sábado, 25 de setembro de 2010

O Brasil que eu não conheço


Por João Paulo da Silva

Estas eleições estão particularmente muito chatas. “Nunca antes na história desse país” a cara de um foi tão semelhante ao focinho do outro. Mesmo com nove candidatos disputando a Presidência da República, embora a grande imprensa não mostre todos, os que estão liderando as pesquisas não passam de trigêmeos da mesma política dos últimos vinte anos. Enquanto isso, os demais candidatos, principalmente os da esquerda, precisam se virar nos cinqüenta segundos que dispõem na TV para fazer a diferença. Isso porque entre o PT de Lula e Dilma e o PSDB de FHC e Serra, não há distinções quanto ao programa de governo. Eles mesmos admitem o fato ao defenderem um modelo econômico idêntico.

Pior do que isso talvez só Marina Silva, que sem constrangimento algum reivindica Lula e FHC ao mesmo tempo. Dessa forma, fica difícil acreditar em disputa. Em democracia, então, nem se fala. De todo modo, estou convencido de que o correto deveria ter sido a união de Dilma, Serra e Marina em torno de uma única candidatura. É claro que ainda assim não haveria qualquer mudança para o Brasil, até porque o projeto defendido pelos três já foi aplicado antes e não mudou o país. Mas pelo menos seria mais honesto politicamente.

Além das semelhanças siamesas entre Dilma e Serra, outro aspecto dessa campanha vem despertando minha inquietação. Os programas de TV do horário eleitoral estão apresentando um Brasil que eu não conheço. São hospitais, escolas, universidades, estradas, postos de saúde, remédios para todos, geração de empregos, distribuição de renda, salário digno, construção de moradias etc, etc, etc. Tudo funcionando na mais tranqüila e absoluta perfeição. Como assim?! Transformaram o Brasil num país escandinavo e ninguém me disse nada?! Quer dizer que o Haiti não é mais aqui? Agora é a Noruega que é aqui?! Onde estão as favelas e os 52 milhões de brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza? E as 40 mil crianças que morrem de fome todos os anos? E os mais de 8 milhões de desempregados? Para onde foi todo mundo? Para onde foram os mais de 14 milhões de analfabetos? E os baixos salários? O que fizeram com as filas e as macas nos corredores dos hospitais? E a falta de merenda nas escolas? Onde cargas d’água enfiaram a metade da população brasileira que vive sem tratamento de esgoto? Não há mais pobres nesse lugar? Nem miseráveis? Que país é esse?!

Instigado pelo instinto da investigação jornalística, decidi ir às ruas para ver de perto se o Brasil havia mesmo se transformado na Noruega. Mas nem foi preciso ir muito longe. Bastou dar uma volta no bairro e alguns telefonemas para retornar ao subdesenvolvimento e à tragédia social. Nas proximidades de onde moro, a realidade não havia mudado. As escolas caindo aos pedaços, os postos de saúde sem médicos, o esgoto a céu aberto. Estava tudo lá, do jeito que os brasileiros conhecem. Até o Google Earth eu usei para confirmar se as favelas ainda estavam no mesmo lugar. É claro que estavam. Só senti falta mesmo das condições dignas de vida, que continuam tão distantes quanto a Noruega. Pelo telefone, fontes seguras me informaram que a situação permanecia a mesma em todas as regiões do país. Mamãe, por exemplo, que mora em Maceió, me ligou pedindo dinheiro, já que o salário sempre acaba antes do fim do mês.

O Brasil mostrado nos programas de TV de Dilma e Serra não existe. Aquilo só pode ser Hollywood. Eu não ficaria surpreso se depois das eleições descobrissem que todas as cenas foram gravadas em estúdios da Warner Brothers e que os marqueteiros do PT e do PSDB foram assessorados pelo James Cameron. Efeitos especiais não faltam.

Fonte: http://ascronicasdojoao.blogspot.com/

Globo Rural visita Adustina-BA: Feijão perde espaço para o milho na Bahia

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A colheita de feijão em Adustina, na BA, está quase terminando. A safra deve ser maior do que a de 2009. Mesmo assim, os agricultores não estão contentes e estão migrando para as lavouras de milho.

domingo, 19 de setembro de 2010

Suicídio: conhecer para prevenir

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Sim, as cenas que você vê nesse vídeo são de pessoas reais, cometendo suicídios reais. Tais cenas fazem parte do documentário "A ponte" filmado na Golden Gate, EUA. As imagens são desagradáveis, chocantes...é assim que o suicídio é. O suicídio é um fenômeno complexo que tem atraído a atenção de filósofos, teólogos, médicos,sociólogos e artistas através dos séculos; de acordo com o filósofo francês Albert Camus, em O Mito de Sísifo, esta é a única questão filosófica séria.

O suicídio é uma das 10 maiores causas de morte em todos os países, e uma das três maiores causas de morte na faixa etária de 15 a 35 anos. Em média, um único suicídio afeta pelo menos outras seis pessoas. Se um suicídio ocorre em uma escola ou em algum local de trabalho, tem impacto em centenas de pessoas.

SUICÍDIO E TRANSTORNOS MENTAIS

A pesquisa na área tem sugerido que entre 40 e 60% das pessoas que cometeram o suicídio consultaram um médico no mês anterior ao suicídio; destes, a maioria foi a um clínico geral, e não a um psiquiatra.
Os estudos, tanto nos países desenvolvidos quanto nos países subdesenvolvidos, revelam uma prevalência total de transtornos mentais de 80 a 100% em casos de suicídios com êxito letal. Um achado comum naqueles que cometem o suicídio é a presença de transtornos comórbidos. Os transtornos que comumente apresentam-se em conjunto são alcoolismo e transtornos do humor (p. ex., depressão) e transtornos de personalidade juntamente com outros transtornos psiquiátricos.

Transtornos do humor

Todos os tipos de transtornos do humor têm sido associados com suicídio. Estes incluem transtorno afetivo bipolar, episódios depressivos, transtorno depressivo recorrente e transtornos do humor persistentes (p.ex., ciclotimia e distimia).
Características clínicas específicas associadas com aumento do risco de suicídio na depressão são:

Insônia persistente.
Negligência com os cuidados pessoais.
Doença grave (particularmente depressão psicótica).
Déficit de memória.
Agitação.
Ataques de pânico.

Os seguintes fatores de risco aumentam o risco de suicídio em pessoas com depressão:

Idade menor que 25 em homens.
Fases precoces da doença.
Abuso de álcool.
Fase depressiva de um transtorno bipolar.
Estado misto (maníaco-depressivo).
Mania psicótica.

Avanços recentes no tratamento da depressão são muito relevantes para a prevenção do suicídio em nível de atenção básica à saúde. Dados epidemiológicos sugerem que os antidepressivos reduzem o risco de suicídio entre os deprimidos. A dose terapêutica plena da medicação deve ser mantida por vários meses. No idoso, pode ser necessário continuar o tratamento por 2 anos depois da recuperação. Verificou-se que os pacientes em uso regular de lítio em terapia de manutenção tem um risco de suicídio diminuído.

COMO IDENTIFICAR PACIENTES EM ALTO RISCO DE COMPORTAMENTO SUICIDA

Transtornos psiquiátricos (geralmente depressão, alcoolismo e transtornos de personalidade).
Doença física (doenças terminais, dolorosas ou debilitantes, AIDS).
Tentativas anteriores de suicídio.
História familiar de suicídio, alcoolismo e/ou outros transtornos psiquiátricos.
Estado marital solteiro, viúvo ou separado.
Viver sozinho (isolamento social).
Desemprego ou aposentadoria.
Luto na infância.

Se o paciente encontra-se sob tratamento psiquiátrico, o risco é maior naqueles que:

Tiveram alta recentemente do hospital.
Tem história de tentativas anteriores.

Além disso, fatores de vida estressores recentes que foram associados com um risco aumentado para suicídio incluem:

Separação marital.
Luto.
Problemas familiares.
Alterações no status ocupacional ou financeiro.
Rejeição de uma pessoa significativa.
Vergonha e medo de ser culpado de algo.

PRECAUÇÕES

· Melhora falsa ou enganosa: Quando um paciente agitado de repente fica calmo, ele pode ter tomado a decisão de comter suicídio, daí a calma após a decisão.
· Negação: Pacientes que tem intenções muito sérias de suicidar-se podem deliberadamente negar a ideação suicida.

Fonte: http://sanidadeinsana.blogspot.com/

sábado, 18 de setembro de 2010

Bahia vira em Campinas, derrota Ponte e assume ponta da Série B


O Bahia aproveitou a superioridade numérica neste sábado e derrotou a Ponte Preta de virada por 2 a 1. A equipe de Campinas perdeu o zagueiro Naldo aos 26min do primeiro tempo, e teve dificuldades para segurar o adversário mesmo atuando no Moisés Lucarelli. O resultado deixa os nordestinos na liderança da Série B, com 40 pontos.Já o time do técnico Jorginho permanece na quinta colocação.

O grande nome da partida foi o lateral direito Jancarlos, autor do segundo gol e criador de boas oportunidades ofensivas para o Bahia. Pela ala esquerda, Ávine também aparece bem, fazendo o primeiro tento dos visitantes.

O time de Salvador contou com o atacante Jael, que é especulado no Grêmio, entre os titulares. Aos 3min, o centroavante arriscou finalização de fora da área em cobrança de falta, mas o chute foi fácil para o goleiro Eduardo Martini. A Ponte teve chance em bola parada no minuto seguinte, mas a cobrança de Bruno Collaço foi por cima do gol. O jogo estava movimentado, com muitos erros de passe, e o gol foi questão de tempo.

Aos 7min, Guilherme fez boa jogada pela direita, cruzou na área e Reis completou para o fundo das redes do Bahia. Após sofrer o gol, a equipe nordestina buscou sair de seu campo de defesa, trocando passes no ataque. A situação da Ponte se complicou aos 26min, quando Naldo fez falta dura em Ananias e recebeu seu segundo cartão amarelo.

Jancarlos ficou perto e empatar a partida em cobrança de falta na sequência, mas Leandro Silva desviou de cabeça para escanteio. Com um a menos, a Ponte teve excelente chance de ampliar o placar os 28min. Bruno Collaço fez excelente lançamento para Reis que, em frente ao goleiro, finalizou à esquerda do gol do Bahia.

A equipe de Campinas povoou o meio de campo, sem dar espaço na sua defesa. O time nordestino apostava na bola aérea para vencer a marcação anfitriã. Aos 39min, Jancarlos cruzou na área e Adriano arriscou bicicleta por cima do gol após corte parcial de Leandro Silva. No segundo tempo, o Bahia ficou perto do empate em cobrança de falta de Jancarlos, que passou pela área da Ponte aos 2min. Sete minutos depois, o gol visitante finalmente saiu. Ávine chutou de fora da área e venceu Eduardo Martini com uma bonita finalização. A vantagem numérica permitiu a entrada do meia Morais, no lugar do volante Bruno Octávio.

Após o empate, a equipe tricolor seguiu pressionando, e deu trabalho à Ponte. Aos 15min, Jael aproveitou erro de Leandro Silva e finalizou perigosamente. O atacante teve outra boa oportunidade quatro minutos depois. Adriano invadiu a área pela esquerda e tocou para Jael que, livre, chutou por cima do gol.

Aos 25min, foi a vez de Morais fazer boa jogada e tocar para Jael. O atacante, porém, foi desarmando antes de finalizar. O gol da virada finalmente saiu aos 32min. Jancarlos cobrou falta da entrada da área e enganou o goleiro Eduardo Martini, que esperava bola alçada na área.

Com o segundo gol, o Bahia passou a jogar com mais calma, tocando bola no meio de campo. A Ponte buscou jogadas ofensivas para tentar o empate, mas a marcação do Bahia conseguiu segurar a vantagem. A última oportunidade do time de Campinas saiu aos 48min, em cobrança de falta de Leandro Silva, que Fernando defendeu.

Fonte: http://esportes.terra.com.br

Militância: Dilma e a luta pela democracia


Dilma tinha apenas 14 anos quando o pai morreu. Já havia lido “Germinal”, romance de Emile Zola sobre as sub-humanas condições de vida dos trabalhadores das minas de carvão francesas. Lera também “Humilhados e Ofendidos”, de Dostoiévski, entre os muitos clássicos humanistas que Pedro Rousseff lhe apresentara. O pai ensinara a filha a amar os livros e as pessoas. Agora, ela teria que seguir o aprendizado ao lado dos irmãos, Igor e Zana, e da mãe, dona Dilma, que lutaria com unhas e dentes para manter a família no rumo traçado pelo marido.

Dilma vai fazer o ensino médio no Colégio Estadual Central e, em seguida, a faculdade de economia na Universidade Federal de Minas Gerais, centros de efervescência cultural e política de Belo Horizonte às vésperas do golpe militar de 64. A barra mais pesada viria em 68, quando o AI-5 baixado pelos militares mergulhou o Brasil ainda mais fundo nos porões da repressão.

A adolescência e a juventude são temperadas com literatura, cineclube e discussões políticas nos bares onde o petisco preferido dos rapazes e moças sem dinheiro no bolso é farinha com molho inglês a palito. Dilma e sua geração entram de cabeça na militância política. Com 16 anos ela já está na Polop. Depois na Colina e finalmente na VAR-Palmares -- todas organizações clandestinas, num tempo em que tudo era proibido e que você podia ser preso apenas por escrever num muro a palavra “Liberdade”.

Os trabalhadores eram proibidos de reivindicar melhores condições de trabalho, os estudantes não podiam se organizar, o teatro, o cinema, a literatura e as artes em geral estavam sob forte censura, não existia liberdade de imprensa.

Dilma vê amigos presos, torturados, exilados e assassinados pela repressão. Casa-se com o companheiro de militância Claudio Galeno. Os dois caem na clandestinidade e, para fugir ao cerco da repressão, dividem-se entre diferentes cidades, até que a distância acaba separando o jovem casal.

Pouco depois, ela se apaixona pelo advogado e militante gaúcho Carlos Araújo. Em 1970, é presa e torturada nos porões da Oban e do Dops, em São Paulo. Como jamais participou de qualquer ação armada, a Justiça Militar a condena apenas por “subversão”, com pena de dois anos e um mês de prisão. Seu “crime” foi o mesmo de tantos jovens daqueles anos rebeldes: querer mudar o mundo.

Fonte: http://www.dilma13.com.br

Biografia de Dilma Rousseff

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Fonte: http://www.dilma13.com.br

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Socialismo/Comunismo: é a única solução !!!


Essa frase me incomoda muito !!
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"Eu não posso almoçar em paz, enquanto a Humanidade faminta me observa"
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Opinião deste Blog.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Carta de demissão: Erenice sai para enfrentar o PiG


A Ministra Erenice Guerra assinou a seguinte carta de demissão:
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Excelentíssimo Senhor
Luiz Inácio Lula da Silva
DD Presidente da República
Nesta

Senhor Presidente,

Nos últimos dias fui surpreendida por uma série de matérias veiculadas por alguns órgãos da imprensa contendo acusações que envolvem funcionários e familiares meus.

Tenho respondido uma a uma, buscando esclarecer o que se publica e, principalmente, a verdade dos fatos, defrontando-me com toda sorte de afirmações, ilações ou mentiras que visam desacreditar meu trabalho e atingir o governo ao qual sirvo.

Não posso, não devo e nem quero furtar-me à tarefa de esclarecer todas essas acusações e nem posso deixar qualquer dúvida pairando acerca de minha honradez e da seriedade com a qual me porto no serviço público. Nada fiz ou permiti que se fizesse, ao longo de toda essa trajetória de trinta anos, que não tenha sido no estrito cumprimento de meus deveres.

Agradeço a confiança de Vossa Excelência ao designar-me para a honrosa função de Ministra-Chefe da Casa Civil da Presidência da República, e solicito em caráter irrevogável que aceite meu pedido de demissão.

Cabe-me, daqui por diante, a missão de lutar para que a verdade dos fatos seja restabelecida.

Brasília (DF), 15 de setembro de 2010.

ERENICE GUERRA


Fonte: http://www.conversaafiada.com.br/

SOBERANO: seis vezes São Paulo - Nesta sexta-feira (17/09/2010), nos cinemas

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domingo, 12 de setembro de 2010

Até agente da ditadura serve à Folha contra Dilma


Depois a ombudswoman da Folha fica se queixando quando acontece uma reação indignada na internet contra o papelão a que o jornal está se prestando.

Está mandando gente para tudo o que é canto para tentar levantar informações que possa usar para explorar contra Dilma. Depois de mandar um enviado à Bulgária para ver se achava umas histórias escabrosas do pai da candidata, antes que este viesse para o Brasil nos anos 30(!!!), agora mandou um repórter a Porto Alegre para entrevistar um agente da ditadura, um espião da chamada “comunidade de informações” que diz ter sido encarregado de vigiar Dilma Rousseff.

Sim, acredite, o jornalzinho vai ouvir um ex-coronel da Brigada Militar, expulso da corporação por roubo de tijolos, é a fonte em que ele se ampara para tentar fazer uma contrapropaganda de Dilma.

Este cidadão, que não tem um pingo de autoridade moral e desonra a Brigada Militar – a força que resistiu à tentativa de golpe em 61 – ganha o direito de dar palpites sobre a personalidade de sua “espionada”:

“O ex-coronel relembra a Dilma que vigiou: cabelos armados, óculos de lente grossa, com personalidade forte para intervir em discussões entre esquerdistas e fazer valer sua opinião.”Pessoas desse tipo são duras, amargas. Ela é uma mulher amarga. Não é aquilo que está aparecendo na televisão. É lobo em pele de cordeiro”. “Lula vai se enganar com ela”, pontifica o espiãozinho.

Desde quando espião, araponga, agente da repressão tem o direito de ver um jornal sair publicando suas “análises” psicológicas? Ao que eu saiba, as únicas técnicas de “psicologia” usadas pelos agentes da repressão eram bordoadas, choques elétricos, chicotadas, sufocamento e outras barbaridades, que os colegas deste tal Sílvio Carriço Ribeiro, que a Folha de S. Paulo elevou à condição de “formador de opinião” sobre Dilma.

Que vergonha para a imprensa brasileira, que nojo para os democratas deste país!

Fonte: >>>>http://www.tijolaco.com/26022

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Ex- menina de rua em SP estuda medicina em Cuba

Depoimento:(carta) de >>>>>>Gisele Antunes

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Só mais uma brasileira

Saí de casa com 9 anos de idade porque minha mãe espancava eu e meu irmão. Não tínhamos comida, o básico para sobreviver. Meu pai nunca foi presente. É um alcoólatra que só vi duas vezes na vida. Minha mãe é uma mulher honesta, mas que não conseguia educar seus filhos. Já foi constatado que ela tem problemas mentais.

Ela trabalhava como cigana na Praça da República. Quando eu fugi de casa segui esse caminho, e encontrei uma grande quantidade de meninos e meninas de rua. Apresentei-me a um deles, este me ensinou como chegar em um albergue para jovens, e a partir desse momento passei a ser menina de rua. Só comparecia nessa instituição para comer, tomar banho e ter um pouco de infância (brincar). No meu quinto dia na rua, comecei a cheirar cola e depois maconha.

Alguns educadores preocupados com a minha situação tentavam me orientar, mas de nada valia. Foi quando me apresentaram a uma religiosa, a irmã Ana Maria, que me encaminhou para um abrigo, o Sol e Vida. Passei uns três anos lá e deixei de usar dogras. Esta instituição não era financiada pelo governo. Quando foi fechada, me encaminharam a outros abrigos da prefeitura, entre eles o Instituto Dom Bosco, do Bom Retiro. E assim foi, até os 17 anos.

Para alguém que usa droga, não era fácil seguir regras. Foi por muita persistência e um ótimo trabalho de vários educadores que eu consegui deixar a drogas, sair da desnutrição e recuperar a saúde após anemia grave.

Na infância, era rebelde, não queria aceitar a minha situação. Apenas queria ter uma família. Mas havia algo que eu valorizava _ a escola e os cursos que eu fazia na adolescência. Aos 14 anos de idade, comecei a jogar futebol, tive a minha primeira remuneração. Aos 16 anos, entrei em uma empresa, a Ericsson, que capacitava jovens dos abrigos para o mercado de trabalho. Essa empresa financiou meu curso de auxiliar de enfermagem e o inicio do técnico. O último não foi possível concluir.

Explico: existe uma lei nas instituições públicas segunda a qual o jovem a partir dos 17 anos e 11 meses não é mais sustentado pelo governo, tem que se manter sozinho. Como eu não tinha contato com a minha família, quando se aproximou a data de completar essa idade, entrei em desespero.

A sorte foi que a entidade, o Instituto Dom Bosco Bom Retiro, criou um projeto denominado Aquece Horizonte. Este projeto é uma república para jovens que, ao sair do abrigo, podem ficar lá até os 21 anos. Os coordenadores e patrocinadores acompanham o desenvolvimento do jovem neste período de amadurecimento.

As regras mais básicas da república são: trabalhar, estudar e querer vencer na vida. No segundo ano de república, eu desejava entrar na universidade, mas sabia que não tinha condições de pagar a faculdade de enfermagem ou conseguir passar na universidade pública.

Optei então por fazer a faculdade de pedagogia. É uma área que me encanta, e a única que podia pagar. No primeiro semestre da faculdade de pedagogia, um educador do abrigo, o Ivandro, me chamou pra uma conversa e me informou sobre um processo seletivo para estudar medicina em Cuba. Fiquei contente e aceitei participar da seleção.

Passei pelo processo seletivo no consulado cubano e estou desde 2007 em Cuba. Dou inicio ao terceiro ano de medicina no dia 06 de setembro de 2010. São 7 anos no país, sendo 6 de medicina e um de pré-médico.

Ir a Cuba foi minha maior conquista. Além de aprender sobre a medicina, aprendo sobre a vida, a importância dos valores. Antes de ir, sempre lia reportagens negativas sobre o país, mas quando cheguei lá, não foi isso que vi. Em Cuba, todos têm direito a educação, saúde, cultura, lazer e o básico pra sobreviver.

Li em muitas revistas que o Fidel Castro é um ditador, e descobri em Cuba, que ele é amado e idolatrado pelos cubanos. Escrevem que Cuba é o país da miséria. Mas de que tipo de miséria eles falam? Interpreto como miséria o que passei na infância. Em casa, não tinha água encanada, luz, comida.

Recordo que tinha dias em que eu, meu irmão e minha mãe não conseguíamos nos levantar da cama devido a fraqueza por falta de alimento. Tomávamos água doce pra esquecer a fome. Então, quando abro uma revista publicada no Brasil e nela está escrito que Cuba é um país miserável, eu me pergunto: se em Cuba, onde todos têm os direitos a saúde, educação, moradia, lazer e alimento, como podemos denominar o Brasil?

Temos um país com riqueza imensa, que conquistou o 8º lugar no ranking dos países mais ricos, mas sua riqueza se concentra nas mãos de poucos, com uns 60 % da população vivendo em uma miséria verdadeira, pior que a miséria da minha infância.

Cuba sofre um embargo econômico imposto pelos Estados Unidos por ser um país socialista e é criticado por outros governos. No entanto, consegue dar bolsa para mais de 15 mil estrangeiros de vários países, se destaca na área da saúde (gratuita), educação (colegial, médio, técnico e superior gratuito para todos) e esporte (2º lugar no quadro de medalhas, na historia dos Jogos Panamericanos), é livre de analfabetismo.

A cada mil nascidos vivos morrem menos de 4. Vivenciando tudo isso, eu queria também que o Brasil fosse miserável como Cuba, como é escrito em varias revistas. Acho que o brasileiro estaria melhor e não seria tão comum encontrar tantos jovens sem educação, matando, roubando e se drogando nas ruas.

Vou passar mais quatro anos em Cuba e não quero deixar o curso por nada. Desejo concluir a faculdade e ajudar esse povo carente que sonha com melhoras na área da saúde, quero ajudar outros jovens a realizar os seus sonhos , como me ajudaram. Também pretendo apoiar meu irmão, que deseja estudar direito.

Tenho meu irmão como exemplo de superação. Saiu de casa com 13 anos de idade, mas não foi para uma instituição governamental. Morou em um cômodo que seu patrão lhe ofereceu. Enquanto eu estudava e fazia cursos, ele estava trabalhando para ter o pão de cada dia. Hoje, ele é um homem com 25 anos de idade, casado e tem uma filha linda, e mesmo assim encontra tempo pra me apoiar e me dar conselhos.

Foi muito bom visitar o Brasil. Depois de longos 13 anos tive um tipo de comunicação com a minha mãe. Isso pra mim é uma vitoria. Quero estar próxima dela quando voltar.

Conto um pouco da minha história, mas sei que muitos brasileiros ultrapassaram barreiras piores, até realizarem seus sonhos. Peço ao povo brasileiro que continue lutando. É período de eleições, peço também que todos votem com consciência, escolha a pessoa adequada pra administrar o nosso país tão injusto.

Gisele Antunes Rodrigues

"Ser culto é o único modo de ser livre" (José Martí)

Fonte:http://wwwcarbonario.blogspot.com/

Rogério Ceni: 20 anos defendendo o São Paulo F. C.


ENTREVISTA DE ROGÉRIO CENI AO LANCENET
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LANCENET!: Você completará 20 anos de clube. O que lembra de 7 de setembro de 1990?
Rogério Ceni:Após perder dois treinos, um por cancelamento e outro porque me perdi na cidade, em 7 de setembro fui fazer testes, mas não imaginava que iria entrar. Era coletivo do profissional, e eu chegando para teste. Zetti em um gol e Gilmar no outro. Eu e Marcos Bonequini fora.

LNET!: Qual o maior impacto que sentiu ao chegar em São Paulo?
RC:Foi quando passei ao lado do estádio. Não acreditava que existia um desse tamanho. O Morumbi era imenso, uma coisa que eu dizia: “Nossa Senhora”. Aquilo era impressionante. Hoje, para mim, passo lá todo dia e parece que diminuiu, ficou de um tamanho normal (risos). Ou nós que crescemos.

LNET!: Quando deixou Sinop, pensava que faria história pelo Sampa?
RC: Em princípio, meu teste seria no Bragantino. Depois, no Santos. Antes de viajar, o diretor do Sinop conseguiu falar com José Acras, conselheiro do São Paulo, e me conseguiu um teste. Antes de sair, deram o telefone de José Acras. Chegamos, ligamos e marcamos o teste.

LNET!: Onde você morou no começo?
RC: No Morumbi, de 1990 a maio de 1994. Eles me pressionaram para desocupar o quarto para os juniores, estava no profissional há dois anos. Não queria mudar porque a Sandra (esposa) morava no Morumbi (bairro), ficava longe e Telê Santana exigia que às 23h, 23h30, tinha de estar no CT. Era ruim atravessar a cidade após o treino, cansado. Juntei dinheiro e mudei.

LNET!: No Morumbi, quem foram seus companheiros de quarto?
RC: Tive mais de um, porque fiquei três anos e pouco. Eram 12 quartos, mais ou menos, para dois. Pérsio foi quem mais tempo ficou comigo, mas nem subiu para o profissional. Hoje, sei que está no interior.

LNET!: Como era Telê Santana?
RC: Tinha dias em que ele começava a contar histórias, era mais extrovertido. Normalmente, quando você estava mais sozinho. Quando era um grupo maior, era reservado. No treino era sério, cobrava, mas gostava de mim. Falava: “Vocês têm de bater na bola igual a esse menino.” Ele gostava que deitasse o corpo. Os caras chutavam de qualquer jeito, e ele dizia: “Mostra como é que é.” Eu ficava sem jeito, porque mandava mostrar. Não nas que cobrava, mas quando estava no gol. Ele falava: “Olha como chega rápido na bola.”

LNET!: Como conquistou a vaga no banco no Mundial de 1993?
RC: Em 1993, Marcos Bonequini queria jogar, mas o Zetti estava superbem, não tinha como. Então, ele foi para o Novorizontino. Porque o São Paulo contratou Gilberto e ele seria terceiro goleiro. Mas Gilberto não foi bem e fiquei como segundo. Marcos voltou e Jair (então treinador de goleiros) queria que ele viajasse. Mas Telê disse que não, que queria que fosse eu. Dali em diante, nunca mais saí. Ou jogava quando Zetti ia para a Seleção, ou ficava no banco.

LNET!: Quase foi para o Goiás em 96...
RC: Já estava há quatro anos na reserva e meu contrato acabava em dezembro. Eles me ligaram para saber se queria jogar o Brasileirão. E foi um ano em que o Goiás fez um grande time. Pagariam três vezes mais do que ganhava. Falei com (o ex-presidente) Fernando Casal de Rey, expliquei que não queria ficar enchendo o saco para jogar. Ele disse que Zetti estava com 31 anos, tinha 70 e tantos por cento do passe, e que achava que era o último ano dele, pois iam dar o passe de presente por serviços prestados. Renovamos por dois anos, me aumentaram um pouco o salário e apostei. De fato, em dezembro, deram o passe, Zetti foi para o Santos e virei titular.

LNET!: Em 2001, após ser afastado, você cogitou defender o Cruzeiro?
RC: Aquela vez, por causa da briga, estava tudo praticamente certo. André iria para o São Paulo na troca, eles dariam um dinheiro, só que os clubes tinham bom relacionamento, o presidente (Paulo Amaral) disse para não negociar e eles voltaram atrás. Não era meu desejo sair, na verdade queria ficar, mas ficou uma situação desagradável. Na época foi algo terrível para mim.

LNET!: Agora, seu contrato vai até o fim de 2012. Pensa em estendê-lo?
RC: Acho que é possível, mas não consigo vislumbrar isso hoje. Quando chegar mais próximo do fim, daí, sim, vou conseguir responder se será encerrado o contrato em 2012 ou se vamos continuar. Não consigo ter isso fixo na minha cabeça.

LNET!: Se parar, o que vai fazer?
RC: Ainda não sei, no nosso país não dá para pensar dois anos para a frente. Acredito que algo ligado ao esporte, à minha profissão, pela experiência que adquiri nesses 20 anos e mais os que virão até o término do contrato. Algo ligado a isso.

LNET!: Qual foi o dia mais especial?
RC: Muitos. O dia em que fui aprovado, quando subi definitivamente para o profissional, infelizmente, foi com a morte do Alexandre, mas foi um dia especial. Mas tem o primeiro título paulista, em 1998, o gol na final em 2000, o Mundial e a Libertadores que nós ganhamos em 2005, o tricampeonato brasileiro. Cada dia conta-se uma história. Meu primeiro jogo como titular no profissional, a estreia na Espanha. Falar um é difícil, mas o principal talvez seja 8 de setembro de 1990, quando soube que passei no teste. Foi o mais feliz e deu continuidade para que todos acontecessem.

LNET!: Após 20 anos, o que representa o Tricolor para Rogério Ceni?
RC: Tenho como a extensão da minha vida. É, no mínimo, 50% do que a vida significa para mim. Não é indiferente ganhar e perder só pelo resultado, é pela instituição. Defendo como se fosse meu. Jogo, vejo o dia a dia, as mudanças, e sinto como se fosse a minha empresa. Não é, lógico que não, mas me apego de uma maneira que vejo as coisas como um torcedor, um atleta ou na posição do dirigente. Muitas vezes o cara é cobrado, mas fez o correto, só não deu certo. Em outras, você vê que o atleta podia se dedicar mais. Assim como vê que o torcedor podia estar mais presente. Vejo todos os modos como isso funciona.

LNET!: O seu interesse pelo clube é diferente de qualquer outro...
RC: Tenho um interesse muito grande, e não é interesse político. Não quero o lugar de ninguém fora das quatro linhas. Quando acabar, vou continuar tendo sempre admiração e carinho enorme pelo clube, porque minha história está aqui. Até hoje, com 37 anos, tento entrar no CT todo dia e fazer o meu melhor, me dedicar ao máximo. Cuido como se fosse meu. Vejo coisas às vezes acontecerem, desde não apagar a luz até a comida que é jogada fora, que cuido como se fosse meu. Porque é um costume, é mania, é como se fosse minha casa. É a minha casa. Passo muitos dias do ano aqui, não é o lado do torcedor apaixonado, mas de dar valor àquilo que você tem e oferece conforto para você.

LNET!: Como vê o São Paulo hoje?
RC: É um momento bem mais difícil do que nos últimos anos. Chegamos a uma semifinal de Libertadores e não conseguimos a vaga do Mundial e nem a conquista. Isso causa um abalo psicológico momentâneo, que faz com que você não atinja seus objetivos, não tenha força e concentração para os resultados no Brasileiro. É um ano diferente, estamos longe dos líderes, com pouca possibilidade de alcançá-los. Temos de fazer tudo para sair dessa situação incômoda, subir ao máximo, e o objetivo tem de ser viver o próximo jogo. Para que, neste campeonato, possamos vislumbrar a vaga na Libertadores. Assim, em 2011, vamos poder buscar o que perdemos em 2010.

LNET!: Por que, chorando, você lamentou a eliminação na Liberta?
RC: Eu achava que era muito possível chegar e, pela posição no Brasileiro, poderia ser a última chance de ser campeão do mundo. Ainda tenho na cabeça buscar outra Libertadores e, depois, disputar o Mundial. Este ano não foi possível e, no Brasileiro, não estamos em uma posição que possamos dizer que vamos jogar a Libertadores do ano que vem. Então, fiquei triste. Gostaria de ter, foi a mais próxima dos últimos anos depois da de 2006 (perdeu a final para o Internacional), era vencer a semifinal e estaríamos no Mundial. É uma série de coisas que passam, você lembra das dificuldades, então foi muito triste. Todos deram a vida naquele jogo, mas não foi ali que perdemos, mas no Beira-Rio. Apesar do resultado aceitável, não conseguimos fazer o que precisava. Chegamos próximos, então, quando isso acontece, a alegria de chegar, como foi a do Internacional, é grande, mas a tristeza também é muito mais profunda para quem é derrotado.

Fonte:http://msn.lancenet.com.br

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Lutamos e conquistamos: PL 30 horas é sancionado pelo presidente Lula nessa quinta-feira (26/08/2010)

Conjunto CFESS-CRESS e categoria comemoram esta grande vitória da classe trabalhadora




Um dia para ficar na história do Serviço Social brasileiro e para a luta de trabalhadores/as de todo o país. O Presidente Lula sancionou, nesta quinta-feira, 26 de agosto de 2010, o PLC 152/2008, de autoria do deputado federal Mauro Nazif (RO), que define a jornada máxima de trabalho de assistentes sociais em 30 horas semanais sem redução de salário.

A assinatura do projeto pelo Presidente aconteceu no Palácio Itamaraty, exatamente 15 dias úteis após a entrada do PLC 152/2008 na Casa Civil (06/08). A presidente do CFESS, Ivanete Boschetti, recebeu a notícia no final desta manhã, em primeira mão, pela Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Márcia Lopes, que se empenhou diretamente pela aprovação do PL 30 horas. Em seguida, recebeu também, por telefone, a informação do chefe de gabinete adjunto de Gestão e Atendimento da Presidência da República, Swendenberger Barbosa, que a sanção será publicada no Diário Oficial da União de sexta, 27/08.

"É de se emocionar. O Conjunto CFESS-CRESS e a categoria têm muito que comemorar. O PL 30 horas contribuirá para a melhoria das condições de trabalho de assistentes sociais e sua aprovação deve ser vista na perspectiva da luta pelo direito ao trabalho com qualidade para toda a classe trabalhadora, conforme estabelece nosso Código de Ética Profissional do/a Assistente Social", afirmaram os/as conselheiros/as da Gestão Atitude Crítica Para Avançar na Luta, do CFESS.

"Nossa luta se pauta pela defesa de concurso público, por salários compatíveis com a jornada de trabalho, funções e qualificação profissional, estabelecimento de planos de cargos, carreiras e remuneração em todos os espaços socioocupacionais, estabilidade no emprego e todos os requisitos inerentes ao trabalho, entendido como direito da classe trabalhadora", completou a diretoria do CFESS.

Com a sanção do PLC 152/2008, o Serviço Social passa a ser mais uma categoria que conquistou legalmente a redução da jornada de trabalho. Seis profissões da área da saúde já possuem carga horária semanal igual ou inferior a 30 horas semanais e outras sete possuem Projetos de Lei em tramitação no Congresso Nacional para redução da jornada de trabalho.

Por isso, a aprovação da redução de jornada de trabalho reforça uma luta que é de toda a classe trabalhadora, por melhores condições de trabalho.

O Conjunto CFESS-CRESS já pensa em estratégias para a implementação da lei. "A aprovação da lei é uma vitória e abre caminho para uma nova luta, que é a de fazer valer as 30 horas para assistentes sociais sem redução de salário nas instituições empregadoras", destacou a presidente do CFESS, Ivanete Boschetti.

Leia mais no endereço:>>>>> http://www.cfess.org.br

Cadê a Assistência Social que lutamos?


A maioria da população atendida pela assistência social não tem consciência de sua situação e desse “espaço de reconhecimento de direitos”, mas apenas vêem a assistência como uma “ajuda”, um “favor” prestado pelo governo.

Ouvir de um usuário falas como “Lula foi muito bom! Se não fosse ele, a gente não tinha esse dinheirinho.” (referindo-se ao Programa Bolsa Família) só explicita a idéia que a população tem da assistência social e dos Programas relacionados a ela.

Yazbek (2007, p. 50 - 51) explica essa relação da assistência com ajuda ao afirmar que “as ações públicas de enfrentamento da pobreza na sociedade brasileira têm sido acompanhadas por algumas distorções, que lhes conferem um perfil limitado e ambíguo”.

Distorções que, segundo ela, tratam-se:

a) do fato de essas ações apoiarem-se, por vezes, na matriz do favor, do clientelismo, o que “produz uma ‘cidadania invertida’ e relações de dependência”;

b) do vínculo histórico entre assistência e filantropia, onde a assistência foi construída em bases institucionais inspiradas nas redes filantrópicas, de onde resulta uma identificação com o “assistencialismo paternalista e fundado em razões de benemerência”;

c) e de seu caráter burocrático e inoperante, assim determinado pelo “lugar em que ocupa o social na política pública e pela escassez de recursos para a área”.

Quanto à existência dessa “cidadania invertida e relações de dependência”, precisamos aqui conceituar o que é cidadania.

Demo (1997) explicita a cidadania, dentro de um contexto de combate à pobreza no capitalismo, “como competência humana para constituir-se em sujeito histórico capaz de manejar seu próprio projeto de combate à pobreza”.

E para que o cidadão se torne de fato esse sujeito histórico almejado, Demo destaca ainda a importância da educação, por esta ser a política que mais se aproxima da “constituição do sujeito histórico humanamente crítico e competente”.

É inviável que se combata a pobreza sem o pobre, pois dessa forma, ele deixa de ser sujeito e passa a ser objeto. É necessário promover uma participação mais decisiva da população no Estado.

No entanto, é muito mais importante do ponto de vista da população que haja um acesso concreto às políticas sociais de qualidade do que o questionamento das mesmas.

É em um contexto de “cidadania invertida” que se pode avaliar grande parte dos Programas Sociais do Governo Federal, dentre eles, o Programa Bolsa Família.

Para que o usuário consiga o benefício ele deve comprovar não ser capaz de prover o sustento da própria casa. Ou seja, deve provar que tem uma renda insuficiente e que não tem meios de alcançar melhora sem o “auxílio” do Programa.

Essa necessidade de se provar a condição de não-cidadão para se ter acesso a serviços públicos e programas está intrinsecamente ligada ao fato de que a assistência social tem sido o lugar de atendimento dos mais empobrecidos da população.

No entanto, o Programa Bolsa Família, embora de forma insuficiente, prescreve a necessidade de que a assistência social trabalhe ligada às demais políticas públicas.

Para isso, estipula em suas condicionalidades que, para que o beneficiário faça parte do Programa, é preciso que haja um acompanhamento das condições de saúde de toda a família e que as crianças da casa estejam devidamente matriculadas e freqüentando a escola.

Respeitando as condicionalidades do Programa Bolsa Família, mesmo que por “obrigação”, para não perder o benefício, o usuário da assistência social acaba por ir em busca de seus direitos, mesmo inconscientemente.

Com isso o Programa articula serviços e relações, trazendo em si uma relação de descentralização e intersetorialidade, o que, por si, implica uma mudança “na cultura e nos valores da rede de proteção social, das organizações gestoras das políticas sociais e das instâncias de participação” (Carvalho, 2005).

Essa atuação descentralizada e intersetorial da política de assistência não se dá somente no Programa Bolsa Família, mas é reflexo da integração entre Saúde, Previdência Social e Seguridade Social, conforme preconizado na LOAS – Lei Orgânica de Assistência Social.

Dessa forma, deve-se conseguir uma rede de proteção social muito mais universal e estratégica, no sentido de superar e prevenir a exclusão social nas suas diferentes formas e garantir a cidadania, conforme enunciam Martins e Paiva (2003).

Fonte: http://www.controlesocialdesarandi.com.br/

sábado, 21 de agosto de 2010

CFESS veda a realização de práticas terapeuticas aos Assistentes Sociais



RESOLUÇÃO CFESS Nº 569, de 25 de março de 2010

Ementa: Dispõe sobre a VEDAÇÃO da realização de terapias associadas ao título e/ou ao exercício profissional do assistente social.

O Conselho Federal de Serviço Social - CFESS, no uso de suas atribuições legais e regimentais que lhe são conferidas pela lei 8.662/93 artigo 8º, é o órgão competente para regulamentar o exercício profissional do assistente social;

Considerando os artigos 4º e 5º da Lei 8.662/93, que definem as competências e as atribuições privativas do assistente social;

Considerando ser competência de cada profissão regulamentada, respeitar os limites de sua atuação técnica, previstos na respectiva legislação, assegurado o princípio da interdisciplinaridade;

Considerando que a realização de terapias não possui relação com a formação profissional estabelecida nas diretrizes curriculares do curso de graduação em Serviço Social, aprovadas pela Resolução CNE/CES/MEC nº 15, de 13 de março de 2002, sendo incompatíveis com as competências e atribuições estabelecidas na Lei 8.662/93;

Considerando que a realização de terapias não constitui matéria, conteúdo, ou objeto do curso de graduação em Serviço Social, conforme estabelece a Resolução CNE/CES/MEC nº 15, de 13 de março de 2002, citada a seguir, ao definir as competências e habilidades do/a assistente social:

“A) GERAL A formação profissional deve viabilizar uma capacitação teórico-metodológica e ético-política, como requisito fundamental para o exercício de atividades técnico-operativas, com vistas à:

• compreensão do significado social da profissão e de seu desenvolvimento sócio-histórico, nos cenários internacional e nacional, desvelando as possibilidades de ação contidas na realidade;

• identificação das demandas presentes na sociedade, visando a formular respostas profissionais para o enfrentamento da questão social;

• utilização dos recursos da informática.

B) ESPECÍFICAS A formação profissional deverá desenvolver a capacidade de:

• elaborar, executar e avaliar planos, programas e projetos na área social;

• contribuir para viabilizar a participação dos usuários nas decisões institucionais;

• planejar, organizar e administrar benefícios e serviços sociais;

• realizar pesquisas que subsidiem formulação de políticas e ações profissionais;

• prestar assessoria e consultoria a órgãos da administração pública, empresas privadas e movimentos sociais em matéria relacionada às políticas sociais e à garantia dos direitos civis, políticos e sociais da coletividade;

• orientar a população na identificação de recursos para atendimento e defesa de seus direitos;

• realizar visitas, perícias técnicas, laudos, informações e pareceres sobre matéria de Serviço Social”.

Considerando que a realização de terapias não está sendo restringida, discriminada, limitada, cerceada pela presente Resolução, pois, qualquer cidadão poderá exercê-las desde que tenha formação para tal, conforme inciso XIII do artigo 5º da Constituição Federal, eis que não são privativas de profissão regulamentada por lei;

Considerando que o profissional assistente social, para exercer as atividades que lhes são privativas e as de sua competência, nos termos previstos pela Lei 8662/93, em qualquer campo ou área, está devidamente habilitado a partir de sua inscrição no Conselho Regional de Serviço Social;

Considerando que a presente Resolução está em conformidade com as normas e princípios do Direito Administrativo e com o interesse público, os quais exigem que os serviços prestados pelo assistente social ao usuário sejam efetivados com absoluta qualidade e competência teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa, nos limites de sua atribuição profissional;

Considerando a discussão e deliberação do XXXVII Encontro Nacional CFESS/CRESS, realizada nos dias 25 a 28 de setembro de 2008, em Brasília/DF, ratificada pelo XXXVIII Encontro Nacional CFESS/CRESS, realizado nos dias 06 a 09 de setembro de 2009, em Campo Grande/MS;

RESOLVE:
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Art. 1º. A realização de terapias não constitui atribuição e competência do assistente social.

Art. 2º. Para fins dessa Resolução consideram-se como terapias individuais, grupais e/ou comunitárias:

a. Intervenção profissional que visa a tratar problemas somáticos, psíquicos ou psicossomáticos, suas causas e seus sintomas;

b. Atividades profissionais e/ou clínicas com fins medicinais, curativos, psicológicos e/ou psicanalíticos que atuem sobre a psique.

Art. 3º. Fica vedado ao Assistente Social vincular ou associar ao título de assistente social e/ou ao exercício profissional as atividades definidas no artigo 2º desta Resolução;

Parágrafo primeiro – O Assistente Social, em seu trabalho profissional com indivíduos, grupos e/ou famílias, inclusive em equipe multidisciplinar ou interdisciplinar, deverá ater-se às suas habilidades, competências e atribuições privativas previstas na Lei 8662/93, que regulamenta a profissão de assistente social.

Parágrafo segundo – A presente Resolução assegura a atuação profissional com indivíduos, grupos, famílias e/ou comunidade, fundamentada nas competências e atribuições estabelecidas na Lei 8662/93, nos princípios do Código de Ética do Assistente Social e nos fundamentos históricos, teóricos e metodológicos do Serviço Social previstos na Resolução CNE/CES/MEC nº 15, de 13 de março de 2002, garantindo o pluralismo no exercício profissional.

Art. 4º. O não cumprimento dos termos da presente Resolução implicará, conforme o caso, na apuração das responsabilidades disciplinares e/ou éticas, nos termos do Código de Ética do Assistente Social, regulamentado pela Resolução CFESS nº 273/93, de 13 de março de 1993.

Parágrafo único – A apuração da responsabilidade disciplinar e/ou ética, de que trata o “caput” do presente artigo, dar-se-á por meio dos procedimentos previstos pelo Código Processual de Ética, regulamentado pela Resolução CFESS nº 428/2002.

Art. 5º. O Conselho Federal de Serviço Social e os Conselhos Regionais de Serviço Social deverão se incumbir de dar plena e total publicidade a presente norma, por todos os meios disponíveis, de forma que ela seja conhecida pelos assistentes sociais bem como pelas instituições, órgãos ou entidades no âmbito do Serviço Social;

Art. 6º. Os profissionais que se encontrem na situação mencionada nesta Resolução, terão o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data de sua publicação, para processarem as modificações e adequações que se fizerem necessárias ao seu integral cumprimento, sob pena de aplicação das medidas cabíveis.

Parágrafo único – A publicação da presente Resolução surtirá os efeitos legais da NOTIFICAÇÃO, previstos pela alínea “b” do artigo 22 do Código de Ética do Assistente Social.

Art. 7º. Os casos omissos serão resolvidos pelo Conselho Pleno do Conselho Federal de Serviço Social.

Art. 8º. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando integralmente as disposições em contrário.


Ivanete Salete Boschetti
Presidente do CFESS


Fonte: http://www.cfess.org.br

Charge .......... do Jornal do Brasil



Fonte: http://jbonline.terra.com.br

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Candidato ao Senado briga com apresentador de TV

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Terminou em pancadaria, em Rio Branco (AC), a gravação de uma entrevista entre o candidato ao Senado João Correia (PMDB) e o jornalista Demóstenes Nascimento, apresentador da TV 5, afiliada à Rede Bandeirantes.

A entrevista, que seria exibida na noite de terça-feira (10), foi interrompida quando o candidato e o jornalista passaram a trocar insultos, palavrões, socos e pontapés no estúdio da emissora.

Ambos registraram queixa na polícia, compareceram ao Instituto Médico Legal para exames de corpo de delito e ameaçaram represálias jurídicas.

Correia e um grupo de aliados políticos, após as agressões, foram recebidos pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE-AC), desembargador Arquilau Melo.

Ex-deputado federal e professor de economia da Universidade Federal do Acre, Correia levou a pior no embate. Sofreu escoriações (face, queixo e joelho direito) e lesão de tendão com desalinhamento de falange distal (dedo anular).

"Terei que ser submetido a tratamento conservador do dedo, mas o ortopedista não descarta a necessidade de tratamento cirúrgico", relatou o candidato pela coligação "Liberdade e Produzir para Empregar" (PSDB, PMDB, PPS, DEM, PMN, PSC, PT do B e PSL).

O jornalista Demóstenes Nascimento disse que ameaçou interromper a entrevista quando o candidato começou a gritar após ser questionado sobre a área de segurança pública. A partir disso, teria começado a troca de insultos, palavrões, socos e pontapés. O candidato contesta a versão do jornalista.

"Falei que o governo da Frente Popular do Acre fracassou e que as obras da BR-364, de Sena Madureira a Cruzeiro do Sul, eram usadas para a lavagem de dinheiro. O apresentador disse que sou envolvido no escândalo das Sanguessugas e que não tenho moral para falar contra o governo. Falei que ele é um lacaio, vendido. Ele pediu que a gravação fosse encerrada, tirou o paletó e o microfone e partiu para me agredir com murros e pontapés", relatou Correia.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Acre (Sinjac) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) distribuíram uma nota em que repudiam a "atitude covarde e agressiva" do candidato contra o jornalista.

"O jornalista foi agredido quando exercia seu trabalho de maneira isenta e honesta. É lamentável que profissionais de comunicação ainda sejam submetidos a episódios truculentos como esses no livre exercício da profissão", afirma a nota do Sinjac e Fenaj.

O diretório regional do PSDB também distribuiu uma nota de repúdio contra o jornalista que "agrediu verbal e fisicamente o candidato ao Senado da República" João Correia, durante a entrevista marcada com a autorização do TRE-AC.

"Esperamos que a gravação, na íntegra, seja entregue à Justiça para que possa ser apurada a verdade dos fatos e tomadas todas as providência cabíveis nesse caso, para que, realmente, a liberdade de expressão possa acontecer nessas eleições", assinala a nota do PSDB.

Fonte: http://noticias.terra.com.br

Polícia prende idosa que tentava sacar R$ 4,9 milhões no RJ


Daia da Silva e outro suspeito foram apresentados pela polícia do Rio

Uma idosa foi presa por policiais da 50ª DP (Itaguaí) quando tentava sacar R$ 4,9 milhões em títulos precatórios do INSS em nome de uma pessoa que já havia falecido há dois anos. Daia da Silva, 74 anos, foi presa em uma agência da Caixa Economica Federal que fica em Itaguaí, região metropolitana do Rio de Janeiro.

A idosa estava acompanhada de dois homens, Claudio Henrique Cordeiro, 39 anos, e Marcos Machado Vieira, 74 anos. Segundo a polícia, Daia se passava como dona dos precatórios usando documentos falsos. O dinheiro seria divido com os dois homens.
A polícia suspeita que haja funcionários do banco na quadrilha. Dois bancários foram levados para interrogatório.

Fonte:http://noticias.terra.com.br

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Enem registra recorde de inscrições: mais de 4,5 milhões de estudantes vão realizar o exame (...)


Mais de 4,5 milhões de estudantes vão realizar o exame em novembro. Pelo menos 44 universidades públicas usarão o Enem no processo de seleção.

Mais de 4,6 milhões de estudantes estão inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio de 2010 e vão disputar vagas em mais de 40 universidades federais.

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Cintia começou nesta segunda-feira o cursinho. Aos 19 anos, tem um projeto concorrido: estudar medicina numa universidade federal e vai tentar por meio do Enem. "A coisa boa do Enem, o lado bom, é que a gente tem muitas opções de universidades que a gente pode escolher sem precisar ficar viajando pra vários lugares para fazer provas", disse a estudante.

A maioria dos candidatos do Enem deste ano já concluiu o ensino médio, tem entre 16 e 19 anos e vem de escola pública. Ao todo, são mais de 4,5 milhões de inscritos, o maior número desde a criação do exame. 70% dos candidatos são do Sudeste e do Nordeste do país e o estado com maior número de inscritos é São Paulo, seguido de Minas Gerais e da Bahia.

Pelo menos 44 universidades públicas federais já decidiram que vão usar o Enem no processo de seleção dos estudantes. As datas das provas estão marcadas: 6 e 7 de novembro. Só que a menos de três meses do exame, o Ministério da Educação ainda não assinou o contrato com as empresas que vão aplicar o Enem em todo o país.
Depois do exame do ano passado, em que houve uma série de problemas, inclusive o vazamento das provas, especialistas em educação estão atentos à preparação do Enem.
"Há uma preocupação porque também há uma preocupação com a qualidade. Portanto, espera-se que o Ministério da Educação e seus contratados possam ter o tempo hábil para rever os processos e procedimentos para se minimizar erros", disse o especialista em educação Gilberto Lacerda.

Mas o Inep, órgão responsável pela organização do Enem, diz que os prazos estão sendo cumpridos: "O tempo que nós temos daqui pra execução do exame é bastante bom pra se fazer tudo o que tem que ser feito. Ou seja, a distribuição em salas, o processo de impressão, está tudo dentro do cronograma. É assim mesmo", declarou o presidente da Inep Joaquim Soares Neto.

Fonte: http://g1.globo.com

domingo, 8 de agosto de 2010

A céu aberto


Por >>>>>Miguel Thompson


Na maioria das cidades brasileiras os resíduos são jogados em terrenos sem nenhum tipo de tratamento

Se imaginarmos as cidades como grandes organismos vivos não é difícil pressupor que, como tal, consomem energia e matéria para se manterem em funcionamento. Depois de consumida, a maior parte dela torna-se lixo. Se nos ambientes naturais os dejetos são reciclados por cadeias de organismos decompositores, como bactérias e fungos, em ambientes urbanos as cadeias alimentares de decompositores têm pouca eficiência. Além disso, a maior parte dos materiais rejeitados pelas sociedades humanas, como papel, vidro, metais e plástico, é de difícil decomposição. Somam-se a isso uma crescente população urbana e uma sociedade cada vez mais voltada para o consumo, e tem-se uma quantidade de rejeitos que ultrapassa muito a capacidade de os serviços públicos darem um destino adequado.

Nesse metabolismo urbano, em média, cada pessoa produz em torno de 1 quilo de lixo por dia. Só a cidade de São Paulo produz mais de 10 mil toneladas de lixo/dia. Problemas como a violência, os transportes coletivos e a educação pública formam um quadro bastante complexo para as grandes cidades e seus gestores. Por isso é fundamental uma mudança cultural na população, atuando conjuntamente com os poderes constituídos para a resolução dos problemas das cidades.

Redução, reutilização e reciclagem

No caso específico do lixo, há anos vem se bradando o slogan dos 3 Rs (Reduzir, Reutilizar e Reciclar) para a diminuição da quantidade de lixo produzido. Mais que palavras de ordens, se pretendem operar na sociedade uma consciência coletiva que estimule cada cidadão a reduzir a quantidade de lixo produzido, reutilizar materiais em seu cotidiano e reciclar produtos que podem ser transformados em elementos para outra utilidade.

No Brasil, muitas cidades têm desenvolvido interessantes programas de coleta seletiva, visando à reutilização e à reciclagem da matéria. No entanto, seja pela falta de hábito da população, seja pela ineficiência da gestão desse processo, muitas dessas iniciativas têm baixa eficiência ou são paralisadas quando feitas as trocas de governantes.

Na cidade de São Paulo, por exemplo, o sistema de coleta seletiva de lixo consegue reciclar aproximadamente 10 gramas/dia por habitante, correspondendo a 1% do lixo produzido na cidade. A população de Porto Alegre, cujo programa de reciclagem é considerado modelo, consegue separar para reciclagem cerca de 50 gramas/dia por habitante, cinco vezes o índice de São Paulo. Em Estocolmo, na Suécia, cada habitante recicla, em média, 400 gramas de lixo por dia, 40 vezes mais que o cidadão paulistano.

Parceria comunidade e governantes

Um modo de encaminhar o problema do lixo é criar um serviço de coleta em parceria entre a comunidade e a prefeitura. Uma experiência muito interessante desenvolveu-se na cidade do Rio de Janeiro no projeto Favela Limpa, uma parceria entre a prefeitura e associações de moradores de quase 400 favelas. Eles desenvolveram uma forma criativa de coletar o lixo, retirar entulhos, limpar valas e encostas e desobstruir ralos e sarjetas, entre outros serviços, empregando pessoas da própria comunidade – chamadas de trabalhadores comunitários. Cerca de 2 mil trabalhadores participaram do projeto, atendendo mais de 1 milhão de habitantes. A Companhia de Limpeza Urbana da cidade do Rio participava com orientação e supervisão técnica, treinamento dos trabalhadores e cobrança do serviço, e a Associação de Moradores era responsável pela contratação e gestão do serviço. No momento, essa experiência está sendo reavaliada para que não seja descontinuada.

Gerando energia do lixo

É possível também construir usinas que gerem energia a partir de lixo. O potencial brasileiro para gerar energia elétrica a partir de resíduos sólidos poderia aumentar a atual oferta do País em 50 milhões de megawatts/hora por ano, 15% do total hoje produzido. Usar o lixo para gerar energia não é apenas uma solução econômica, traz benefícios sociais e ambientais. Pode gerar empregos e contribuir para minimizar problemas de saneamento e saúde pública.

A formação do chorume

Já em nossas casas é possível perceber um desagradável produto gerado pela decomposição do lixo. A parte orgânica dos dejetos inicia um rápido e intenso processo de decomposição, inicialmente aeróbia (com o uso do oxigênio). Com a extinção do oxigênio presente no lixo, inicia-se a decomposição anaeróbia (sem o uso do oxigênio). Como resultado da decomposição bacteriana do lixo, gases, entre eles o metano, são liberados, bem como um líquido denominado chorume. É comum ver esse líquido pingando nos caminhões de coleta ou no fundo das latas de lixo.

Destinos do Lixo: as práticas mais comuns

Como resultado das atividades humanas os rejeitos devem ser transportados para outras localidades. Alguns desses destinos são os depósitos clandestinos de lixo, os lixões e os aterros. Veja a seguir a diferença entre cada um deles:

Depósitos clandestinos de lixo

O material recolhido é depositado em áreas impróprias, a céu aberto e sem nenhum planejamento. Os subprodutos da decomposição bacteriana são lançados e contaminam as imediações desses depósitos. Os gases espalham-se pelas camadas mais baixas da atmosfera, o chorume infiltra-se no solo, podendo atingir e contaminar as águas subterrâneas, tornando-as inapropriadas para uso. Associados aos depósitos de lixo proliferam ratos e insetos, os quais, devido ao seu alto potencial reprodutivo dispersam-se por áreas relativamente amplas. É muito comum também o despejo do lixo em córregos ou terrenos baldios pela população de periferias que não recebem atenção quanto à coleta ou educação municipal. De fato, 20% da população brasileira ainda não conta com serviços regulares de coleta.

Lixões

Também são depósitos de lixo, sem nenhum tratamento, com a diferença de que são autorizados pelas prefeituras. No Brasil, a falta de uma política ambiental efetiva permitiu por várias décadas que a disposição de resíduos sólidos de origem doméstica e industrial, muitas vezes classificados como resíduos perigosos, fosse feita de maneira descontrolada e sem fiscalização. Cerca de 80% dos municípios depositam seus resíduos em lixões, perfazendo 1,5 mil desses depósitos espalhados por todo o seu território. Assim, os depósitos clandestinos causam poluição do solo, das águas que bebemos e do ar, pois as queimas espontâneas são constantes. O lixão traz ainda mais um problema: atraem a população mais carente e desempregada, que passa a se alimentar dos restos e a sobreviver dos materiais que podem ser vendidos.

Aterros sanitários

Cerca de 13% dos municípios destinam seus resíduos a aterros sanitários. Neles, o lixo sólido é depositado em áreas planejadas. O lixo comum e os entulhos devem ir para aterros sanitários quando não há mais a possibilidade de reciclagem ou reutilização. Os aterros são basicamente locais onde os resíduos são confinados no solo, livre do contato com o ar e cobertos com uma camada de terra. O terreno é impermeabilizado para permitir que os líquidos e os gases resultantes da decomposição que esses resíduos sofrem embaixo da terra (principalmente por bactérias) sejam drenados e tratados, para evitar a contaminação do ambiente. Apesar disso, muitos aterros sanitários não foram construídos de acordo com os padrões técnicos, comprometendo o solo e os recursos hídricos.

Métodos para tratar o lixo

1) Incineração: neste método o lixo é queimado em fornos, reduzindo-se a cinzas minerais, às quais podem ser reutilizadas na indústria. Há muito poucos incineradores funcionais nas cidades brasileiras, os quais ainda não foram eleitos como um método eficaz para tratar grandes quantidades de lixo produzidas diariamente nas grandes cidades e metrópoles. Além de serem processos muito dispendiosos, os gases expelidos durante a queima do lixo devem ser devidamente tratados na unidade de incineração, antes de serem liberados. A incineração é um tipo de tratamento para, por exemplo, lixo hospitalar, que depois vira cinza e esta vai para os aterros sanitários.

2) Reciclagem: a triagem e a reciclagem são tratamentos para alguns tipos de rejeitos, como papéis, plásticos, vidros ou metais. A triagem é um tratamento necessário para a reciclagem, e a reciclagem é um tratamento necessário para a fabricação de produtos feitos com a matéria-prima presente no lixo.


3) Usinas de compostagem: neste procedimento, apenas o lixo orgânico é concentrado em locais previamente definidos e constantemente revolvido, a fim de que o processo de decomposição seja predominantemente aeróbio, sem a produção dos gases de metano e do chorume. Como produto deste tratamento, resulta um composto orgânico rico em nutrientes o qual é reutilizado para fertilizar áreas agrícolas. Com este processo, pode-se aproveitar também toda a parcela não orgânica do lixo, como plásticos, vidros, metais, e também o próprio papel e derivados de celulose, através da reciclagem, a qual pode reduzir significativamente a quantidade e o volume do lixo. Logicamente, este procedimento traz divisas econômicas com o uso do composto produzido e a reciclagem de materiais.

4) Resíduos tóxicos: o lixo hospitalar também pode passar por tratamentos como microondas e autoclavagem e depois serem encaminhados a aterros sanitários ou valas sépticas. Outros resíduos tóxicos podem passar por tratamento prévio, como blindagem e encapsulamento, e são encaminhados para o seu destino final que são os aterros especiais.

Fonte: http://www.cartacapital.com.br

O plano de Serra para a habitação

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Fonte: http://blogdocelsojardim.blogspot.com/

Trem da Vida: Homenagem aos pais ... !!!

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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Serviço Social - Vitória histórica: PL 30 horas é aprovado no Senado!


Luta da categoria é reconhecida. Ato Público com 3 mil pessoas foi fundamental

Os/as assistentes sociais já podem comemorar: às 20h50 desta terça-feira, 3 de agosto de 2010, o projeto de lei 152/2008, de autoria do deputado Mauro Nazif (PSB-RO) e que define a jornada máxima de trabalho de assistentes sociais em 30 horas semanais sem redução salarial, foi aprovado no plenário do Senado Federal, em Brasília (DF). Após anos de lutas em defesa dos direitos da categoria e em busca de melhores condições de trabalho, assistentes sociais mobilizados/as com as entidades representativas do Conjunto CFESS-CRESS, da ABEPSS e da ENESSO conseguiram uma vitória histórica para o Serviço Social. O PLC 152/2008 segue agora para sanção do presidente Lula.

"Foi a vitória mais linda que conseguimos nos últimos anos para a profissão. Resultado de uma luta coletiva, ela materializa o tema que trouxemos para o CBAS, "lutas Sociais" e demonstra a importância da mobilização da categoria junto aos movimentos sociais em defesa das condições de trabalho da classe trabalhadora. Hoje é o direito de uma classe trabalhadora que está sendo conquistado", emocionou-se a presidente do CFESS, Ivanete Boschetti. "Quero parabenizar os/as milhares de assistentes sociais e estudantes que vieram a Brasília e as milhares de manifestações de apoio que recebemos da categoria em todo o Brasil pela aprovação do PLC 30 horas", completou. Ivanete ressaltou também o trabalho da direção do CFESS, ABEPSS, CRESS e ENESSO para a mobilização da categoria.



Dia histórico e intenso!

Desde as 8h da manhã, assistentes sociais, estudantes e movimentos sociais se uniram no Ato Público na Esplanada dos Ministérios para pressionar os parlamentares a votarem o PLC 152/2008. Como o mote da mobilização era a aprovação do projeto de lei (PL 30 horas), o CFESS agendou uma audiência com o presidente do Senado, José Sarney, durante o Ato Público, para pressionar a Casa a não só colocar o PLC em pauta, mas votá-lo nesse período de esforço concentrado do Congresso, que antecede o "recesso" de parlamentares que sairão em campanha a partir da próxima semana.

Às 11h, no gabinete do senador Sarney, a presidente do CFESS Ivanete Boschetti e a Conselheira Marinete Cordeiro, a presidente da ABEPSS Elaine Behring, a presidente do CRESS-DF Fernanda Fernandes e o Coordenador da ENESSO Mário Pereira de Nascimento Silva conversaram por mais de 40 minutos com o parlamentar para mostrar a importância de aprovação do PLC 30 horas para as condições de trabalho de assistentes sociais de todo o país.

Em defesa da aprovação do PL, Ivanete Boschetti argumentou que, depois dos policiais e professores, os/as assistentes sociais são os/as profissionais que mais sofrem com desgastes no trabalho. "Milhares de assistentes sociais em todo o Brasil trabalham em situações precárias, por 40 e até 44 horas semanais. Trabalhamos viabilizando direitos, frente a situações por vezes dramáticas e graves que atingem parcelas significativas da população brasileira. Estamos expostas/os ao stress e riscos para a saúde".O presidente do Senado indagou se a redução na jornada de trabalho prevista no projeto não resultará em prejuízo para quem precisa do Serviço Social. "Com a aprovação do PLC, novos/as profissionais poderão ser contratados/as para atender a população", respondeu Ivanete.

Depois, o grupo partiu em uma caminhada pelos gabinetes dos/as senadores/as para explicar a importância da aprovação do PLC e conseguir apoio para aprovação. Às 17h, a sessão do Senado foi aberta com o projeto em pauta. Além do grupo formado pelo CFESS, CRESS, ABEPSS e ENESSO que já estava na casa, centenas de assistentes sociais encheram a galeria do Senado para acompanhar a votação. Foram horas de tensão e apreensão. A cada fala favorável dos/as senadores/as pelo PLC 30 horas, assistentes sociais e estudantes comemoravam levantando as mãos. Até que chegou o momento: às 20h50, o PLC 152/2008 foi colocado em votação e aprovado em unanimidade pelo Senado. O grito de "vitória" rasgou a garganta de todos/as assistentes sociais presentes e se espalhou por todo o Brasil.

Na saída do Congresso, assistentes sociais e estudantes, às lágrimas de alegria, cantaram juntos/as "Pra não dizer que não falei das flores", de Geraldo Vandré.

Manifestação foi essencial

O Serviço Social estremeceu a capital do país na manhã desta terça-feira. Quase três mil assistentes sociais e estudantes, junto com movimentos sociais e trabalhadores/as de todo o Brasil se uniram no grande Ato Público pelo trabalho com direitos para todos/as. Relembrando algumas importantes mobilizações da década de 80, como os/as próprios/as manifestantes relataram, foram entoadas palavras de ordem contra o avanço do capital e em defesa das condições de trabalho da categoria e dos direitos à terra, à saúde, à educação com qualidade e muitas outras lutas. "Por essa crise não vou pagar, sou trabalhador e vou lutar", gritavam. (...)

Fonte: http://www.cfess.org.br

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Serviço Social: Campanha pela aprovação do PL 30 horas está nas ruas



Mobilização para o Ato Público do dia 3 empolga o XIII CBAS

Com o início do XIII Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais neste sábado, 31 de julho, o Ato Público em defesa do Trabalho com Direitos, marcado para o dia 3 de agosto, foi amplamente divulgado para os participantes do evento. No intuito de aproveitar que o PLC 152/2008, que trata da redução da carga horária semanal de trabalho do assistente social para 30h sem redução de salário (PL 30 horas), foi incluído na pauta de votação do Senado Federal no dia 3, as entidades organizadoras do CBAS fortaleceram a divulgação das reivindicações.



Dois outdoors foram colocados no Aeroporto Internacional Presidente Juscelino Kubitschek, em Brasília (DF). Um deles anuncia o XIII CBAS, recepcionando os congressistas que chegam de todo o Brasil para o maior evento do Serviço Social no país. Além deste, outro, com o pedido de votação e aprovação do PLC 152/2008, está direcionado aos Senadores que desembarcam na capital federal para a Sessão Plenária da próxima terça-feira.

Ainda para pressionar os parlamentares, o CFESS, em parceria com a Comissão Organizadora do XIII CBAS, produziu 20 banners (do tipo way) reforçando a reivindicação da categoria, sendo fixados no canteiro central da pista que dá acesso ao aeroporto, no sentido Plano Piloto.



"A intenção é mobilizar a categoria, unindo forças com os participantes do CBAS, com os movimentos sociais de todo o país e com os estudantes para que nossa manifestação no dia 3 seja vitoriosa na luta por melhores condições de trabalho", destacou a presidente do CFESS Ivanete Boschetti na mesa de abertura do Congresso. A convocação para o Ato Público, que terá concentração na Catedral a partir das 8h30, foi mencionada por todos os componentes da mesa de abertura, bem como pelos palestrantes da Conferencia inicial, o professor doutor Mauro Iasi, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a professora doutora Ana Elizabete Mota, da Universidade Federa de Pernambuco (UFPE).

A assistente social do Centro Especializado de Referência em Violência Sexual da 1ª Vara da Infância e Juventude do Distrito Federal, Cecy Marques Alcântara, garantiu sua presença no Ato para fortalecer a luta da categoria. "A reivindicação do Serviço Social é mais do que justa. Lidamos diariamente com a questão social e nosso desgaste é muito grande". Além disso, destaca, "outras categorias já possuem carga horária de 30 horas ou menos, e por isso exigimos a isonomia", completa.

Também animada com a mobilização, a estudante de serviço social de Belo Horizonte (MG) Viviane Arcanjo ressalta a importância do Ato como um instrumento de pressão ao Congresso Nacional. "A manifestação será essencial na luta por direitos sociais, especialmente no contexto atual de criminalização dos movimentos sociais", afirma.

Fonte: http://www.cfess.org.br

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Fórmula -1 Michael Schumacher é punido após tentar jogar Barrichello contra o muro

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Barrichello tomou 10º lugar de Schumacher e o alemão tentou jogar brasileiro no muro

O austríaco Niki Lauda, tricampeão da Fórmula 1 entre as décadas de 70 e 80, reprovou o comportamento de Michael Schumacher na disputa com Rubens Barrichello neste domingo, nas voltas finais do GP da Hungria.

Em declarações à rede de TV alemã RTL, Lauda classificou a manobra de defesa do piloto da Mercedes como "totalmente desnecessária", dizendo ainda não compreender porque Schumacher faz "esse tipo de coisa".

A disputa pelo décimo lugar começou quando faltavam oito voltas para que os dois pilotos completassem a corrida. Depois de algumas tentativas, Barrichello encontrou espaço pela direita na reta dos boxes e forçou a ultrapassagem. Schumacher tentou se defender fechando a porta e jogando o carro do brasileiro em direção ao muro. O piloto da Williams escapou por pouco e conquistou o décimo lugar, somando um ponto ao fim do GP.

Após a prova, Schumacher comentou o fato, dizendo que aceitaria se os comissários da FIA entendessem a disputa como "dura demais". O heptacampeão acabou punido com a perda de dez posições no grid de largada do GP da Bélgica, próxima etapa da temporada.

Fonte: http://esportes.terra.com.br

Jovem de classe média é preso após esfaquear os pais no Rio

Um jovem de classe média foi preso na noite de domingo após esfaquear a mãe e o pai na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro. A mulher foi atingida na cabeça, peito, abdome e braços. Um dos golpes perfurou o fígado. Ela foi operada no Hospital do Andaraí e, segundo médicos, não corre risco de morrer. O pai, ferido nos braços ao tentar salvar a mulher, foi medicado e liberado. Em depoimento, o filho único do casal, José Roberto Vicente de Oliveira Júnior, 20 anos, admitiu ter ingerido drogas antes do ataque.

A tragédia aconteceu no apartamento em que a família mora, na rua Bom Pastor 234. Por volta das 18h de ontem, o jovem esfaqueou os pais durante um surto provocado pela droga. Ele contou ter passado todo dia cheirando cocaína. "Cheirei R$ 60", disse.
Ao chegar em casa, teria exigido mais dinheiro da mãe, a dona de casa Iracema Magalhães Costa Oliveira, 52 anos. Como ela negou, ele foi à cozinha, pegou uma faca e a atacou no quarto. As marcas da violência ficaram nas paredes do apartamento, manchadas de sangue.

Ao ouvir os gritos da mulher, o advogado e contador José Roberto Vicente de Oliveira, 50 anos, tentou socorrê-la, contendo o filho, mas acabou também ferido nos braços. Vizinhos acionaram os bombeiros e a PM e Júnior foi preso em flagrante.

Na delegacia, já sem o efeito da droga, o rapaz contou que é viciado desde os 14 anos e que, por diversas vezes, pediu aos pais para interná-lo. "Eu sei que o final para isso é a morte ou alguma coisa assim", disse. Ele contou também que está em tratamento psiquiátrico por causa da dependência química, toma remédio controlado e não lembrava o que tinha acontecido. "Agora é que estou acordando. Parece um pesadelo. Quero falar com alguém e saber como minha mãe está. Rezo para ela ficar bem", disse, aos prantos.

Ele também revelou que estudava Direito, mas abandonou a faculdade por causa das drogas. Um carro que havia ganhado dos pais foi penhorado várias vezes em bocas-de-fumo e acabou vendido para pagar dívidas com drogas. José Roberto foi autuado por tentativa de homicídio na 19ª DP (Tijuca).

Fonte: http://noticias.terra.com.br

domingo, 1 de agosto de 2010

Censo 2010: Recenseadores vão às ruas e iniciam a pesquisa


A partir deste domingo (1º) e até 31 de outubro, mais de 190 mil recenseadores vão às ruas com a missão de visitar os 58 milhões de domicílios brasileiros. O procedimento ocorre, em geral, de dez em dez anos, e vai coletar dados para o Censo 2010, um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A coleta de dados para o censo se dá presencialmente, por meio de entrevistas feitas pelos recenseadores com um ou mais moradores de cada domicílio. "É uma operação absolutamente transparente e bastante trabalhosa. Serão feitas visitas exaustivas para garantir que todos os domicílios, sem exceção, sejam recenseados", diz o presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes.

A megaoperação, que envolve cerca de 230 mil pessoas pelo país, conta, além dos recenseadores, com analistas censitários - envolvidos no planejamento do censo; e agentes censitários - responsáveis pela logística e acompanhamento da coleta de informações.

Para garantir que todas as residências fossem visitadas, o IBGE dividiu o território brasileiro em 314 mil setores, chamados setores censitários. "Durante os primeiros meses deste ano, percorremos 224 mil desses setores para catalogar todas as casas de endereçamento definido. Os setores que ainda não foram visitados são rurais ou não têm endereçamento regular. Ainda assim, eles estão mapeados e todos esses dados estarão no computador de mão usado pelo recenseador", diz Nunes.

De acordo com o IBGE, o censo é a única pesquisa que visita todos os domicílios do país para traçar um perfil abrangente da população. Os resultados são repassados ao Tribunal de Contas da União (TCU) e servem de parâmetro para o repasse de verbas federais a cada cidade. A partir das estimativas populacionais são definidas as cotas do Fundo de Participação dos Estados e do Fundo de Participação dos Municípios, segundo o Instituto.

Como identificar os recenseadores



Colete, boné e crachá fazem parte do uniforme dos recenseadores do IBGE ao visitar os domicílios. Por isso, antes de receber alguém em sua casa, verifique a veracidade das informações.

As peças do uniforme do recenseador são devidamente identificadas com o logo do Censo 2010 e com o nome do IBGE. O agente também deve estar portando o PDA, computador de mão usado para a coleta de dados em todo o país.

Fonte:http://g1.globo.com

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Roberto Cabrini é sequestrado pelas Farc



Roberto Cabrini relata sequestro em seu Twitter


O jornalista Roberto Cabrini foi sequestrado pela Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) por dois dias. A informação foi divulgada no Twitter do apresentador do Conexão Repórter (SBT).

- Recentemente ficamos dois dias sequestrados pelas Farc, na selva colombiana...Eu, produtor Tiago e nosso cinegrafista Daniel...

O incidente aconteceu há duas semanas durante uma reportagem para o jornalístico.

De acordo com Cabrini, todos foram liberados e estão bem.

- Não revelamos antes para não atrapalhar no desenvolvimento da reportagem. Acabou sendo uma ótima forma de entender melhor muitos aspectos das Farc...

Segundo informações do microblog de Cabrini, tudo que aconteceu na Colômbia será contado em seu programa na TV.

Procurado pelo R7, o SBT confirmou que a reportagem deve ir ao ar em duas semanas. Nesta quinta-feira, o Conexão Repórter trará reportagem sobre rachas criminosos.

Fonte: http://www.r7.com