sábado, 13 de agosto de 2011

À Margem do Xingu – Vozes não consideradas


Documentário sobre a polêmica em torno da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte é exibido no IV Festival de Cinema de Paulínia.


"O rio pra mim é um velho amigo”. A afirmação é impregnada da relação que os habitantes da bacia do Xingu tem com o rio. Ali, tudo depende dele: água para beber, para pescar, para banhar, para cozinhar… Com relatos de ribeirinhos, indígenas, agricultores e atingidos pela possível construção da hidrelétrica de Belo Monte, além de depoimentos de especialistas, o documentário “À Margem do Xingu – Vozes não consideradas” faz uma reflexão sobre o processo histórico deste polêmico projeto e o futuro incerto da região.

A polêmica em torno da construção de Belo Monte na bacia do rio Xingu, em sua parte paraense, já dura mais de 20 anos. Considerada a maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, a obra vem sendo alvo de críticas e intensos debates na região. Movimentos sociais e lideranças indígenas da bacia do Xingu são contrários à Belo Monte porque consideram que os impactos socioambientais não foram dimensionados de forma adequada. Além disso, o governo brasileiro vem atropelando o processo de licenciamento ambiental, sem garantir que as condicionantes mínimas para aliviar os graves efeitos sobre a região e sua população sejam cumpridas.
O documentário, uma co-produção Brasil e Espanha, foi dirigido pelo catalão Damià Puig e está na seleção oficial do IV Festival de Cinema de Paulínia, que acontece de 06 a 15 de julho no interior de São Paulo. “À Margem do Xingu – Vozes não consideradas” foi exibido ontem pela primeira vez, mas já está inscrito em cerca de cem festivais cinematográficos no Brasil e no mundo.
Fonte:http://www.xinguvivo.org.br/

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