sexta-feira, 4 de junho de 2010

Minha religião: humana!


Sou uma incansável romântica incurável... As vezes passo por justiceira, por radical ou intransigente, quando na verdade o que sou mesmo é uma fervorosa defensora do respeito mútuo, da humanidade, da bondade, da cortesia, da compaixão, da abstração... Enfim, isso até pode ter um que de patológico, mas convenhamos: não seria muito melhor se a humanidade se comporta-se de forma mais ética e humana? O que esperar da humanidade, senão a própria humanidade? Nada mais sensato!

Se somos dotados da condição de pensar e abstrair por que então o seres humanos estão se tornando de uma forma geral, piores do que os animais irracionais?

O mundo disserta muito sobre coisas importantes... Importante? Mas ao meu ver tudo começaria melhor se cada um voltasse o olhar para a própria condição, a condição humana de vulnerabilidade, de necessidade do outro, de coletividade, de incapacidade para viver só. Quando me refiro a falta de capacidade para viver só, não estou me referindo a casar-se ou namorar, ou coisas do genero... Existem pessoas que fazem parte do esquema social da " boa família" e boa conduta moral, mas no fundo embora casados(as) ou namorados (as) de alguém ou pais de alguém , não passam de uns solitários, de pessoas que não se doam ou não tem alguém que saiba doar-se ao lado; não importa qual relação estabelecemos ou temos com alguém , o que importa é a intensidade e a verdade dessa relação.

Eu não acredito em religião; em absolutamente nenhuma. Nunca nenhuma religião até então me convenceu de coisa alguma, e explico porque: porque nunca vi um exemplar de religioso, que valesse tanto ao ponto de me fazer de fato acreditar naquilo que prega, ou ainda nunca ouvi uma pregação que me soasse verdadeira! Com exceção da história de Cristo, que também é uma história... Pra mim tudo que são preceitos religioso não passam de confeitaria, de badulaques, e muitas vezes bugigangas inúteis.

As pessoas saem por aí com seus badulaques religiosos "pendurados ao pescoço"... E o comportamento delas são totalmente incompatível com aquilo que pregam, que vendem aos outros, que dizem ser o certo. Ora! mas se sabem eles como serem certos, porque então não põem em prática as suas " belas" certezas?

Não me considero uma pessoa cética, alias não acredito que existam de fato alguém que em nada acredita, no mínimo a dúvida há de pairar.

Sou agnóstica, tenho minha própria noção de Deus, criei meus próprios "dogmas religiosos".

Nunca existiu nada que eu tenha visto capaz de ser seguido como verdade absoluta. Questiono as verdade absolutas! Prefiro acreditar no Deus que acredito, um Deus concebido por mim e não por uma virgem Maria que não sei dizer se existiu.


Não gosto de verdades criadas em duvidosos "laboratórios", laboratório hospedados em cérebros humanos ( macaquinhos nos sótão). Não me interesso por dogmas criados em conventos, palácios, templos e seminários criadouros de loucos desumanos ( Não humanos), que são capazes de disseminar coisas muitos piores e destrutivas do que qualquer castigo divino.


Se eu fosse criar uma religião, pregaria sempre o respeito ao próximo, não me atendo ao respeito burro e hipócrita. Ninguém deve se deixar transformar em vaquinhas de presépio, ou em cães fiéis, sempre a lamber e a fazer festinhas ao seu dono por conta de comida apenas. Voltando a explicar sobre respeito humano, devo dizer que não devemos respeitar quem não nos respeita , pois todos sabemos que existem pessoas que não são merecedoras do nosso respeito...

Se eu fosse difundir a minha religião ( minhas crenças e valores), pregaria a bondade , mas existem pessoas que não merecem a nossa bondade, pregaria a tolerância; mas existem momentos em que a tolerância não cabe, e o melhor a ser feito nessa situação é: arregaçar as mangas e partir para "guerra"; pregaria a honestidade acima de tudo; e essa sim, essa não há motivo algum que o externo (o outro) nos faça quebrar. A honestidade está acima de qualquer coisa (Deusa), ela deve ser dada a todos sem exceção. Se alguém te fez mal, não importa-te, seja honesto, pessoas desonestas merecem a sua completa honestidade: diga a essa pessoa (desonesta) o quão maléfica ela é, o quão mesquinha e pequena.

"Tendes ser honesto sempre, e em primeiro lugar consigo próprio, pois só seremos honestos com o próximo se formos com nós mesmos", respeitando nossos limites e nossa individualidade, para assim podermos de forma saudável se sociabilizar nesta vida.

Passada a fase inicial que é aprender a ser honesto consigo próprio, seremos então com os outros, de forma natural e implacável.


Essa é a minha "religião": HONESTIDADE ( SOU UMA FANÁTICA). Meu versículo 1 : De me um tapa de um lado da face e eu te devolverei um soco no estômago. (acão e reação).


Escrito por Elaine Berti.

FONTE: http://mundonasminhasmaos.blogspot.com/

Um comentário:

  1. Sim também acho o texto bastante interessante. Concordo consigo, a questão não é concordar, mas respeitar e entender os pensamentos opostos.
    Pessoalmente, revejo-me no texto, mas isso, é fruto da minha forma de ver as coisas. O que não significa que não respeite e entenda quem pensa diferente. Aliás, acho que somos livres para acreditar no que quisermos e devemos respeitar as crenças dos outros.
    Não importa que sejamos muçulmanos, cristãos, judeus, hindus, agnósticos, ateus, o mais importante é o carácter e o respeito mútuo!

    Abraço

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