversos governos ocidentais. O jornal britânico MailOnline publicou reportagem em 14 de agosto onde descreve que, segundo e-mails de funcionários da empresa de espionagem Strator, vazados pelo Wikileaks, qualquer pessoa que aponte uma câmara para algum monumento em Nova Iorque será registrado como suspeito de terrorismo e será fotografado pela vasta rede de câmeras conectadas ao governo estadunidense. Segundo o e-mail, a empresa que fornece este serviço é a estadunidense Abraxas e o sistema, chamado TrapWire, já funciona no Reino Unido, Canadá e vários estados dos EUA. América Latina Nas últimas semanas, o Equador recebeu o apoio da Organização dos Estados Americanos (OEA), da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba) e da União de Nações Sul-americanas (Unasul) pela concessão do asilo à Assange. O jornalista elogiou e agradeceu a decisão dos países da América Latina em apoiar a decisão do Equador em conceder-lhe asilo político. “Penso que é importante essa solidariedade latino-americana”, disse. O jornalista vê a América Latina como um bloco alternativo a estes movimentos autoritários e de ameaças às liberdades individuais. O entrevistador, Jorge Gestoso, também perguntou a Assange sobre a acusação que pesa sobre ele de “abuso sexual”. Ele lembra que nenhuma mulher compareceu a uma delegacia para apresentar queixa contra ele, mas apenas a própria polícia suíça. O jornalista não quis falar com mais detalhes sobre a acusação, afirmando que são esdrúxulas, e comparou o caso com os porcos. “Quando uma acusação como essa circula nos meios de comunicação, não se pode responder. Porque é como lutar com um porco, você se suja com lama, mas isso convém às pessoas que lançam a lama”, explicou. Afirmando que acredita na diplomacia, Assange calcula que poderá sair da embaixada do Equador em “seis a doze meses", dependendo dos acontecimentos internacionais. Diz também que deve continuar “a luta” de uma “organização que crê nos direitos humanos”, como descreveu o Wikileaks. FONTE:http://www.brasildefato.com.br/node/10485

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

“Temos que retomar a luta”

Clodomir Morais, ex-assessor das Ligas Camponesas, critica estagnação da reforma agrária
“Na lei ou na marra”. Este era um dos principais lemas em coro pelos 1.500 trabalhadores e delegados das Ligas Camponesas do Brasil reunidos no Congresso Camponês, ocorrido em Belo Horizonte (MG), em novembro de 1961. O encontro contava com o apoio do então presidente João Goulart, e marcava um momento histórico na luta contra o latifúndio e pelos direitos dos trabalhadores camponeses no país. A origem das Ligas Camponesas remonta às antigas Ligas da década de 1930, originárias da ação do Partido Comunista do Brasil no campo. A refundação dessas organizações na década de 1950 alcançou diversos estados brasileiros. Embora não tão articuladas politicamente, suas ações se guiavam, em sua maioria, por um viés progressista. Essa refundação pode ser simbolizada, sobretudo, a partir de 1954, quando na cidade de Vitória de Santo Antão (PE), formava-se um dos embriões das Ligas Camponesas, a Sociedade Agrícola e Pecuária de Plantadores de Pernambuco (SAPPP). No engenho Galileia trabalhavam cerca de 140 famílias de camponeses em regime de foro: em troca de cultivar a terra, deviam pagar uma quantidade fixa em espécie ao proprietário da terra. Após uma desavença política entre as partes, os camponeses encontraram apoio em Francisco Julião. A associação se institucionalizou e passou a funcionar legalmente a partir de janeiro de 1955. Forças políticas de direita e a imprensa não demoraram em alcunhar a SAPPP de “liga”, fazendo relação aos movimentos da década de 1940. Em 1959, a SAPPP conseguiu a desapropriação do engenho. A vitória dos pernambucanos estimulou a luta pela reforma agrária em todo o país e já no início da década de 1960, as ligas se espalhavam por 13 estados brasileiros. Porém, com a instalação do regime militar em 1964, a reforma agrária não foi implementada, pois as principais lideranças das ligas foram presas e o movimento dissipou-se. Testemunha e ator de toda essa história é o baiano Clodomir dos Santos Morais, que foi assessor das Ligas Camponesas e teve contato com dirigentes como Francisco Julião, Adauto Freire, João Pedro e Elizabeth Teixeira. Clodomir também foi deputado estadual de Pernambuco eleito pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) em conjunto com a legenda do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), de 1955 a 1959. Dois anos preso, entre 1962/65, Clodomir chegou a dividir a cela com o educador Paulo Freire. Com os direitos políticos cassados por uma década, foi expulso do país, permanecendo exilado por mais 15 anos. Durante esse período, foi conselheiro regional da ONU para a América Latina em assuntos da reforma agrária e desenvolvimento rural. Dirigiu projetos de capacitação e organização em Honduras, México, Nicarágua e Portugal. Foi professor nas universidades de Rostock e Berlim, na Alemanha; e em Wisconsin, nos Estados Unidos. Possui duas dezenas de livros sobre a questão da terra. Seu acúmulo prático construído na ação dentro das Ligas Camponesas e sua consciência teórica, notadamente, contribuem, há anos, para que os movimentos camponeses contemporâneos organizem, de modo mais eficaz, a luta pela reforma agrária. As primeiras edições da sua cartilha Elementos de Teoria da Organização foram feitas Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), por meio do Caderno de Formação nº 11. FONTE: http://www.brasildefato.com.br/node/10376

domingo, 19 de agosto de 2012

Correa afirma decisão de asilo soberania sobre Assange

O presidente do Equador, Rafael Correa , confirmou hoje que a decisão de conceder asilo ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange, foi tomada de forma soberana. "Depois de quase dois meses para analisar o governo, jurídica soberana decidiu conceder asilo", disse o chefe de Estado, em uma entrevista com a mídia em Loja (sul). Correa disse que Assange poderia ficar "indefinidamente" na embaixada equatoriana em Londres, onde está desde 19 de junho, porque o governo britânico se recusa a dar o passe. "O fator crucial para que foi concedido asilo diplomático ao Sr. Julian Assange não é garantida porque nunca a sua não-extradição para um terceiro país, para tentar atrapalhar as investigações da justiça sueca em um alegado delito", disse Correa . Seu governo nunca se recusou a investigar Assange por supostos crimes sexuais que lhe são atribuídos, na Suécia, "não há nenhuma garantia de que não vai extraditá-lo (...) nem mesmo acusado, recentemente, eles estão investigando", disse Correia. Ainda, segundo ele, o governo equatoriano deu as facilidades fiscais suecos para vir para a Embaixada em Londres, para interrogá-lo, mas as autoridades judiciais do país escandinavo recusou. Na quinta-feira, o Governo do Equador concedeu asilo a Assange, que é questionada por revelar telegramas diplomáticos de vários países, incluindo os Estados Unidos, onde poderia ser julgado por tribunais especiais e militares, e corre o risco de ser condenado à morte , disse o governador. Através WikiLeaks, o jornalista australiano e computador mostraram, entre outras coisas, violações da chamada guerra contra o terrorismo empreendida pelo governo dos EUA e seus aliados. O ataque aéreo em Bagdá 12 de julho de 2007, os jornais dos Logs Afeganistão guerra ea guerra do Iraque são algumas das revelações que expõem crimes estragados pelo Pentágono. Entre outras ameaças recebidas pelo australiano após a sua fuga, Sarah Palin, os EUA do Partido Republicano, pediu através de sua página no Facebook para a administração de Barack Obama para capturar Assange porque você deve ter a mesma urgência para prosseguir Al Qaeda e os líderes talibãs. FONTE:http://www.cubadebate.cu/

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

1ª Marcha das Vadias - Baixada Santista

Divulgando em primeira mão o nosso texto de apresentação, o nosso "Quem Somos". Para aqueles que ainda tem dúvidas quanto aos propósitos da Marcha, nele expomos as bandeiras que levantamos. Avante! 1ª Marcha das Vadias - Baixada Santista “Isso não é sobre sexo, é sobre violência”. A “Marcha das Vadias” (em inglês, Slutwalk) teve início em Toronto, no Canadá, em reação ao discurso de um policial que, em uma palestra sobre segurança na Faculdade de Direito Osgoode Hall Law School, disse que as mulheres deveriam evitar “se vestir como vagabundas” para que não fossem vítimas de violência sexual. A declaração gerou uma onda de revolta, que culminou na primeira Marcha das Vadias, ocorrida em Toronto em 24 de Janeiro de 2011. De lá, o movimento rapidamente se espalhou por todo o mundo, com Marchas em lugares tão diferentes entre si quanto Austrália e Índia. No Brasil, tudo começou com a Marcha das Vadias de São Paulo, também em 2011. Em 2012, várias cidades pelo Brasil inteiro também organizaram suas Marchas, e outras estão se organizando para marcharem. As cidades da Baixada Santista estão entre elas. A ideia da série de manifestações carregar o nome “Marcha das Vadias” vem como referência ao discurso machista do policial e, através do título e dos questionamentos comuns a todas as versões da Marcha, é demonstrado que entendemos a violência sexual como algo do qual a vítima nunca é culpada, e alegar que uma mulher “provocou”, de alguma forma, a agressão da qual foi vítima, é não só irracional, como cruel. A Marcha é um movimento apartidário que luta contra as agressões físicas, psicológicas, sociais e morais às quais mulheres e meninas são submetidas todos os dias. Lutamos contra a ideia de que nossas autoestimas devam ser e estar orientadas à concepção de o quanto somos consideradas “desejáveis” para algo ou alguém. Tal concepção gera pressão para que nos enquadremos em um padrão de beleza massificador, excludente, racista e elitista, que contribui para o surgimento e exacerbação de distúrbios alimentares, o uso indiscriminado de produtos que prometem beleza e emagrecimento, e outras manifestações de vergonha e rejeição ao próprio corpo. Não somos todas brancas, loiras, magras, com seios grandes, cinturas finas, bundas grandes e sem um grama de gordura ou flacidez em nossos corpos. Somos mulheres, somos muitas e somos de todos os jeitos. Lutamos contra um sistema que ensina que “homens de verdade” não veem as mulheres como suas companheiras, e sim como objetos sexuais. Lutamos contra um sistema que ensina que não se pode ser “homem” sem sentir atração sexual por mulheres, e que relega homens não-heterossexuais à categoria de “mulherzinha”, como se “ser mulher” fosse uma coisa negativa e se assemelhar em algo a características pré-definidas como femininas fosse algo ofensivo. Lutamos contra um sistema que, desde cedo, também pressiona meninos e homens a sufocarem suas emoções e a vigiarem o comportamento (próprio e alheio); reprimindo qualquer manifestação que não se enquadre em um conceito restrito e excludente de “masculinidade”. Lutamos contra a mercantilização do corpo feminino, transformado em mero chamariz para vender produtos - de cerveja a desodorante. Lutamos contra mulheres usadas como decoração em programas de TV, feiras de venda de produtos, outdoors e similares. Lutamos contra uma cultura que trata mulheres como objetos, e nossos corpos como mercadoria, quando deveria nos enxergar como seres humanos, com opiniões, projetos de vida, sentimentos, desejos e direitos próprios. Lutamos contra a violência sofrida pelas travestis e mulheres trans*, consideradas menos dignas de respeito e dignidade por expressarem sua identidade feminina, expomos também que a nossa luta engloba toda e qualquer descriminação por ordem de gênero, incluso a acometida aos homens trans*, que assim como as mulheres são julgados e considerados indignos de assumirem o gênero com o qual se identificam. Lutamos contra a violência institucional perpetrada pelo Estado e por profissionais da saúde que se outorgam o direito de decidir com base em noções machistas e excludentes o que é ser mulher e o que é ser homem “de verdade”, como se a “verdade” fosse uma entidade inquestionável. Lutamos contra uma cultura que culpa as mulheres pelas violências que sofrem, e prega a violência ao feminino como algo natural, ao demonstrar misoginia na linguagem cotidiana (Desd'a mulher "vadia/puta/vagabunda/piranha/biscate", que ao ser verbalmente agredida, é tratada como ser sexual e tem por maior ofensa o que faz de seu próprio corpo, até o homem "filho da puta/corno/viado", que ou tem culpabilizadas as mulheres presentes em sua vida, novamente por conta da questão sexual - o problema não é ele, e sim a "mãe que deu pra vários" ou a "mulher que deu pra outro" - ou o fato de por alguma razão, se assemelhar em algo com uma mulher), ao tratar o estupro como piada em campanhas publicitárias e programas “humorísticos”, ou ao simplesmente pregar que a maneira como uma mulher se porta a designa o título de “estuprável”. Queremos lembrar a todos e todas que, não importa o que uma mulher vista, como ela se comporte, com quantas pessoas faça sexo, qual é sua profissão ou orientação sexual: TODAS as mulheres, assim como todas as pessoas, têm direito a ter sua segurança e integridade física respeitadas. A culpa do estupro é do estuprador! A culpa da agressão é de quem bate e não de quem apanha! Por que Vadia? Nas palavras da Marcha das Vadias DF: “Já fomos chamadas de vadias porque usamos roupas curtas, já fomos chamadas de vadias porque transamos antes do casamento, já fomos chamadas de vadias por simplesmente dizer “não” a um homem, já fomos chamadas de vadias porque levantamos o tom de voz em uma discussão, já fomos chamadas de vadias porque andamos sozinhas à noite e fomos estupradas, já fomos chamadas de vadias porque ficamos bêbadas e sofremos estupro enquanto estávamos inconscientes, por um ou vários homens ao mesmo tempo, já fomos chamadas de vadias quando torturadas e curradas durante a Ditadura Militar. Já fomos e somos diariamente chamadas de vadias apenas porque somos MULHERES”. “Vadia” é um termo usado para ofender e menosprezar mulheres que ousam ter o controle da própria sexualidade, assim como são também chamados de “vadias” os homens não-heterossexuais, que ousam amar e viver de forma diferente da imposta pelo machismo corrente. O termo também é usado para envergonhar estes homens e mulheres a respeito de como ou com quem fazem sexo, de como se vestem, como se maquiam, do quanto bebem, quais lugares frequentam, em quais horários estão nas ruas e quais companhias mantêm. A palavra “vadia” se vem sempre no feminino, para todas as pessoas, e serve não apenas para envergonhá-las como para assustá-las, já que ser uma “vadia”, na nossa sociedade, equivale a ser “estuprável”, a ter justificada qualquer violência contra si. Nós não temos medo de ser vadias, quando “ser vadia” representa sermos mulheres e homens, que enquanto donos de si, exigem o direito de sermos o que quisermos. Recusamos as ofensas a nós endereçadas por ousarmos viver nossas vidas da forma como desejamos. Se ser livre é ser vadia, somos TODAS vadias! CONVITE: Convidamos você, militante ou interessado na causa, a se unir e auxiliar na organização, divulgação e participação da Marcha das Vadias da Baixada Santista, lembrando que o ato será APARTIDÁRIO e está marcado para 30 de setembro de 2012, às 13h na Praça da Independência em Santos – SP. Traga para nossa marcha as suas faixas em prol da defesa “das vadias”. E também seus amigos e amigas, seus filhos e filhas, seu pai, mãe, avó e avô, tios e tias e, principalmente, sua vontade de transformar esse mundo em um lugar melhor para se viver. Fonte: Publicado por Lohayne Oliveira em:http://www.facebook.com/events/484797408197383/permalink/486740094669781/

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Documentário: "Marighella" chega aos cinemas dia 10 de agosto

Dirigido pela sobrinha de Carlos Marighella, Isa Grinspum Ferraz, o documentário "Marighella" entra em cartaz nas principais cidades, no próximo dia 10 de agosto. O filme foi exibido em sessões lotadas na última Mostra Internacional de São Paulo e no Festival do Rio de 2011. O documentário conta, também, com uma canção especialmente composta para o filme por Mano Brown, em homenagem a Carlos Marighella. Nsta segunda-feira (6), haverá uma exibição do filme para a imprensa, em Brasília.
O filme, dirigido por sua sobrinha, é uma construção histórica e afetiva do homem que dedicou sua vida ao Brasil. "Marighella", é um dos mais detalhados retratos já realizados sobre o militante baiano que, por décadas, combateu a injustiça social brasileira. O longa, que tem narração do ator Lázaro Ramos, retrata Carlos Marighella desde sua juventude na Bahia, seus anos de militância política, suas prisões na Era Vargas, sua atuação como deputado constituinte, até os violentos anos de repressão militar, quando ele se torna o inimigo público número um da ditadura brasileira, a "caça mais cobiçada". Isa, sobrinha de Marighella, teve acesso a um rico material histórico para retratar a vida de seu tio. Desde documentos secretos da CIA até inéditas gravações de rádio feitas por Marighella em Cuba, nos anos 1960. "Marighella" traz depoimentos da viúva do líder, Clara Charf, e de vários militantes de esquerda que lutaram a seu lado, além de outras figuras emblemáticas da resistência à opressão militar no Brasil, entre as quais o crítico e escritor Antônio Cândido. O documentário conta com rico material iconográfico, imagens de arquivo de diversas momentos da história brasileira do século 20, trechos de filmes de ficção e fotos raras da família Marighella. Seus poemas, suas histórias, seus gostos pessoais - tudo comparece para compor um quadro da complexidade desse homem que, tendo passado quase 40 anos na clandestinidade, transformou-se em um mito das esquerdas do Brasil e do exterior. Todos esses elementos, aliados à condução pessoal da narração, baseada nas lembranças pessoais da sobrinha de Marighella, fazem do filme um registro complexo que intercala fatos históricos com um perfil humano e pessoal do personagem retratado. Sinopse Líder comunista, vítima de prisões e tortura, parlamentar, autor do mundialmente traduzido "Manual do Guerrilheiro Urbano", Carlos Marighella atuou nos principais acontecimentos políticos do Brasil entre os anos 1930 e 1969, e foi considerado o inimigo número 1 da ditadura militar brasileira. Mas quem foi esse homem, mulato baiano, poeta, sedutor, amante de samba, praia e futebol, cujo nome foi por décadas impublicável? O filme, dirigido por sua sobrinha, é uma construção histórica e afetiva desse homem que dedicou sua vida a pensar o Brasil e a transformá-lo através de sua ação. Fonte:http://www.vermelho.org.br/

segunda-feira, 9 de julho de 2012

São Paulo: Moradores de rua encontram R$ 20 mil e entregam para PM

Dois moradores de rua encontraram um total de R$ 20.004,00, em notas de 100, 50, 20 e 10, e moedas, próximo ao Viaduto Azevedo, sob o qual eles residem, na Radial Leste, região do Tatuapé, na zona leste da capital paulista, e entregaram o valor a policiais militares do 8º Batalhão na madrugada desta segunda-feira. Os dois moradores de rua, ao encontrarem um saco plástico e um malote igual aos utilizados por bancos, abriram ambos e verificaram que neles havia diversos envelopes de depósito bancário contendo o dinheiro. Imediatamente ligaram para o 190 e acionaram a PM, que encaminhou todo o valor para o plantão do 30º Distrito Policial, do Tatuapé. "Além do dinheiro, havia também notas fiscais de um restaurante japonês que sofreu um furto. Estamos supondo que o dinheiro seja do mesmo estabelecimento, mas só teremos certeza quando o proprietário for localizado", afirmou um tenente PM. Segundo a polícia, o furto teria ocorrido na tarde de domingo. Segundo o Bom Dia São Paulo, da Rede Globo, os donos do restaurante japonês roubado foram até o 30º DP onde agradeceram ao casal que encontrou o dinheiro do estabelecimento comercial. FONTE:http://www.atribuna.com.br/

terça-feira, 3 de julho de 2012

Em vídeo, militar israelense agride criança palestina.

Nesta segunda-feira (2), o jornal israelense Haaretz publicou em seu site o vídeo de um policial de fronteira israelense chutando um garoto palestino em Hebron. De acordo com o jornal, o incidente ocorreu na última sexta-feira (29) na cidade palestina, vizinha de Jerusalém. O garoto que aparece nas imagens, de nove anos, foi identificado pelo Haaretz como Abed a-Rahman. As imagens foram feitas pela ONG B’Tselem. De acordo com a organização, o vídeo foi feito por um voluntário em Hebron. Dois militares são vistos no local, armados e uniformizados. Eles esperam pelo garoto, que sai de um beco perto da casa dele. Em seguida, um dos homens segura o menino, o atira ao chão e pergunta: “Por que você está causando problemas?” A criança começa a chorar. Na sequência, um segundo militar se aproxima e chuta o menino, que depois é visto saindo do local. A ONG disse, segundo o Haaretz, que vai denunciar os militares. FONTE:http://www.vermelho.org.br/

São Paulo, a cidade proibida

Texto de BRUNO RIBEIRO A onda proibitiva em São Paulo começa com José Serra, continua com Geraldo Alckmin e ganha sua personificação mais bizarra com Kassab, que fez do não a marca de seu governo. Algumas poucas proibições poderiam ser justificáveis se não escondessem intenções higienistas nas entrelinhas. Outras são completamente estapafúrdias, como veremos a seguir. Em São Paulo foi criada a Lei Antifumo, que se alastrou pelo Brasil como um câncer. O argumento de que a fumaça do cigarro alheio em ambientes fechados causaria malefícios à saúde do “fumante passivo” esbarra no direito individual quando regulamenta valores por meio da lei. Por que alguém não tem o direito, por exemplo, de abrir um bar exclusivo para fumantes ou de manter uma área reservada para eles? Em São Paulo é proibido fumar até na calçada, se houver um toldo ou cobertura sobre vossa cabeça. Anúncios de outdoors foram vetados. A Lei Cidade Limpa é positiva quando objetiva reduzir a poluição visual na capital. O problema é o modelo de implantação desta lei, pois hoje qualquer cidadão está proibido de estender à frente de sua casa uma placa ou faixa com qualquer mensagem, inclusive (e a meu ver principalmente) de protesto contra o descaso do governo. Se alguém quiser protestar contra buracos na rua do bairro terá que pedir autorização da prefeitura. O que será negado, por óbvio, constituindo assim um veto indireto à liberdade de expressão. Chegou a ser proibida a circulação de motos com mais de uma pessoa. O argumento para vetar o “carona” na garupa é de que este poderia ser um assaltante. Como os assaltos praticados por duplas sobre motos são comuns, decidiu-se proibir duas pessoas de dividirem a mesma moto ao mesmo tempo. A iniciativa lembra aquela piada do marido que pegou a mulher com outro no sofá e, para se livrar do problema, vendeu o sofá. Felizmente a lei foi derrubada: feria o direito de ir e vir assegurado pela Constituição Federal. Outra envolvendo motos: veículos de duas rodas foram proibidos de circular na Avenida 23 de Maio, sem justificativa plausível. A decisão foi revogada pouco tempo depois porque não tinha consistência. Também foi proibida a circulação de caminhões nas marginais. Agora, esses veículos precisam usar o Rodoanel da CCR (empresa de amigos de José Serra) e pagar o pedágio, se quiserem trabalhar. Recentemente, caminhões proibidos de circular pela Marginal Pinheiros pararam temporariamente de fornecer combustível para os postos de gasolina de São Paulo, como forma de protesto. A paranóia com os assaltos fez com que o uso de celular fosse vetado dentro de agências bancárias. A paranóia com a saúde proibiu médicos de usarem jaleco fora do hospital. Mas a melhor foi a proibição do ovo mole nos botecos da cidade. Para evitar que o cliente contraia uma intoxicação causada pela salmonela. Cúmulo da falta do que fazer, o molho vinagrete foi proibido nas pastelarias. Para não contaminar o pastel com bactérias malvadas. A paranóia com o silêncio levou à proibição do tradicional pregão nas feiras livres. Os comerciantes não podem mais divulgar suas ofertas em voz alta, como é costume no Brasil desde 1500. Da mesma forma, cobradores de lotação não podem mais informar o destino do veículo gritando para fora da janela, atitude que facilitava a vida de deficientes visuais e de analfabetos. Por incrível que pareça, não são mais permitidas bancas de jornal no centro de São Paulo, pois, segundo a prefeitura, as banquinhas poderiam ser usadas como "fortalezas e esconderijos de assaltantes em fuga". Proibiu-se o uso de câmeras fotográficas nos terminais de ônibus. As câmeras estão proibidas também no metrô. Também proibiram a venda de quentão e vinho quente nas festas juninas das escolas. Para salvaguardar a saúde de nossos jovens, refrigerantes e frituras foram vetados nas cantinas dos colégios. Pobres estudantes: matar aula está proibido em São Paulo. Com ordem da prefeitura, PM sai à caça de alunos gazeteiros, que acabam dentro do camburão, como marginais. Não se pode mais beber cerveja nos estádios de futebol e nem levar bandeiras para torcer pelo seu time. Recentemente, a paranóia com o meio ambiente proibiu o uso de sacolas plásticas nos supermercados. A lei foi derrubada porque contrariava os direitos do consumidor. Mais: está proibida a doação de material reciclável para catadores. Isso mesmo: doação! Os artistas de rua estão proibidos de se manifestar na Avenida Paulista e em outras regiões nobres da cidade. Os que ousam mostrar sua arte em público, dos malabaristas às "estátuas vivas", são violentamente reprimidos pela PM. A última da onda repressiva é a lei, já aprovada pela assembléia legislativa, que proíbe o consumo de bebida alcoólica em áreas públicas, como bares, calçadas, praças e praias. Se for sancionada pelo governador – e tudo indica que será – ninguém poderá beber sua cervejinha despreocupadamente na rua. Isso sem falar nas vergonhosas rampas antimendigo instaladas sob os viadutos e pontos estratégicos para impedir que moradores de rua durmam naqueles locais. Também foi proibida, pelo então governador José Serra, a venda de bananas por dúzia, como sempre foi feito nas feiras. Agora, em todo o estado, a banana só pode ser vendida por peso. Quem insistir, poderá ter seu comércio multado. A prefeitura de São Paulo se meteu ainda em uma cruzada contra as bancas de jornais. Isso mesmo: para forçar o fechamento das bancas na Praça da Sé e outros pontos da cidade, Gilberto Kassab está proibindo os donos de vender produtos como guarda-chuvas, chocolates e publicações "atentatórias à moral". Não acreditam? Leiam aqui. Kassab também não gosta que pobres socializem em espaços culturais criados por eles. Por isso tem proibido os saraus nas periferias. Um dos mais antigos e tradicionais, o Sarau do Binho, na região do Campo Limpo, foi fechado recentemente, a exemplo de espaços culturais semelhantes no Bixiga e na Brasilândia. Todos tinham uma característica em comum: eram espaços de resistência do movimento hip-hop. O trabalhador informal também é tratado como criminoso em São Paulo. Kassab cancelou as permissões de trabalho de todos os camelôs da cidade. Proibição das mais cruéis é a que pretende proibir a distribuição de comida para moradores de rua. As entidades assistenciais que entregam todas as noites o "sopão" para pessoas que não têm nada na vida, são os alvos preferenciais. Kassab espera, com isso, forçar os mendigos a saírem das ruas e se internarem nos albergues da prefeitura, que são péssimos e oferecem comida de baixa qualidade. O jornalista Rodrigo Martins, da Carta Capital, foi muito feliz quando definiu, em seu artigo Cervejaço contra a caretice: "São Paulo é uma cidade de loucos exatamente pelo fato de negar a seus habitantes o direito à cidade". Por Bruno Ribeiro. FONTE: http://www.correiocidadania.com.br/

São Paulo:Prefeitura quer proibir sopão grátis no centro

Em um prazo de 30 dias, a Prefeitura de São Paulo quer acabar com a distribuição do sopão para moradores de rua realizada por 48 instituições que oferecem o serviço voluntário nas vias públicas da região central. Segundo a Secretaria Municipal de Segurança Urbana, as entidades sociais poderão ser punidas caso não aceitem o convite de distribuir o alimento nas nove tendas da Prefeitura, como são conhecidos os espaços de convivência social que atendem os moradores de rua durante o dia. O secretário de Segurança Urbana, Edsom Ortega, disse que as instituições que insistirem em continuar oferecendo comida na via pública para a população de rua serão “enquadradas administrativamente e criminalmente”. A afirmação foi feita por Ortega durante uma reunião com representantes dos Conselhos Comunitários de Segurança (Conseg) e da Associação Viva o Centro na quarta-feira da semana passada. Procurado ontem pela reportagem, o secretário informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não iria antecipar que tipo de crime ou infração administrativa as entidades estariam cometendo. A intenção da Prefeitura é fazer que os moradores de rua procurem os albergues à noite, onde são oferecidas refeições. O advogado Kleber Luiz Zanchim, da Associação Viva o Centro, disse que as entidades podem ser punidas apenas administrativamente pela distribuição irregular de alimentos. “A Vigilância Sanitária impede a promoção de práticas que possam sujar a via pública. As entidades podem ser multadas e ter os veículos apreendidos”, disse. Segundo o advogado, as instituições não podem ser processadas criminalmente por fornecer comida na rua. “Só se esse alimento causar algum malefício para o morador de rua, como uma intoxicação alimentar ou sua morte”, explicou o advogado. Para o superintendente da Associação Viva o Centro, Marco Antonio Ramos de Almeida, a medida proposta pela Prefeitura irá tratar o morador de rua com dignidade. “Eles poderão se alimentar sentados em cadeiras e usando talheres. Nas ruas isso é impossível”, disse Almeida. Segundo ele, a distribuição de comida pelas entidades colabora para que os moradores de rua não procurem pelos serviços oferecidos pela Prefeitura. A instituição Anjos da Noite, que há 23 anos distribui alimentos para moradores de rua da região central, é contra a proposta da Prefeitura. “Amar o próximo é crime agora?”, questionou o presidente da Anjos da Noite, Kaká Ferreira, de 59 anos. Segundo Ferreira, muitos moradores de rua não querem ir para os espaços da Prefeitura. “Nesse caso eles ficam sem comer? Uma coisa não anula a outra. Podemos oferecer a comida para quem está nas tendas, mas queremos atender os moradores que não vão para os albergues à noite”, afirmou Ferreira. Segundo ele, a entidade ainda não recebeu o convite da Prefeitura. FONTE:http://blogs.estadao.com.br/j

TCC - POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA NA CIDADE DE SANTOS: um estudo reflexivo sobre a permanência de viver em Situação de Rua.

Vídeo de encerramento da apresentação do meu TCC. Em (21/06/2012) O dia em que me tornei Assistente Social.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Um SUS que mata os pobres

Por Frei *MARCOS SASSATELLI No dia 2 do mês corrente, bem cedo, o meu olhar fixou-se na seguinte manchete de jornal: “Morte e angústia à espera de UTI”. “Pacientes sofrem por dias para conseguir vaga nas redes pública e conveniada ao SUS” (O Popular, 02/06/12, 1ª página). Depois da manchete, um resumo da reportagem (publicada, na íntegra, na página 4 do mesmo jornal), diz: “A recém-nascida Sofia Lemes, com pneumonia, teve de aguardar quatro dias para conseguir ocupar uma vaga em UTI de Goiânia. Demorou, mas conseguiu. O universitário Rubens de Araujo não teve a mesma sorte. Apesar de um mandado judicial (repare: um mandado judicial) esperou por cinco dias. Não suportou a demora”. E ainda: no dia 1º do mesmo mês, nas unidades de saúde da prefeitura (Cais e Ciams), “outros 13 pacientes graves estavam na fila por uma vaga”. Esta situação de iniqüidade nos deixa a todos profundamente indignados. No caso de Rubens de Araujo, 44 anos, acadêmico de biologia da UFG, o advogado Renato Beltrão, a pedido da família, entrou com mandado de segurança para conseguir a internação em UTI. “A justiça - diz o advogado - foi rápida, determinando a internação dele em UTI, mas a Secretaria Municipal de Saúde descumpriu a ordem judicial” (Ib., p. 4). Rubens morreu no Ciams do Setor Urias Magalhães - onde estava internado há cinco dias - de insuficiência hepática, decorrente de uma cirrose. Ao que me consta, quando uma categoria de trabalhadores(as) - da educação, da saúde ou outra - descumpre uma ordem judicial (uma liminar), os responsáveis são presos e processados. Pergunto, então: Por que os responsáveis (da Secretaria Municipal da Saúde - SMS) pelo descumprimento da ordem judicial em favor do estudante Rubens não foram presos e processados? Não somos todos iguais perante a lei? A família de Rubens - diz ainda o advogado - “indignada com o que considera negligência e descaso (mesmo havendo uma ordem judicial) vai ingressar com uma ação contra o município de Goiânia de indenização por danos morais” (Ib.). Diante de tanta irresponsabilidade, a família tem todo o direito de processar a SMS. Infelizmente, porém, nem todas as famílias têm condições de fazer isso. Vergonha, descalabro. No SUS, a demora no atendimento aos doentes tornou-se estrutural e crônica, mesmo em casos de urgência e emergência. Nesses casos, os crimes praticados pelo Poder Público são crimes de omissão de socorro. Ninguém, porém, é preso, julgado e condenado por causa desses crimes. Reina a total impunidade. Parece que a sociedade se acostumou com essa realidade desumana e antiética. Temos um SUS que na prática (embora na teoria seja um dos melhores planos de saúde pública) é criminoso e mata os pobres. E quando digo “os pobres”, não entendo somente aqueles e aquelas que vivem na extrema pobreza, mas a grande maioria dos trabalhadores(as) que ganham salários indignos. O responsável dessa situação de descalabro é o Poder Público, municipal, estadual e federal. Não venham os governantes com desculpas esfarrapadas, dizendo que faltam verbas, que faltam medicamentos, que o atraso na compra dos mesmos é devido à burocracia, que a situação se agravou, que vêm muitas pessoas do interior e não sei mais o quê. Na realidade, trata-se somente de uma questão de opção política. Chega de enganação ao povo! O dinheiro dos cofres públicos (que é dinheiro dos impostos e, portanto, do povo) deve ser usado prioritariamente para salvar a vida do povo (e não para práticas de corrupção e parasitagem, despejando o dinheiro público nas “cachoeiras da vida”). No atendimento pelo SUS, nos casos de urgência e emergência, se não tiver vaga em UTI da rede de hospitais públicos ou conveniados (o que não aconteceria se houvesse “outra” política), o Poder Público é legal e moralmente obrigado a pagar (com dinheiro dos cofres públicos, que é dinheiro do povo) a internação das pessoas gravemente enfermas em UTI da rede de hospitais particulares e a adquirir os medicamentos necessários. Repito: é obrigação do Poder Público e não favor ou “pacote de bondades”. Goiânia, por exemplo, é um centro médico bastante desenvolvido e, para quem pode pagar, as vagas em UTI sempre existem. Os que têm dinheiro usufruem das benesses de um tratamento de qualidade, que - segundo a Constituição Federal - deveria ser para todos(as). O SUS não pode dizer que não existem vagas em UTI. Só não existem para os pobres. Infelizmente, o Poder Público - no lugar de assumir suas responsabilidades constitucionais e éticas - prefere lavar as mãos e terceirizar (leia-se: privatizar, de maneira disfarçada) a saúde. Não podemos, sobretudo os trabalhadores(as), permitir que isso aconteça e que empresas privadas - mesmo chamadas de Organizações Sociais (OSs) - se enriqueçam às custas do sofrimento do povo. A saúde, que é um serviço essencial, deve ser pública Enfim, faço um apelo aos advogados/as - que, sensíveis à causa da justiça e dos direitos humanos, querem dedicar parte de seu tempo à prática do voluntariado - para que assumam gratuitamente (a gratuidade é um grande valor humano) a defesa das vítimas de casos de omissão de socorro no SUS (como o caso citado pelo O Popular), processando o Poder Publico e exigindo a devida indenização para os familiares da pessoa falecida. Diante dessa realidade, “é hora de nos despojarmos do comodismo, não deixar que a desilusão nos paralise e nos impeça de buscar novas formas de denúncia e de transformação destas estruturas de manutenção da exploração e da pobreza” (Pastorais Sociais e outros Organismos da CNBB. Eleições municipais 2012: Cidadania para a Democracia. Brasília-DF, fevereiro 2012, p. 14). (Há poucos dias, escrevi o artigo: Irmã Katherine Marie: a “Irmã dos SUS”, vítima do próprio SUS. Leia o artigo nos links: http://www.dmdigital.com.br/novo/#!/view?e=20120601&p=23; http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=67487 e outros). *Frei Marcos Sassatelli, frade dominicano, doutor em Filosofia (USP) e em Teologia Moral (Assunção - SP), é professor de Filosofia da UFG (aposentado). E-mail: mpsassatelli(0)uol.com.br FONTE: http://www.correiocidadania.com.br/

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Baixada Santista: A juventude na periferia está sendo exterminada!

Em maio de 2006, 493 jovens foram assassinados na baixada santista. Segundo dados do IML foram possíveis constatar que 60% dos 493 corpos registrados no período receberam pelo menos um tiro na cabeça, e 57% dos cadáveres receberam pelo menos um disparo pelas costas. Até hoje, ninguém foi punido! Hoje 25/06/20012 na cidade de Santos ocorreu o julgamento de um policial que está sendo acusado de assassinar nove jovens na baixada Santista. Resultado: nada ficou provado, nada foi esclarecido para os parentes das vitimas, devido a insuficiência de provas. Por coincidência nesta madrugada de segunda feira o MC Neguinho quando voltava para casa após um show teve seu carro alvejado levando quatro tiros nas costas, por sorte passa bem e aguarda alta. Já outros MCs da baixada não tiveram a mesma sorte, no dia 29/04/2012 Cristiano Carlos Martins, 33, foi morto a tiros e no dia 19 de abril, Jadielson da Silva Almeira, 28 anos, também foi morto a tiros. Na baixada santista, outros jovens MCs em outros anos também foram assassinados como o MC Felipe Boladão e o DJ Felipe da Silva Gomes. E assim morrem Felipes, Barbaras, Camilas e Diegos. Filhos da periferia que o Estado se omite a dar uma resposta, e por quê? Será ele mesmo o grande assassino da população pobre? Sim. O Estado existe para ser um instrumento de garantias, o contrário disso, é apenas um instrumento de opressão e exclusão do povo, e isto, historicamente tem sido o grande papel do Estado: oprimir e massacrar a população pobre. Não se deixe iludir o Estado é o grande assassino sempre! Força e solidariedade a todas as famílias que perderam pessoas queridas! Tamujunto! FONTE:Mães de Maio Mães de Maio

domingo, 10 de junho de 2012

Idosa de 87 anos mata bandido a tiros durante assalto

Uma mulher de 87 anos matou um assaltante que invadiu o apartamento dela na serra gaúcha. O homem levou três tiros e morreu enquanto era socorrido. A hipótese da Polícia Civil é de que o arrombador tenha entrado pelos fundos do prédio. A intenção do homem seria furtar objetos da residência. A mulher entregou um revólver e prestou depoimento na delegacia. Como a princípio o caso se trata de legítima defesa, ela vai responder ao inquérito em liberdade.
Fonte: http://www.atribuna.com.br/

sábado, 9 de junho de 2012

Governo autoriza pagamento de Garantia-Safra

O governo autorizou o pagamento do benefício do Garantia-Safra para mais de 135 mil agricultores que aderiram ao programa. A autorização foi publicada no Diário Oficial da União dia 08/06/2012. O Garantia-Safra faz parte do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e paga indenizações para agricultores que sofrem perdas por motivo de seca ou excesso de chuvas. Na portaria, foram autorizados os pagamentos referentes às safras 2010/2011 e 2011/2012. De acordo com o governo, os benefícios estarão disponíveis a partir do mês de junho deste ano, nas mesmas datas definidas pelo calendário de pagamentos de benefícios sociais da Caixa Econômica Federal. No caso das perdas da safra 2010/2011, agricultores de três municípios receberão a indenização: Campo Alegre de Lourdes (BA), onde houve 38.883 adesões, Montadas (PB), com 473 adesões, e Feira Nova (SE), onde 219 agricultores aderiram ao programa. Já em relação às perdas do período 2011/2012, agricultores de mais de 100 municípios receberão o benefício. A maior parte está localizada na Bahia e Minas Gerais. O programa abrange a Região Nordeste, a parte norte de Minas Gerais, que inclui o Vale do Mucuri e o Vale do Jequitinhonha, além da parte norte do Espírito Santo. Legalmente essa área faz parte da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), majoritariamente semiárida. Para participar do programa, é necessário que, anualmente, estados, municípios e agricultores da área de atuação da Sudene façam a adesão. Fonte: http://www.vermelho.org.br/

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Falaí: 1º de Maio – Dia de Luta e Cultura

Por *Lohayne Oliveira
O dia 1° de maio, mais do que um feriado como outros tantos, é um dia de homenagem aos oito líderes trabalhistas norte-americanos, que foram presos por dirigirem manifestações – que tiveram início em 1886 – e condenados à forca em Chicago (EUA). É, portanto, um dia de luto por estes trabalhadores que deram suas vidas ao exigir seus direitos básicos, e não deveria nunca deixar de ser visto como um dia essencialmente de luta dos trabalhadores – de todos os tempos e lugares do planeta. E na última terça-feira (1), aconteceu na comunidade do México 70, em São Vicente, um evento que fez nascer entre a população a questão: “e o que é de fato esse dia?”. Um encontro absolutamente apartidário, que não levantava nenhuma bandeira a não ser a do livre acesso ao debate, a cultura, a informação. Em plena praça pública se misturavam crianças, jovens, senhores, estudantes, atores, poetas, militantes, o “Seu Antônio do Coco”, a mãe diarista: gente, gente trabalhadora. E foi assim, com falas de Marcolino Jeremias – do Núcleo de Estudos Libertários Carlo Aldegheri, “Mão Negra RZ” e “Tarja Preta” fazendo um rap forte e questionador, “Trupe Olho da Rua”, poesia sendo declamada por “Nego Panda” e “Armando Santos”, “Tempos Modernos” de Charles Chaplin e curtas-metragens nossos sendo projetados em uma parede. Discutimos, dividimos nossa luta e nossa cultura, e sim, nos fizemos ouvir. Enfim, senti uma necessidade absurda de contar o evento porque acho que iniciativas como essa tem que ser propagadas aos quatro ventos, pra servirem de exemplo, e mostrarem que podemos sim fazer do nosso entorno um lugar melhor, quando decidimos ocupar ruas e praças, nos compartilhar, e fazer parte de verdade. Como se já não bastasse tudo isso, os nossos curtas-metragens “Ulisses” e “Missão Estelar”, os mini-metragens “Primeiro-Passo”, “Meio-Fio”, além de algumas animações produzidas em workshop, foram exibidos no encontro. Quando percebi, encantada com tudo aquilo, que me seria possibilitado levantar a minha voz de outra forma, através do vídeo, fui correndo buscar os DVD’s que tinha, e que a propósito, de tão disputados tiveram que ficar todos por lá. Foi tudo lindo, e necessário. *Lohayne Oliveira. É uma jovem formada pelas Oficinas Querô. Fonte: http://www.institutoquero.org/

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Brizola Neto é o novo ministro do Trabalho do governo Dilma

Brasília/DF - Na véspera do Dia do Trabalhador, a presidente Dilma Rousseff (PT) decidiu anunciar o nome do novo ministro do Trabalho. O deputado federal Brizola Neto (PDT-RJ) vai substituir Paulo Roberto Pinto, que ocupa o cargo há cinco meses como interino. A decisão foi tomada em reunião na manhã desta segunda-feira entre Dilma e o presidente do PDT, o ex-ministro Carlos Lupi. O novo ministro, que está em Brasília, foi chamado às pressas ao Palácio do Planalto para ser comunicado da decisão. Brizola Neto disputava a indicação com outros dois nomes. O também deputado Vieira da Cunha (PDT-RS) tinha a preferência interna do partido, mas sofria forte resistência de Dilma e dos ministros palacianos, entre eles Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência. O outro nome, com menos chances, era do secretário-geral do PDT, Manoel Dias. Brizola Neto (cujo nome completo é Carlos Daudt Brizola), 33 anos, é o mais novo ministro da Esplanada dos Ministérios. Filiado ao PDT desde 1997, é neto do ex-governador Leonel Brizola e foi vereador da cidade do Rio de Janeiro antes de ser eleito para o primeiro mandato como deputado federal, em 2006. Fonte: http://jcsgarcia.blogspot.com.br/

domingo, 29 de abril de 2012

Força Nacional chega para reforçar segurança na BA

Um reforço de 37 homens da Força Nacional chegou no final da manhã deste sábado, 28, no município de Pau Brasil (a 551 km de Salvador), no sul da Bahia. Os militares comandados pelo Capitão Marcio Rogério irão reforçar o policiamento em áreas de conflito entre índios e fazendeiros pela disputa de terra. O novo efetivo se juntará aos 30 agentes da Polícia Federal (PF), 20 homens da Companhia Independente de Policia Especializada na Região Cacaueira (Cipe) e policiais civis e militares, para tentar manter a paz nas áreas conflitantes, de acordo com Alex Drummont, delgado da PF. “Nos últimos cinco dias não houve nenhum registro de conflitos e os militares da Força [Nacional] que chegaram hoje (sábado) não tem data para retornar”, acrescenta o delegado. Apesar de não haver registro de novos conflitos, pelos menos duas pessoas já foram mortas. Uma delas é a dona de casa Ana Maria Santos de Oliveira, de 33 anos, que passava em uma caminhonete com familiares na tarde do dia 9 deste mês, próximo à fazenda Vitória, em Itaju do Colônia. O veículo no qual ela estava foi cercado por, pelo menos, 8 homens encapuzados e armados. Um deles disparou um tiro, que atingiu a cabeça da dona de casa. A mesma bala acertou o braço esquerdo da irmã, Odília Santos Oliveira, 29. Outra vítima foi o segurança Júlio César Passos Silva, 31, morto em um possível confronto na fazenda Santa Rita, na tarde do último dia 19. Nesse mesmo dia, o índio Ivonildo dos Santos, 29, foi ferido por um tiro na perna esquerda. O corpo do segurança foi resgatado um dia depois por agentes da PF. Ocupações - Até agora, 68 fazendas, pelo menos, já foram ocupadas pelos Índios Pataxós Hã-hã-hãe, que numa ação civil, proposta pela Fundação Nacional do Índio (Funai), pedem o equivalente a 54,1 mil hectares de terra, alegando ser território indígena. A área pleiteada pela Funai, entre os municípios de Itaju do Colônia, Camacan e Pau Brasil, atualmente, estava em posse de fazendeiros que têm as propriedades tituladas pelo Governo da Bahia. A ação, que tramita há 30 anos no Supremo Tribunal Federal (STF), pede a nulidade de títulos dos produtores. A atual presidente da Funai, Marta Maria do Amaral, falou em coletiva à imprensa que o julgamento da ação está marcado para acontecer no dia 9 de maio, entretanto a assessoria do STF não confirma a informação. Fonte: http://atarde.uol.com.br/

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Internação compulsória no RJ : A truculência não resolve !!!

Por Francisco Alves Filho

O volume de trabalho de Celso Ferreira, 45 anos, funcionário da Prefeitura do Rio de Janeiro, aumentou muito no último ano. Contratado para um cargo de título pomposo, “educador social”, ele é uma das 50 pessoas cuja função é ir às chamadas cracolândias da cidade para recolher os usuários de crack e levá-los para abrigos municipais. Depois de criar um “Protocolo de Abordagem Social”, no início de 2011, a prefeitura passou a internar compulsoriamente crianças e adolescentes viciadas.

“A quantidade de meninos recolhidos aumentou bastante. Gosto do que faço, é preciso recuperá-los”, diz Celso, evangélico fervoroso. Mais precisamente, foram 544 nos últimos 12 meses. Apesar da boa intenção de funcionários como ele, a iniciativa da Prefeitura do Rio é alvo de polêmica e sérias contestações. A eficácia do tratamento iniciado com uma internação obrigatória é questionada por muitos especialistas, defensores de uma abordagem baseada no convencimento e no apoio familiar.

“Lugar de criança não é na rua. Se não quero isso para o meu filho não quero nenhum menino ou menina”, diz o secretário de Ação Social, Rodrigo Bethlem, encarregado da tarefa. Apesar da convicção de Bethlem, o percentual de sucesso não pode ser considerado alto (28,16%) e a veracidade dos dados tem sido contestada. Em cidades como Porto Alegre, Salvador e Recife, consultórios montados na rua se colocam como alternativa a esse tipo de abordagem. O Brasil ainda busca a metodologia ideal para combater o flagelo do crack.

A rotina dos funcionários que recolhem os menores para internação compulsória se parece com um jogo de gato e rato. Nas operações freqüentes, feitas geralmente em locais perigosos pela proximidade com o tráfico, eles assistem a muitos viciados fugirem em debandada assim que suas vans estacionam.

Quando conseguem se aproximar de algum jovem usuário de crack, gastam um bom tempo conversando. “Tentamos fazer ele ir por vontade própria, para evitar levar pelo braço”, conta Celso. A maioria escapa, há quem arremesse pedras contra os veículos, mas algumas crianças e adolescentes alcançados pelos funcionários acabam levados para as vans. “Com o tempo, notamos a diminuição de meninos nessas cracolândias, uma prova de que estamos avançando”, diz Betlem.

Modelo repressivo de combates às drogas se esgotou, diz presidente da Fiocruz
Internação compulsória para quê?
A lepra! A lepra! Disque 190?

São muitos os especialistas que acham o contrário. “A internação compulsória pode ser indicada para alguns casos, são exceções e não a regra”, acredita Pedro Abramovay . Ele reconhece, no entanto, que a ação da prefeitura do Rio tem o benefício de seguir os parâmetros da saúde e da ação social e não da captura policial, como ocorre em São Paulo. “As instalações para onde são levadas essas crianças, porém, têm métodos e aparência de prisão, são inadequadas para o tratamento”.

Uma das críticas mais assíduas a esses abrigos é a presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/RJ, Margarida Pressburger. Ela esteve em janeiro no abrigo Casa Viva, de Laranjeiras, e não gostou nada das condições do lugar, um pequeno prédio de dois andares. “A médica e a psiquiatra fazem plantão apenas uma vez por semana, durante três horas”, relata a advogada.

Além disso, segundo Pressburger, as crianças estavam completamente ociosas, sem um livro, uma televisão ou uma bola para ocupá-las. O uso de remédios de tarja preta foi constatado. “Uma das meninas se mostrava completamente apática, sem reação, e a psiquiatra do nosso grupo disse que ela estava dopada”, conta a integrante da OAB.

“Aquilo não devia ter o nome de Casa Viva, parece mais casa da morte”. A artista plástica Yvonne Bezerra de Mello, coordenadora de uma ONG para atendimento a crianças de rua, também esteve naquele abrigo. “Está longe de ser o tratamento ideal para crianças envolvidas com esse problema. Elas deveriam estar hospitalizadas”, opina.

“Havia crianças fumando livremente e os funcionários alegaram ser uma alternativa para amenizar a dependência do crack”. Depois dessas duas visitas, a prefeitura informou ter implantado plantões diários de psicólogos e não é mais permitido fumar nos abrigos.

A reportagem de Carta Capital esteve no abrigo Ser Criança, no bairro de Guaratiba, na manhã de terça-feira 10. Diferente das instalações de Laranjeiras, ali o espaço é bastante amplo, com piscina, quadra de futebol e duas salas de tevê. Os quartos são pequenos, com beliches onde há vagas para quatro meninos.

O abrigo é dividido em área de crianças e de adolescentes. Naquela manhã, uma psicóloga atendia alguns abrigados e 17 crianças participavam de uma atividade lúdica. Aos 14 anos, o garoto M.A. está prestes a completar 11 meses no abrigo. Antes dali, não passava um dia sem crack e chegou a pegar em arma na quadrilha de traficantes de drogas da favela Mandela, na zona norte carioca. “Depois de uma operação policial, eu resolvi pedir para ser internado”, conta ele.

Tratado com medicamentos, o próprio garoto diz estar com aparência bem melhor do que quando chegou e espera voltar para casa em breve. Esse retorno, que representaria o final do tratamento, pode, na verdade, se tornar um risco: enquanto o irmão foi preso algumas vezes e é usuário do crack, a mãe, também viciada, fez apenas uma visita ao filho e não se mostra preocupada com o destino do garoto. “Com uma família desestruturada, é grande o desafio de manter o tratamento depois que o menino sai daqui”, diz Watusy Ramos, coordenadora do abrigo.

O setor destinado aos adolescentes é diferente da área das crianças. Ali está a quadra de esportes, mas o espaço é bem menor. Além disso, as instalações estão em pior estado, com infiltrações e mesas de plástico mal conservadas. Os banheiros são limpos, mas parecem não ter recebido acabamento, o que dá ao lugar um ar prisional – impressão acentuada pelo físico musculoso do educador que lidava com os jovens. Um deles, G. S., de 15 anos, foi levado ao abrigo pela família.

Também usa medicamentos para controlar as crises de abstinência e diz se sentir melhor. Tem, no entanto, uma reclamação grave: a agressividade por parte de alguns educadores. Seu colega, M.A. também diz que foi agredido por um “tio”. Tanto G.S. quanto M.A. reclamaram das agressões à coordenadora Watusy, que repreendeu os funcionários e, segundo os meninos, o problema não se repetiu.

É preciso entender que o uso da droga é um ponto de partida, e não um ponto de chegada. O uso começa num ambiente tão ruim que a droga aparece como solução. A saída é dar resposta social para fazer com que a droga não seja mais necessária”, afirma Paulo Silveira, da ONG Respeito é Bom e Eu Gosto. “O programa do Rio é uma farsa na medida em que não tem nada a oferecer como instrumento de inclusão social.”

A denúncia mais contundente, no entanto, é feita por Monique Barbosa, mãe de J.A., de 12 anos. O garoto está de volta à casa desde janeiro, depois de passar quatro meses no abrigo de Guaratiba. Inicialmente, ela elogia o trabalho e diz que o filho está recuperado do vício do crack graças àquele tratamento. “Desconfiava que não ia dar certo, mas foi melhor do que eu esperava. Mesmo depois da volta dele para casa, continuo recebendo apoio da prefeitura”, diz.

Do lado negativo, Monique também relata agressões. “Meu filho falou que alguns funcionários batiam nas crianças, outros acordavam os meninos jogando água em seus rostos. Houve até um dos meninos, chamado Yan, que foi jogado na piscina com os braços amarrados e quase se afogou, foi retirado de lá desacordado”, relata. Depois que o filho contou essas cenas, presenciadas no final do ano passado, Monique levou o caso à coordenadora, que afastou o funcionário. Watusy reconhece que volta e meia é obrigada a lidar com o problema: “Fazemos cursos de qualificação e de reciclagem, mas há quem não saiba lidar com a agressividade dos jovens afetados pelo vício. Quando identifico algum esse tipo de comportamento, repreendo ou afasto a pessoa imediatamente”.

Consultado pelo secretário Bethlem antes do início do recolhimento compulsório, o psiquiatra Jorge Jaber vistoriou os quatro abrigos da prefeitura e aprovou tanto o espaço físico quanto a preparação dos educadores. “Vi gente abnegada, que se dedica ao seu trabalho”, afirma. No ano passado, voltou à Casa Viva e também gostou do que viu. Acha que é preciso avançar e reuniu-se com outros especialistas para levar à prefeitura sugestões que possam melhorar o atendimento, entre elas a criação de um instituto voltado para o tratamento de usuários de drogas.

Sobre a eficácia do tratamento feito depois de internação compulsória, ele não tem dúvida: “Fiz um estudo e concluí que nesses casos o sucesso pode chegar a 77% dos casos, superior ao constatado nas internações voluntárias”. Por esse padrão, o desempenho da prefeitura do Rio está baixo, pois não chega a metade desse índice. Integrante da ONG “Respeito é bom e eu gosto”, que denuncia os problemas do programa de internação compulsória, Paulo Silveira discorda profundamente de Jaber.

“O uso do crack começa num ambiente tão ruim que a droga aparece como solução. A saída é dar resposta social para fazer com que a droga deixe de ser necessária”, acredita Silveira. Ele classifica o programa do Rio como “farsa” na medida que oferece instrumento de inclusão social. “Cidadãos brasileiros estão sendo suprimidos de seus direitos. É um regime de exceção justificado pela guerra às drogas”.

Outras capitais brasileiras seguiram um caminho bem diferente para lidar com o problema. Em Porto Alegre, a prefeitura criou consultórios na rua, onde é feito um atendimento permanente.

“Mesmo nos casos de crianças e adolescentes buscamos estabelecer um relacionamento de confiança e tentamos convencê-los a se tratar”, explica o secretário municipal de Saúde da capital gaúcha, Marcelo Bósio. Foram criadas comunidades de acolhimento, nas quais os garotos e garotas não perdem o vínculo familiar.

Para ele, a motivação do indivíduo é um forte elemento para a recuperação. “A internação compulsória não é eficaz, a vontade do usuário de se tratar é importante para a cura. Por isso, nunca optamos pela imposição”, afirma. Recife e Salvador têm experiências parecidas. Não se sabe, porém, se poderiam ser repetidas em megalópoles como Rio e São Paulo, onde o número de crianças e adolescentes viciados é muito maior. O método ideal para o Brasil, como se vê, está sendo testado na prática.

FONTE:http://www.cartacapital.com.br/

sábado, 10 de março de 2012

Iraque: 14 jovens são mortos a pedradas por serem "emo"


Pelo menos 14 jovens foram apedrejados até a morte em Bagdá nas últimas três semanas em uma suposta campanha de militantes xiitas contra adolescentes que se vestem com o estilo chamado de "emo". Segundo a Reuters, xiitas distribuíram listas neste sábado identificando mais jovens marcados para serem mortos caso eles não mudem as roupas que usam.

As mortes ocorreram depois que o Ministério do Interior iraquiano chamou a atenção, no mês passado, para a cultura "emo". As autoridades chamaram-na de "satanismo" e ordenando a polícia comunitária a combater a moda entre os jovens. "Emo" é um gênero de música desenvolvido nos Estados Unidos,e seus fãs são conhecidos por suas roupas características, geralmente com calças jeans justas, camisetas com nomes de bandas ou marcas e cabelos alisados.

Ao menos 14 corpos foram levados a três hospitais na região leste de Bagdá com sinais de agressão com pedras ou tijolos, segundo fontes de segurança e dos hospitais que falaram à Reuters sob condição de anonimato. Seus outros jovens, incluindo duas garotas, ficaram feridos em espancamentos interpretados como alertas, de acordo com as fontes de segurança.

"Na semana passada, eu assinei os atestados de óbito de três desses jovens, e a causa da morte que eu escrevi foi graves fraturas no crânio", disse um médico do hospital al-Kindi. "Uma pancada muito forte na cabeça causou essas fraturas, que esmagaram totalmente o crânio da vítima", afirmou.

Um folheto distribuído no bairro xiita de Bayaa, no leste de Bagdá, tinha 24 nomes de jovens marcados para morrer. "Nós alertamos você fortemente, a todos os homens e mulheres obscenos, se você não deixar esse trabalho sujo dentro de quatro dias, a punição de Deus descerá até você na mão dos Mujahideen", dizia o anúncio. Outro folheto em Sadr City listava 20 nomes. "Nós somos as Brigadas do Ódio. Nós avisamos, se você não voltar à sanidade e ao caminho certo, você será morto", dizia o papel.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/

sexta-feira, 9 de março de 2012

Guarujá-SP: ex-secretário de Educação é executado a tiros durante reunião

Corpo de ex-secretário de governo de Guarujá é sepultado.
Ricardo foi morto aos 47 anos, durante reunião


O corpo do ex-secretário de governo do Guarujá, Ricardo Augusto Joaquim de Oliveira, morto na noite desta quinta-feira durante uma reunião do Partido Pátria Livre (PPL), foi sepultado na tarde desta sexta-feira, no Cemitério Municipal da Cidade, conhecido como Vila Júlia. O enterro foi acompanhado por milhares de pessoas, entre familiares, amigos e políticos da região.

Ricardo Joaquim foi morto com ao menos cinco tiros durante uma reunião improvisada do PPL em um imóvel na Rua Mário Silveira, 305, no Jardim Conceiçãozinha, por volta das 20 horas. Um homem com capacete de moto e com uma arma calibre 45 na mão invadiu o local e em meio a dezenas de partidários e filiados, se aproximou da vítima e efetuou os disparos contra ela, que não conseguiu fugir. O revólver é de uso exclusivo das Forças Armadas.

Testemunhas afirmam terem visto outras três pessoas com o atirador. Era um homem alto e forte, com grande porte físico. O grupo estava dividido em duas motos, cujo emplacamento não foi anotado e o paradeiro é desconhecido.

Nesta manhã a Secretaria Municipal de Comunicação de Guarujá divulgou uma nota oficial sobre o ocorrido. Durante a noite, o órgão disse que não iria se pronunciar.

"A prefeita de Guarujá, Maria Antonieta de Brito, recebeu com tristeza e indignação a notícia do trágico assassinato do amigo e ex-secretário executivo de Coordenação Governamental, Ricardo Joaquim Augusto de Oliveira. Antonieta ressalta que estamos diante da perda de um valoroso amigo e de um cidadão extremamente empenhado com a Cidade e que se solidariza com a esposa, filhos e família.

A chefe do Executivo salienta que “em que pese a recente saída do Governo, era um companheiro que se entregou de coração e alma, ajudando a construir um projeto político que melhore o nosso Município”. Por fim, a prefeita ressalta que “é inadmissível perder amigos, como Ricardo Joaquim, e que não medirá esforços para o esclarecimento do caso, pois não podemos aceitar que fatos como este continuem a acontecer na Cidade, impunemente. A prefeita já solicitou uma reunião com o Governo do Estado para tratar do assunto.

Recuperação

De acordo com o presidente estadual do PPL, Miguel Manso, Ricardo Joaquim havia sido exonerado do Governo de Guarujá para se recuperar de problemas de saúde. O partido teria encaminhado uma carta à prefeita Maria Antonieta de Brito cobrando explicações.

”Na carta, a prefeita disse que o afastou por serem muito amigos. Ela queria que ele cuidasse de sua saúde, mas na próxima semana, eles irão se reunir para discutir assuntos políticos”, menciona.

À reportagem de A Tribuna, o ex-secretário, considerado o homem forte do Governo informou que estava surpreso com sua saída, principalmente pelo fato de estar licenciado. O político havia feito no dia 2 de fevereiro uma cirurgia no abdômen. Ricardo Joaquim mencionou, ainda, que sua saída poderia ter sido motivada pela cobrança para melhorar a área da Educação.


Execução sumária

Entre 40 pessoas, um único alvo. Após ouvir cinco testemunhas que presenciaram a execução sumária do ex-secretário de Governo de Guarujá, Ricardo Joaquim de Oliveira, de 47 anos, a investigação da Polícia Civil de Guarujá tem a certeza de que o crime foi premeditado. Sem descartar nenhuma hipótese - acerto de contas, relação política ou até mesmo algum desafeto pessoal - a investigação trabalha com o intuito de tentar descobrir o que motivou o assassinato e quem foi o mandante.

"A polícia de Guarujá é bem estruturada e está toda mobilizada para solucionar o caso", garantiu o diretor em exercício do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior (Deinter) 6, delegado Frederico Calvo Fernandez, que colocou à disposição da Cidade apoio estrutural e de agentes para auxiliar nas investigações do ocorrido. "Estamos acompanhando de perto desde a noite desta quinta-feira. A fase inicial não nos permite afirmar nada, apenas levantar hipóteses", explicou.

Ricardo Joaquim foi morto com ao menos cinco tiros durante uma reunião improvisada do Partido da Pátria Livre (PPL) em um imóvel na Rua Mário Silveira, 305, no Jardim Conceiçãozinha, por volta das 20 horas desta quinta-feira. Um homem com capacete de moto e com uma arma calibre 45 na mão invadiu o local e em meio a dezenas de partidários e filiados, se aproximou da vítima e efetuou os disparos contra ela, que não conseguiu fugir. O revólver é de uso exclusivo das Forças Armadas.

Testemunhas afirmam terem visto outras três pessoas com o atirador. Era um homem alto e forte, com grande porte físico. O grupo estava dividido em duas motos, cujo emplacamento não foi anotado e o paradeiro é desconhecido. "Acho difícil a existência de milícias no Guarujá trabalhando em função de terceiros", acredita o diretor do Deinter. "O homem que efetuou os disparos pode tanto ser um militar como também um bandido", completou ao ser questionado sobre o armamento restrito utilizado.

Fonte: http://www.atribuna.com.br/

domingo, 4 de março de 2012

Cubatão-SP: transtornado com o final da relação, pai mata filha de seis anos e depois se suicida


O pedreiro Ancelmo Alves de Souza, de 35 anos, enforcou a filha, Kessy Lorrane Alves da Conceição, de apenas 6, e depois se matou do mesmo modo. O homicídio seguido de suicídio foi cometido na casa do pai da criança, em Cubatão, e ocorreu supostamente entre a noite de sábado e a madrugada de domingo, segundo avaliação de peritos criminais.

Por volta das 10h30, o pai de Ancelmo estranhou o fato de o filho não ter ido trabalhar e foi até a casa dele, na Rua Maurino de Oliveira Moura, 92, no Jardim Nova República, mais conhecido por Bolsão 8. Através da janela, ele se deparou com uma cena macabra: os corpos do filho e da neta estavam completamente suspensos por um fio de arame, um próximo do outro, quase se tocando.

Uma extremidade dos fios de arame estava enrolada ao pescoço de Ancelmo e de Kessy, enquanto a outra se encontrava presa ao caibro de sustentação do telhado. Na porta do guarda-roupa havia um bilhete grudado, no qual o pedreiro pede perdão para os atos que estava na iminência de praticar. Em outro bilhete encontrado na moradia, o pai da menina solicita que rezem por ele.

Crack e cocaína

O delegado Francisco Lanfredi compareceu ao local da tragédia e apurou que Kessy era a única filha de Ancelmo e Eliane Maria da Conceição, de 33 anos. O casal viveu junto durante dez anos, mas a mulher decidiu se separar há alguns meses. Segundo ela, o ex-companheiro estava consumindo bastante cocaína e crack, vendendo inclusive bens do lar para sustentar o vício.

Irmã de Ancelmo, Tereza Cristina Alves de Souza disse que ele ficou agressivo, revoltado e nervoso após a separação, mas se mostrava bastante amoroso com a filha. Com o término do relacionamento do casal, a garota passou a residir com a mãe em outro imóvel, no mesmo bairro. Familiares do pedreiro contaram que a garota deveria ser levada para a casa de Eliane às 22h30 de sábado.

Poucos antes desse horário, o pedreiro teria estado em uma igreja. A menina se encontrava vestida e estava com a boca amordaçada por um pedaço de pano e fita isolante. Vizinhos afirmaram que não ouviram nada de anormal e ficaram chocados quando souberam do ocorrido. A notícia do caso logo se espalhou pelo bairro, atraindo dezenas de pessoas à frente da casa de Ancelmo.

Fonte: http://www.atribuna.com.br/

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Ato em apoio aos moradores do Pinheirinho leva 5 mil pessoas às ruas de São José dos Campos-SP nesta quinta-feira 02/02/2012


Cerca de 5.000 pessoas participaram ontem, dia 02/02/12, do Ato Nacional em solidariedade às famílias do Pinheirinho, em São José dos Campos.

Foi uma das maiores manifestações populares que a cidade já viu. Entre os manifestantes, delegações vindas de várias partes do país, com representantes de Sindicatos e movimentos populares, entre elas o MST e o MTST. Partidos políticos (PT, PSTU, PSOL e PCB) e centrais sindicais (CSP-Conlutas, Intersindical, CUT e CTB) também marcaram presença e apoiaram o movimento.

Representantes do MST, trouxeram, além de apoio e solidariedade, 4 caminhões cheios de alimentos para o povo do Pinheirinho.

A manifestação, nomeada "Somos Todos Pinheirinho", começou por volta das 9h, quando começaram a chegar os primeiros manifestantes na Praça Afonso Pena. Por volta das 11h, os manifestantes saíram em passeata, tomando as ruas da região central da cidade.

Com muita animação, os manifestantes empunhavam bandeiras e faixas, com frases de protesto. Um grupo homenageou o exército de Brancaleone do Pinheirinho, empunhando escudos improvisados.

Por onde passava, a passeata ia ganhando apoiadores, tanto de comerciantes, quanto da população que acenava do alto dos prédios.

O ato terminou por volta das 14h30, em frente ao prédio da Prefeitura de São José dos Campos.

Em todos os discursos, uma coisa em comum: palavras de apoio à luta do povo do Pinheirinho e críticas contra a tentativa da prefeitura de criminalizar o movimento.

“Para o prefeito, aglomeração de pobres é igual a aglomeração de bandidos. Aqui não tem bandido não. Aqui estão trabalhadores, a parcela mais explorada da sociedade”, disse o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos Luiz Carlos Prates, o Mancha, que foi muito aplaudido.

“É emocionante ver toda essa mobilização. E o que eu posso dizer a vocês é que nós vamos manter essa guerra em pé, até que os moradores do Pinheirinho tenham suas casas de volta”, disse o presidente nacional do PSTU, José Maria de Almeida.

O deputado federal Ivan Valente (PSOL) disse, durante o ato, que o governo federal tem o dever de desapropriar a área do Pinheirinho. “É isso que vamos exigir”, finalizou.

Fonte do texto ACIMA: http://solidariedadepinheirinho.blogspot.com/


A seguir...vejam as fotos ABAIXO feitas por esse Blogueiro que também participou dessa Manifestação.




















Fonte das fotos: http://brasilumpaisemconstrucao.blogspot.com/