sexta-feira, 4 de maio de 2012

Falaí: 1º de Maio – Dia de Luta e Cultura

Por *Lohayne Oliveira
O dia 1° de maio, mais do que um feriado como outros tantos, é um dia de homenagem aos oito líderes trabalhistas norte-americanos, que foram presos por dirigirem manifestações – que tiveram início em 1886 – e condenados à forca em Chicago (EUA). É, portanto, um dia de luto por estes trabalhadores que deram suas vidas ao exigir seus direitos básicos, e não deveria nunca deixar de ser visto como um dia essencialmente de luta dos trabalhadores – de todos os tempos e lugares do planeta. E na última terça-feira (1), aconteceu na comunidade do México 70, em São Vicente, um evento que fez nascer entre a população a questão: “e o que é de fato esse dia?”. Um encontro absolutamente apartidário, que não levantava nenhuma bandeira a não ser a do livre acesso ao debate, a cultura, a informação. Em plena praça pública se misturavam crianças, jovens, senhores, estudantes, atores, poetas, militantes, o “Seu Antônio do Coco”, a mãe diarista: gente, gente trabalhadora. E foi assim, com falas de Marcolino Jeremias – do Núcleo de Estudos Libertários Carlo Aldegheri, “Mão Negra RZ” e “Tarja Preta” fazendo um rap forte e questionador, “Trupe Olho da Rua”, poesia sendo declamada por “Nego Panda” e “Armando Santos”, “Tempos Modernos” de Charles Chaplin e curtas-metragens nossos sendo projetados em uma parede. Discutimos, dividimos nossa luta e nossa cultura, e sim, nos fizemos ouvir. Enfim, senti uma necessidade absurda de contar o evento porque acho que iniciativas como essa tem que ser propagadas aos quatro ventos, pra servirem de exemplo, e mostrarem que podemos sim fazer do nosso entorno um lugar melhor, quando decidimos ocupar ruas e praças, nos compartilhar, e fazer parte de verdade. Como se já não bastasse tudo isso, os nossos curtas-metragens “Ulisses” e “Missão Estelar”, os mini-metragens “Primeiro-Passo”, “Meio-Fio”, além de algumas animações produzidas em workshop, foram exibidos no encontro. Quando percebi, encantada com tudo aquilo, que me seria possibilitado levantar a minha voz de outra forma, através do vídeo, fui correndo buscar os DVD’s que tinha, e que a propósito, de tão disputados tiveram que ficar todos por lá. Foi tudo lindo, e necessário. *Lohayne Oliveira. É uma jovem formada pelas Oficinas Querô. Fonte: http://www.institutoquero.org/

Um comentário:

  1. Estamos sentido falta das suas postagens!
    Quando volta a postar no Blog?

    Att.
    Reginaldo Castro

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