domingo, 19 de setembro de 2010

Suicídio: conhecer para prevenir

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Sim, as cenas que você vê nesse vídeo são de pessoas reais, cometendo suicídios reais. Tais cenas fazem parte do documentário "A ponte" filmado na Golden Gate, EUA. As imagens são desagradáveis, chocantes...é assim que o suicídio é. O suicídio é um fenômeno complexo que tem atraído a atenção de filósofos, teólogos, médicos,sociólogos e artistas através dos séculos; de acordo com o filósofo francês Albert Camus, em O Mito de Sísifo, esta é a única questão filosófica séria.

O suicídio é uma das 10 maiores causas de morte em todos os países, e uma das três maiores causas de morte na faixa etária de 15 a 35 anos. Em média, um único suicídio afeta pelo menos outras seis pessoas. Se um suicídio ocorre em uma escola ou em algum local de trabalho, tem impacto em centenas de pessoas.

SUICÍDIO E TRANSTORNOS MENTAIS

A pesquisa na área tem sugerido que entre 40 e 60% das pessoas que cometeram o suicídio consultaram um médico no mês anterior ao suicídio; destes, a maioria foi a um clínico geral, e não a um psiquiatra.
Os estudos, tanto nos países desenvolvidos quanto nos países subdesenvolvidos, revelam uma prevalência total de transtornos mentais de 80 a 100% em casos de suicídios com êxito letal. Um achado comum naqueles que cometem o suicídio é a presença de transtornos comórbidos. Os transtornos que comumente apresentam-se em conjunto são alcoolismo e transtornos do humor (p. ex., depressão) e transtornos de personalidade juntamente com outros transtornos psiquiátricos.

Transtornos do humor

Todos os tipos de transtornos do humor têm sido associados com suicídio. Estes incluem transtorno afetivo bipolar, episódios depressivos, transtorno depressivo recorrente e transtornos do humor persistentes (p.ex., ciclotimia e distimia).
Características clínicas específicas associadas com aumento do risco de suicídio na depressão são:

Insônia persistente.
Negligência com os cuidados pessoais.
Doença grave (particularmente depressão psicótica).
Déficit de memória.
Agitação.
Ataques de pânico.

Os seguintes fatores de risco aumentam o risco de suicídio em pessoas com depressão:

Idade menor que 25 em homens.
Fases precoces da doença.
Abuso de álcool.
Fase depressiva de um transtorno bipolar.
Estado misto (maníaco-depressivo).
Mania psicótica.

Avanços recentes no tratamento da depressão são muito relevantes para a prevenção do suicídio em nível de atenção básica à saúde. Dados epidemiológicos sugerem que os antidepressivos reduzem o risco de suicídio entre os deprimidos. A dose terapêutica plena da medicação deve ser mantida por vários meses. No idoso, pode ser necessário continuar o tratamento por 2 anos depois da recuperação. Verificou-se que os pacientes em uso regular de lítio em terapia de manutenção tem um risco de suicídio diminuído.

COMO IDENTIFICAR PACIENTES EM ALTO RISCO DE COMPORTAMENTO SUICIDA

Transtornos psiquiátricos (geralmente depressão, alcoolismo e transtornos de personalidade).
Doença física (doenças terminais, dolorosas ou debilitantes, AIDS).
Tentativas anteriores de suicídio.
História familiar de suicídio, alcoolismo e/ou outros transtornos psiquiátricos.
Estado marital solteiro, viúvo ou separado.
Viver sozinho (isolamento social).
Desemprego ou aposentadoria.
Luto na infância.

Se o paciente encontra-se sob tratamento psiquiátrico, o risco é maior naqueles que:

Tiveram alta recentemente do hospital.
Tem história de tentativas anteriores.

Além disso, fatores de vida estressores recentes que foram associados com um risco aumentado para suicídio incluem:

Separação marital.
Luto.
Problemas familiares.
Alterações no status ocupacional ou financeiro.
Rejeição de uma pessoa significativa.
Vergonha e medo de ser culpado de algo.

PRECAUÇÕES

· Melhora falsa ou enganosa: Quando um paciente agitado de repente fica calmo, ele pode ter tomado a decisão de comter suicídio, daí a calma após a decisão.
· Negação: Pacientes que tem intenções muito sérias de suicidar-se podem deliberadamente negar a ideação suicida.

Fonte: http://sanidadeinsana.blogspot.com/

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